segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Política – Campanha antecipada, candidaturas e horário na TV.

 

                                          

                    Os quatro candidatos melhor colocados nas pesquisas eleitorais 2022

       Dizer que a campanha eleitoral para as eleições de Presidente da República foram antecipadas por alguns meses, é pouco. Na verdade, a campanha começou tão logo veio a Pandemia da Covid 19, quando João Dória e Jair Bolsonaro começaram uma contenda com relação à compra e produção de vacinas. Dória, com sérios problemas com os funcionários públicos do estado de comandava, em especial aposentados e professores, acabou sufocado e seu partido, o PSDB, bateu em retirada e foi tomar banho de sol em Paris. O espaço que achava deter foi ocupado por Luiz Inácio Lula da Silva, ex-Presidente, representando o Partido dos Trabalhadores, que terá o maior tempo disponível para propaganda na TV, pois sua coligação envolve partidos que têm uma representação, somada, de 140 deputados na Câmara Federal. Lula vem dividindo a preferência do eleitor com Jair Bolsonaro, que terá o segundo maior tempo de TV, que lhe será conferido por contar com 101 parlamentares no seu apoio.  Um terceiro, Ciro Gomes, do PDT, vem ocupando o terceiro lugar nas pesquisas, mas seu partido tem apenas 28 deputados federais, o que o deixará em quinto lugar no tempo de TV.  É desenvolvo em suas entrevistas, tem raciocínio rápido e lógico, consegue posicionar-se bem. Nem precisa de muito tempo para propagar suas ideias, pois é rápido no gatilho em sua fala. Atira para a direita e para a esquerda!

       O PSDB ainda teve a sorte de colocar uma candidata e Vice-Presidente, a Senadora Mara Gabrilli, na chapa de Simone Tebet, do MDB. A coligação delas tem 82 deputados federais, o que lhe dá o terceiro maior tempo de TV.  Se o eleitorado feminino quebrar sua tradição de votar nos homens, elas poderão sair-se bem nas eleições e, mesmo não indo para o segundo turno, carregarão muitos parlamentares para ocuparem cargos em Brasília. Mas o MDB está rachado e grande parte de seus parlamentares estarão apoiando Lula para Presidente. A candidata Soraya Thornicke, do União Brasil, com 81 parlamentares, terá o quarto tempo na TV. Outros candidatos de partidos ou coligações menores, também aquinhoados dom o Fundo Partidário, uns mais e outros menos, também estão disponíveis aos nossos olhos e ouvidos. Outros partidos terão horário muito ínfimo e deverão usar outros meios para se comunicarem com o eleitor.

       Há uma percepção, analisando diversas pesquisas qualitativas, de que está ocorrendo uma redução, lenta, na diferença das preferências entre Lula e Bolsonaro. E estamos acostumados com duas possibilidades: a) A de que uma pessoa que esteja fora da polarização comece a aparecer e ganhar a simpatia popular e, b) A de que algum candidato possa ser derretido. Só no decorrer da campanha saberemos o que acontecerá!

       Em nível estadual, teremos a eleição mais disputada de nossa História, pois há 9 candidatos querendo o cargo de Governador. Alguns analistas estão classificando como 5 muito fortes e equivalentes, Carlos Moisés (Republicanos), Jorginho MelLo (PL), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (União Brasil) e Décio Lima (PT). Os outros quatro situam-se, dois deles, numa categoria com possibilidades de crescerem em sua campanha e outros dois praticamente sem chances. Para o Senado, Kennedy Nunes (PTB), Raimundo Colombo (PSD), Jorge Seif (PL), Afrânio Boppré (PSOL), Caroline Sant´anna (PCO), Celso Maldaner (MDB), Dário Berger (PSB), Gilmar Salgado (PSTU), Hilda Deola (PDT), Luiz Barboza Neto (Novo).

       Virar político tornou-se um bom negócio. Alguns têm ideais a defenderem, outros querem realizar projetos pessoais, outros representam setores da sociedade. Mas todo o processo envolve o ato de filiar-se a um partido político, submeter o nome à aprovação em convenção partidária, efetuar os registros no Tribunal Regional Eleitoral, ter a candidatura homologada e cumprir um severo rito burocrático. O trâmite burocrático, a execução financeira, as prestações de contas e o comportamento dentro de normas previstas em Lei dão muito trabalho. Então, partir para uma aventura, cujos resultados podem ser bem diferentes do que o candidato espera, é uma decisão a ser bem pensada antes de consumada. E, na difícil condição de eleito, não deixa de atender às expectativas dos seus eleitores.

O que a população espera dos candidatos? Seriedade, honestidade, trabalho, geração de empregos, desenvolvimento para o crescimento econômico, segurança, educação, saúde, Justiça social e reajuste da tabela do Imposto de Renda!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Um comentário:

  1. Richetti, quanta mentira, nunca se enganou tanto!
    bolsonaro cansou de brincar nas motociatas pelo Brasil afora, zombou do povo, cooptou forças armadas, polícia, igrejas...enchendo essa gente de dinheiro público. Agora, assustado com as pesquisas, fez a pec do desespero, maior compra de votos da história, uma afronta à Constituição federal e à lei 9504/97 que rege as eleições.
    Com os combustíveis é outra história parecida - primeiro elevou os preços ás alturas (atendeu os acionistas que encheram o bolso), depois fez mágica para baixar os preços (agora precisa dos votos).
    O bom governo não precisa de mágicas, tem projetos e os executa em benefício de seu povo. Isso o genocida nunca fez e nunca fartá porque seu oportunismo maroto o impede.
    Pelo andar da carruagem vemos que o povo não se vende, ele sabe como funciona esse desgoverno que está ai.
    Melhor assim: ganhar a eleição, assumir o comando e aplicar a lei, só isso..
    DEMOCRACIA SEMPRE!

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