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A polarização entre Lula e Bolsonaro na disputa do cargo de
Presidente da República cada vez se consolida mais. As pesquisas sobre o
assunto diferem muito uma da outra, porém, há serviços que fazem compilações de
dados e que produzem um resultado mais confiável, sem a prevalência de dois tradicionais
institutos, como o DataFolha e o IPEC, que é controlado por ex-funcionários do
IBOPE, e pelos quais Lula tem grande
dianteira de Bolsonaro. Na forma de aglutinação dos resultados, se metade dos
institutos puxarem para um lado e metade para outro, as composições acumuladas
nos permitem ter uma ideia mais próxima da realidade eleitoral. De qualquer
forma, a desistência do candidato André Janones, do Avante, que declarou apoio
a Lula e tem grande influência nas redes sociais parece ter adicionado 2% nos
números do ex-Presidente.
Iniciada a
campanha no rádio e na TV, em no máximo duas semanas será possível avaliar se
os outros candidatos vão tirar votos dos dois antagonistas. Candidatos com
muito dinheiro para a campanha e bom tempo de propaganda gratuita poderiam
melhorar seus índices de preferência junto ao eleitor, porém, até o presente
momento, isso não se verifica. Pesquisas mostram que, no momento, cerca de 38
milhões de eleitores não têm ainda um candidato definido.
Aqui em Santa Catarina,
os candidatos a Governador participaram de um debate promovido pela Rádio CBN,
ocorrido nos estúdios da NSCTV, em Florianópolis, na manhã de terça-feira. De
uma forma geral, atacaram o Governador Carlos Moisés, até porque o mesmo está
em primeiro lugar nas pesquisas e formou uma coligação forte, tendo o MDB como
aliado e ainda com o apoio de diversos prefeitos, inclusive filiados a partidos
dos seus concorrentes. Jorginho Mello foi o que mais o atacou, principalmente
criticando sua postura em relação ao Governo Federal, pois elegeu-se na carona
de Bolsonaro em 2018. Aliás, o atual presidente foi muito invocado no debate,
em detrimento a Lula, pois nosso Estado tem uma tendência bolsonarista muito
acentuada. As campanhas, em Santa Catarina, tendem a serem muito propositivas,
e isso foi muito perceptível no debate da CBN, conduzido pelo jornalista
Raphael Faraco. Fora as denúncias sobre a compra dos respiradores pelo atual
Governo, não houve outros fatos consideráveis no gênero.
Se em nível estadual
o debate foi equilibrado, o mesmo não espero das discussões em nível federal,
onde ocorrerão, certamente, muitos conflitos, ofensas, críticas severas, acusações, confrontos nas redes sociais. No
ambiente físico, há grande preocupação dos
órgãos de Segurança com o que pode acontecer nas ruas e em ambientes de
encontros de pessoas. A Polícia Federal e as estaduais estão elaborando fortes
esquemas de segurança, pois as confusões, normalmente acontecidas no dia da
eleição, ocorrerão ainda durante a campanha.
O que favorece Lula e o que favorece Bolsonaro – Lula tem
muita força no eleitor mais jovem, jovem, dentre os mais pobres e os intelectual, ativistas de esquerda, e egressos
das comunidades de base da Igreja Católica. Bolsonaro circula bem dentre os Evangélicos,
ativistas de direita, beneficiários do
Auxílio Brasil, e a queda importante nos
índices de desemprego, deflação, queda nos preços dos combustíveis, redução do
IPI de alguns produtos, redes sociais, ativismo digital.
A posse de
Alexandre de Moraes como presidente do TSE foi bem concorrida, com a presença
de candidatos à Presidência da República e ex-Presidentes. Houve atitudes
respeitosas, pode-se dizer. As atenções da imprensa foram aos principais
contendores das eleições deste ano. Já alguma coisa! Moraes certamente será
menos conflituoso que seu antecessor, Édson Fachin. Se tiver habilidade e não
fomentar o confronto, não ficar omitindo sua opinião sobre acontecimentos, mas atuar
como magistrado, ganhará pontos com a população e nos meios jurídicos. Algumas querelas
têm sido alimentadas por fofoqueiros e puxa-sacos de algum lado da política e
isso não leva a nada de positivo
Economia da
Argentina – A situação está muito difícil para os argentinos: Inflação,
desemprego, perda de valor de seu dinheiro perante o dólar e o real, perda da
autoestima da população, miséria crescente, desespero que influencia até no
comportamento das pessoas. Quando as coisas ficam difíceis, até o desrespeito
entre os seres ocorre. Recentemente, houve uma briga de vestiários, entre dois
jogadores do Boca Juniors, que se soquearam num intervalo de jogo de futebol.
Euclides Riquetti- Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Meu artigo no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - em 19-08-2022
Numa guerra cada um luta com as armas que tem.
ResponderExcluirbolsonaro (minúsculo mesmo) tem sua campanha baseada em decreto sigilo de 100 anos onde procura de todas as formas esconder seus flagrantes crimes, e no Orçamento secreto, a mais descarada e infame compra de votos da história.
Além disso armou suas milícias até os dentes, liberando compra farta de armas e munições e o treinamento em clubes de tiro.. Para que isso?
O povo que sonha em participar das coisas da nação: comer, trabalhar, estudar... decidir conforme nossa Constituição é consciente disso e certamente responderá à altura.
A maioria dos que sofrem com este desgoverno: os mais pobres, os negros, os indígenas, LGBTs, as mulheres, principalmente, não querem a continuação dessa caricatura de Hitler. Deus nos livre e guarde!
São tempos difíceis de enfrentar os 10% que estão se dando bem e nunca pensaram a Nação: (parte do empresariado, os Langs da vida, parte do agronegócio, parte das Forças armadas, boa parte do evangélicos e a massa zumbificada pela mídia corporativa que repete ad nauseam as mentiras encomendadas pelos donos do dinheiro, eles, inclusive, contra o povo,, os 90% que pagam a conta, não têm emprego, ganham mal e passam fome.
O que está em disputa é a civilização contra a barbárie. Trata-se, seguramente, do momento mais grave vivido pela nação Brasil e convém que nos demos conta disso sob pena de perdermos o bonde da história.
Não basta ganhar a eleição é preciso criar condições de governar e mudar... Isso dá trabalho..
Ah, e o coração de dom Pedro? Que coisa ridícula, típico dos amantes da morte. É a necrofilia como disse Erich Fromm em seus escritos