sábado, 8 de outubro de 2022

IPEC e DATAFOLHA FORA DA CURVA




      Já durante as apurações dos votos aos candidatos a Presidente da República, Governos Estaduais, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, no início da noite de domingo, 02, era perceptível a discrepância entre os números anunciados por boa parte dos Institutos de Pesquisa e os percentuais de votos que vinham sendo obtido por candidatos, principalmente aos cargos de Presidente da República, Governador e Senador. As críticas, principalmente ao IPEC (ex IBOPE), e ao Datafolha, foram-se avolumando e acabaram vindo de todos os lados. Erraram feio!

      O Ipec, principalmente, errou em pelo menos 24 dos 27 estados em que pesquisou. Precisar o tamanho da merda, depende da opinião de cada um. Acertou com afinco apenas em Minhas Gerais. E os erros foram os mais absurdos, ultrapassando muito a margem de erro. Pesquisas influenciam boa parte dos eleitores, que gostam de votar em quem está na frente. E isso pode afetar os candidatos, que perdem votos.

       Para os comandos de campanhas e militantes, podem acontecer duas situações: A euforia faz com que as pessoas migrem sua preferência para os que estão na dianteira;  ou a acomodação pelo senso de vitória faz com que a militância pare de agir, enquanto os adversários trabalham mais e obtêm melhores resultados.

       O segundo turno da eleição presidencial – Lula e Bolsonaro chegaram ao segundo turno. O comando de campanha do petista trabalhava para o convencimento do eleitor para que votasse em Lula e o processo eleitoral acabasse já no domingo. Isso crendo nos números das pesquisas de pelo menos 4 institutos de pesquisa. O resultado não foi o pretendido, deu segundo turno e a eleição fica em aberto. Agora, os dois finalistas estão buscando apoios. Lula cerca o MDB de Tebet e o PDT de Lula. Ciro diz que obedecerá as determinações de seu partido, que apoia Lula, mas é certo que não fará muita força. O MDB deixará os diretórios estaduais decidirem o que fazer, pois em casa estado há uma situação particular.

       Nacionalizar a decisão pode causar grandes cisões no meio emedebista. E Bolsonaro obteve o apoio de Romeu Zema, governador reeleito de Minas Gerais pelo Novo, e Rodrigo Garcia, do PSDB, que ficou fora do segundo torno em São Paulo. Naquele estado, o PSDB é o mais tradicional rival do PT. PSDB, PSD e MDB serão partidos “bem partidos” neste segundo turno. Haddad, em São Paulo, bateu forte em Rodrigo Garcia e acabou por jogá-lo para o lado de Bolsonaro neste segundo turno. No Rio de Janeiro,  Bolsonaro tem o apoio do governador eleito no Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

       As experiências me mostram que uma grande parte dos índios não seguem os caciques. Os mais pragmáticos têm duas orientações: os fisiológigos, pensam nos cargos que podem conseguir para seus apaniguados. Os idealistas, pensam no futuro, não agem com a emoção ou o interesse imediato, mas pensam o futuro. Ainda, os mais habilidosos, já vão imaginando o que podem fazer, em suas cidades, nas eleições daqui a dois anos, em nível municipal. Na política, prosperam mais os equilibrados, os que não se queimam por pouco motivo. Sem esquecerem que, aliado de hoje, pode ser adversário amanhã.

       Jorginho e Décio no segundo turno em Santa Catarina – Os candidatos Jorginho Melo, do PL, partido de Jair Bolsonaro, e Décio Lima, do PT, partido de Luiz Inácio Lula da Silva, estão no segundo turno em nosso Estado. Décio fez um punhado de votos a mais que o Governador Carlos Moises e passou para a final. A diferença em número de votos é grande e os catarinenses têm grande preferência por Jair Bolsonaro. Ambos estão costurando apoios mas Jorginho é o favorito para a vitória. Só algum fato novo importante pode alterar o curso das coisas.

       Euclides Riquetti, cidadão honorário de Capinzal- O escritor Euclides Celito Riquetti foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Capinzal, com sessão solene do dia 28 de outubro, à noite, na sala de sessões da Câmara Municipal de Capinzal. O projeto de lei de concessão da honraria foi de autoria do presidente do Legislativo local, Rafael Edgar Tonial, sendo aprovado pela unanimidade dos vereadores. Riquetti, três anos antes, já recebera a horaria em Ouro, onde foi prefeito municipal de 1989 a 1992. É o único cidadão que teve atuação comunitária nas duas cidades e foi, por isso, homenageado com aquele título,  nos dois municípios. Riquetti é autor dos livros “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares”, e “Crônicas dos antigos Rio Capinzal e Abelardo Luz-Ouro e arredores”. Em ambos, personagens da história dos municípios resultantes de Cruzeiro e Campos Novos são eternizados.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogoriquetti.blogspot.com

 

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