Eleições na reta
final, veículos de comunicação convencionais ou virtuais propagando notícias
falsas, fofocas e baixarias. Tudo muito horrível de se ouvir, de se ver.
Espetáculos para envergonhar cada ser humano. Uma guerra de informações e
desinformações. Pratos cheios para os comentaristas de TV e rádio, munição para
os internautas.
Enquanto isso,
homens matando mulheres, adultos abusando de crianças. Filhos e netos
maltratando pais e avôs. E os políticos
ganhando generosos espaços nos meios de comunicação, institutos de pesquisa
puxando para o lado que lhes convém.
Mas as intrigas,
fofocas, calúnias e agressões verbais são coisa muito antiga. Agora, porém,
tudo está mais intenso e até perigoso. Dentro da máxima de que “toda a ação
gera uma reação”, cada palavra mal colocada, cada gesto inadequado, cada
atitude inoportuna pode gerar um estrago. Minha vivência e experiência política
me instrui a ter muita cautela. Para alguns, a política é o meio de atingirem
alguns fins; para outros, uma paixão exacerbada e cega.
Estive em
Capinzal e Ouro no início da semana. Nos locais de encontros de pessoas,
apostadores desafiando outros, arrogância e valentia, bem do jeito que está a
situação em todos os cantos de nosso Brasil.
Pessoas de convivência próxima digladiando-se, ofendendo-se. Então me
reporto a fatos que presenciei na minha eleição para prefeito em Ouro, onde
obtive, em 1988, 57% dos votos válidos. Eu sabia que venceria por boa margem.
Pessoas que têm experiência política, que estão muitos anos na estrada, mas que
não se expõem, conseguem antecipar placares em urnas. Em determinadas
comunidades, conseguem prever resultados com notável precisão.
Nas eleições de 1982, em Ouro, o vice-Prefeito
e meu primo, saudoso Sérgio Riquetti, visitou, numa tarde, três comunidades:
Linhas Sul, Bonita e Maziero. Conversou
com uma pessoa de cada comunidade e nos disse: Numa ganhamos por dois,
noutra podemos perder por dois e numa delas ganhar por um. Resultado: Nas três
urnas, na apuração, tivemos um resultado
positivo total de um voto! Nós tínhamos
um candidato e achávamos que ganharíamos fácil a eleição: perdemos!
Tendo estado em
diversas campanhas de amigos e conhecidos, ao longo da vida, acostumei-me a
preparar-me para possíveis surpresas. E, na presente eleição, em Santa
Catarina, Jorginho Mello deve ser eleito governador por boa margem de votos.
Jorginho, PL, e Décio Lima, PT, tratam-se com razoável respeito. Uma das
campanhas, na semana, apelou, mas nada que possa mudar o quadro. Em termos
federais, mesmo com leve favoritismo de Lula, a campanha de Bolsonaro está
bastante ativa. Só nos últimos dias poderemos ter uma noção próxima da
realidade. Mais três dias e a bagunça acaba. Para uns a alegria, para outros a
ressaca.
Festas de Outubro
– As festas de outubro bombam em Santa Catarina, depois de 3 anos. Aqui em
Treze Tílias, a Tirolerfest, maior evento cultural e gastronômico do Meio-Oeste
Catarinense, atraiu milhares de turistas. A Oktober Fest, em Blumenau, mostrando as
tradições germânicas e vitrinando-nos para o mundo. Nasceu a partir de 1983,
para recuperar a estima dos moradores do Vale do Rio Itajaí, principalmente de
Blumenau, que foram castigados por uma grande enchente. Neste ano, o cenário
perfeito para se comemorar a superação da Pandemia da Covid-19.
Neste domingo, os eleitores brasileiros poderão escolher
entre um populista de direita e um populista de esquerda. E, com isso, de
qualquer forma, vai continuar a pauleira no ano que vem!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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