quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Homenageando, carinhosamente, Sérgio (Van Johnson) Riquetti

 


   


Sérgio com os filhos Sander e Serginho, a nora Denize e as duas netas, Beatriz e Ana Luíza. Foto Rádio Capinzal. 

       Faleceu no domingo,14 de março de 2021,  pouco antes do meio-dia, meu primo Sérgio Riquetti, que o saudoso Remi Mattos chamava, no final da década de 1977, de "Van Johson", em razão da semelhança física entre o empresário e o ator, locutor  e dançarino norte-americano Charles Van Dell Johnson, que nasceu em 25 de agosto de 1916, em New Port, Rhode Island, nos Estados Unidos, e faleceu em 12 de dezembro de 2008, com 92 anos, em Nova York. Sérgio Compeltou 81 anos dia 12 de janeiro. 

       Sérgio era filho dos saudosos Vitalle Richetti e Joana Dambrós, moradores da comunidade de Linha Bonita. Viúvo de Ofélia Ceigol, tiveram os filhos Sérgio (Serginho) e Sander. O primeiro, Serginho, é casado com Denize Costenaro e têm duas filhas. Sander mora em Curitiba. 

       O Sérgio perdeu o pai quando este tinha 42 anos. A Tia Joanina, como a chamávamos, ficou na propriedade da Linha Bonita, com o Ségio praticamente se respónsabilizando pelos cuidados aos irmãos: Ivone, Nilson, Helcio, Ovídio, Adiles, Vilson, Maria Enir (hoje freira), Élis e Nair. Ficaram nove crianças e a vida dura, no tentanto, foi encarada com coragem, sendo que todos eles acabaram bem sucedidos familiar ou profissionalmente. 

       Ainda jovem foi morar na cidade, onde aliou-se ao primo Ludovino Baretta, o Chascove, e mais tarde aos irmãos Hélcio, Ovídio e Adiles, tocando sua alfaiataria primeiro no Ouro e depois no centro de Capinzal. Adiante, iniciaram-se nos negócios de churrascaria, primeiro com a "Avenida", em Ouro, e depois com a famosa e tradicional Churrascaria Riquetti, primeiramente anexa ao Hotel Imperial e depois na XV de Novembro, onde está situada ainda hoje. 

       Palmeirense e vascaíno, já na década de 1960, saía de nossa cidade para São Paulo, de trem ou ônibus, para comprar tecidos em peças para a alfaiataria. Marcava suas viagens em datas que coincidissem com grandes jogos do Palmeiras, no estádio Palestra Itália e no Pacembu. Quando voltava, nos relatava sobre jogadores que conhecera, principalmente Djalma Santos, Dudu e Ademir da Guia, astros do clube à época. 

       Em 1977, quando voltei de União da Vitória para nossa região, morando em Zortéa, meu pai estava muito doente, com doença gravíssima no estômago e duodeno. Tratava-se em Florianópolis, ia e voltava de ônibus. O Sérgio ia na casa de meus pais. Lembro-me de que, uma vez, trouxe seu próprio pijama de cor bege para que o pai usasse. 

       Dias depois, eu estava conversando com meu "Velho Guerino!, e parecia que ele queria me dizer que a gente precisaria passar os bens para um terceiro, para evitar que, no futuro, se "acontecesse alguma coisa", nada precisasse passar pelo inventário. Perguntei-lhe quem seria a pessoa em que ele mais confiava e elee me disse: "O Tio Anildo Mázera ou o Sérgio Riquetti". Meu pai faleceu em 18 de junho do mesmo ano, 1977, e não fizemos nenhuma transferência de bens, pois queríamos poupá-lo do sofrimento...

       Quando voltei a morar em Ouro, no início de 1980, ele me indicou para lecionar Inglês no Cnec. Depois, sendo ele vice-Prefeito da cidade, que tinha Ivo Luiz Bazzo como Prefeito, em 1982, quando eu era Secretário Municipal e secretariei num mês em que assumiu interinamente o comando do Município. 

       Tivemos estreita parceria na Diretoria do Conselho Admininistrativo da Paróquia de São Paulo Apóstolo, durante a segunda metade da década de 1980 e na seguinte, quando fui primeiro Vice e depois Presidente do Conselho. Nas festas de nosso padroeiro, São Paulo Apóstolo, no mês de janeiro, era ele que comandava toda a equipe de vendas de bebidas num evento que começava na noite de sexta-feira e terminava ao anoitecer de domingo. 

       Nos eventos das Noites do Queijo e do Vinho, no Clube Esportivo Floresta, sempre ia com sua esposa Ofélia e os irmãos. Na última edição, já tendo perdido a esposa, esteve lá com uma neta.

       Há um ano, quando perdemos nosso tio Vitório Richetti, por ocasião da cerimônia de despedida, estando eu a auxiliar nos atos de despedida, olhando para todos os presentes declarei que, sendo o Sérgio o mais velho dos nossos primos, e não tendo mais nenhum tio, da nossa geração anterior, ele passaria a ser nosso ponto de referência. Ele consentiu calando-se, naquele momento de luto.

       Naqueles dias, eu havia almoçado na Churrascaria Riquetti e entregue os convites para o lançamento de meu livro "Crônicas dos antigos Rio Capinzal e Abelardo Luz-Ouro". Confirmou-me que ia, junto com seus irmãos, como fizera um ano antes, no lançamento de meu outro livro. 

       Como empresário empreendedor, deixa sua marca em vários empreendimentos na cidade, administrados pelo filho Serginho, que é Engenheiro. participava de todos os encontros da Família Riquetti/Richetti, no Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul. Era um grande incentivador dos encontros. Há dois anos, em seu aniversário, solicitou aos convidados que lhes dessem como presentes roupas de cama e banho para que pudessem ser doadas ao Hospital Nossa Senhora das Dores, de Capinzal. 

       Há poucos dias, fomos surpreendidos pela notícia de que ele não estaria passando bem, que tivera desconfortos em sua saúde, que sua vida estava em risco. Neste domingo, deixa os familiares e os amigos para viver em outro plano de Deus. 

        Reitero, aqui, nosso carinho e amizade pelo Sérgio e os seus familiares. Deixamos nossas condolências a todos e um fraterno abraço. Que Deus lhe dê o merecido lugar no Paraíso. 


Euclides Riquetti e Família

14-03-2021

       

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