Converso com
pessoas sobre livros. Os que costumam ler, falam com entusiasmo e acreditam que
o livro físico, aquele impresso em
tipografias e com “capa dura”., é
insubstituível, continuará eternizado e ocupando as prateleiras das bibliotecas
das escolas, das prefeituras, de algumas casas. Nem que seja para decoração.
Outros, principalmente aqueles que dão o seu telefone celular para o filhinho
brincar, e se orgulham das proezas dos
pequenos ao dedilharem as telas, se depender deles os livros são coisas
jurássicas, de um passado que não mais vai voltar.
Em duas semanas,
participei de dois eventos em Capinzal:
a Feira das profissões, realizada pelo Instituto BRF, onde fui me manifestar
sobre a “profissão” de escritor. E, no sábado, 27, da Jornada Literária
promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Capinzal. Na jornada,
encontrei outros conterrâneos que publicaram livros recentemente: Paulo
Betinardi, Evani Riffel, Maria Helena Bazzo, Laura de Oliveira Luz, eu mesmo, e Matheus Faccin. Todas pessoas que gostam de
ler e , portanto, escrever. Editam livros físicos, com papel, código de barras
e os registros necessários, inclusive no âmbito internacional, para que tudo ocorra na legalidade.
Na Feira,
passaram cerca de 1.000 jovens, centenas deles estiveram no meu stand,
perguntavam sobre o que precisariam fazer para tornarem-se escritores. Eu lhes
lembrava que, no meu caso, escrever é minha atual ocupação, não minha
profissão. Mas que sou escritor em razão, principalmente, de ter sido professor
de Português, Inglês e suas literaturas.
Para quem gosta
de escrever, o ato é apaixonante. Mergulhar no tempo e escrever crônicas de
cunho histórico-social. Navegar entre a realidade e a fantasia, criando poemas
em diversos gêneros. Ou atrever-se aos contos e romances. Cada um escreve da
forma que mais lhe apraz. Sou dos poemas, artigos e das crônicas.
O Dia Mundial da
Literatura foi efusivamente comemorado nas principais cidades e capitais dos
estados brasileiros. E em centenas de pequenas cidades, onde as Secretarias de Educação ou de Cultura, ou
seus departamentos, promovem eventos reunindo as crianças, com contação de
histórias, encenações pelos estudantes e a ação eficiente e voluntariosa dos
professores.
Aqui em Joaçaba,
se fizermos uma busca, veremos que pouca coisa acontece em termos de
literatura. Não estou falando que os eventos não acontecem. Estou dizendo que,
pelo status da cidade, pelo nível intelectual de uma cidade universitária, a
base não anda. Os escritores locais há muito perderam seu espaço, acabaram
entrando na vibe da irrelevância..
Eleições nas
cidades – Ouve-se muito falar, e com clareza, sobre as candidaturas a Prefeito
em Herval d´Oeste. De Luzerna, algumas especulações, mas nos aparenta que as
coisas se definam com um lado A e um Lado B. Em Joaçaba, com o falecimento de
Juliano Pedrini, parece que a situação está zerada, que se começará
tudo de novo. O PSD definiu o nome do advogado Alexandre Prazeres como
pré-candidato a Prefeito, o qual vem articulando as coligações e mantendo os
filiados animados há dois anos. Tem muita experiência na administração
pública, já atuava em Concórdia antes de fixar residência aqui. Hipólito Kremer
lançou-se pelo Progressistas, que ainda vai realizar uma pesquisa interna para
saber se será ele ou não o candidato.
Especula-se
muito em quem seria o candidato do prefeito Dioclésio Ragnini e o do Governador
Jorginho Melo. Ragnini pretende apoiar alguém de perfil mais técnico. Sabemos
que a turma do Jorginho é muito da política. As criações costumam ser do perfil
de seus criadores, esta é a linha que se
percebe por aqui.
Professores em
greve – Os professores da rede estadual de Santa Catarina estão, parte deles, em greve. O Governo do Estado
vai manter-se em queda de braço. As ameaças de dias descontados já não fazem
mais efeito. Professores já estão acostumados com isso. Governador Jorginho,
que é um político habilidoso, não está sabendo lidar com a situação. Nem seus
secretários ligados ao metier. Todos sabemos que a principal reivindicação da
classe é a descompactação da tabela salarial. Na campanha, o discurso era um.
Agora, outro!. Aguardem e verão o tamanho do estrago!
A revolta entre
seus eleitores é grande. Apenas alguns que levam benefícios estão satisfeitos.
Podem ter certeza de que o troco já começa nas eleições em nível municipal.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
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