sábado, 4 de maio de 2024

Livros ainda importam? Professores ainda importam?

 

 Jornada Literária de Capinzal = Escritores: Laura Luz, Evani Riffel, Maria Helena Bazzo, Paulo Betinardi, Matheus Faccin e Euclides Riquetti

       Converso com pessoas sobre livros. Os que costumam ler, falam com entusiasmo e acreditam que o livro  físico, aquele impresso em tipografias  e com “capa dura”., é insubstituível, continuará eternizado e ocupando as prateleiras das bibliotecas das escolas, das prefeituras, de algumas casas. Nem que seja para decoração. Outros, principalmente aqueles que dão o seu telefone celular para o filhinho brincar, e se orgulham das proezas  dos pequenos ao dedilharem as telas, se depender deles os livros são coisas jurássicas, de um passado que não mais vai voltar.

      Em duas semanas, participei de dois  eventos em Capinzal: a Feira das profissões, realizada pelo Instituto BRF, onde fui me manifestar sobre a “profissão” de escritor. E, no sábado, 27, da Jornada Literária promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Capinzal. Na jornada, encontrei outros conterrâneos que publicaram livros recentemente: Paulo Betinardi, Evani Riffel, Maria Helena Bazzo, Laura de Oliveira Luz, eu mesmo,  e Matheus Faccin. Todas pessoas que gostam de ler e , portanto, escrever. Editam livros físicos, com papel, código de barras e os registros necessários, inclusive no âmbito internacional,  para que tudo ocorra na legalidade.

      Na Feira, passaram cerca de 1.000 jovens, centenas deles estiveram no meu stand, perguntavam sobre o que precisariam fazer para tornarem-se escritores. Eu lhes lembrava que, no meu caso, escrever é minha atual ocupação, não minha profissão. Mas que sou escritor em razão, principalmente, de ter sido professor de Português, Inglês e suas literaturas.

       Para quem gosta de escrever, o ato é apaixonante. Mergulhar no tempo e escrever crônicas de cunho histórico-social. Navegar entre a realidade e a fantasia, criando poemas em diversos gêneros. Ou atrever-se aos contos e romances. Cada um escreve da forma que mais lhe apraz. Sou dos poemas, artigos e das crônicas.

       O Dia Mundial da Literatura foi efusivamente comemorado nas principais cidades e capitais dos estados brasileiros. E em centenas de pequenas cidades, onde as  Secretarias de Educação ou de Cultura, ou seus departamentos, promovem eventos reunindo as crianças, com contação de histórias, encenações pelos estudantes e a ação eficiente e voluntariosa dos professores.

       Aqui em Joaçaba, se fizermos uma busca, veremos que pouca coisa acontece em termos de literatura. Não estou falando que os eventos não acontecem. Estou dizendo que, pelo status da cidade, pelo nível intelectual de uma cidade universitária, a base não anda. Os escritores locais há muito perderam seu espaço, acabaram entrando na vibe da irrelevância..

       Eleições nas cidades – Ouve-se muito falar, e com clareza, sobre as candidaturas a Prefeito em Herval d´Oeste. De Luzerna, algumas especulações, mas nos aparenta que as coisas se definam com um lado A e um Lado B. Em Joaçaba, com o falecimento de Juliano Pedrini, parece que a situação está zerada, que  se começará  tudo de novo. O PSD definiu o nome do advogado Alexandre Prazeres como pré-candidato a Prefeito, o qual vem articulando as coligações e mantendo os filiados animados há dois anos. Tem muita experiência na administração pública, já atuava em Concórdia antes de fixar residência aqui. Hipólito Kremer lançou-se pelo Progressistas, que ainda vai realizar uma pesquisa interna para saber se será ele ou  não o candidato.

       Especula-se muito em quem seria o candidato do prefeito Dioclésio Ragnini e o do Governador Jorginho Melo. Ragnini pretende apoiar alguém de perfil mais técnico. Sabemos que a turma do Jorginho é muito da política. As criações costumam ser do perfil de seus criadores, esta é  a linha que se percebe por aqui.

       Professores em greve – Os professores da rede estadual de Santa Catarina estão,  parte deles, em greve. O Governo do Estado vai manter-se em queda de braço. As ameaças de dias descontados já não fazem mais efeito. Professores já estão acostumados com isso. Governador Jorginho, que é um político habilidoso, não está sabendo lidar com a situação. Nem seus secretários ligados ao metier. Todos sabemos que a principal reivindicação da classe é a descompactação da tabela salarial. Na campanha, o discurso era um. Agora, outro!. Aguardem e verão o tamanho do estrago!

       A revolta entre seus eleitores é grande. Apenas alguns que levam benefícios estão satisfeitos. Podem ter certeza de que o troco já começa nas eleições em nível municipal.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC, em 02-05-2024

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