(foto de 5 anos atrás) Nascida em 26 de dezembro de 1927
As famílias Dambroz e Baretta são duas das pioneiras da colonização e desbravamento do atual município de Ouro, que já pertenceu ao antigo município de Cruzeiro (hoje Joaçaba), com o nome de Distrito de Abelardo Luz, Também pertenceu a Campos Novos e Capinzal. E foi município pater de Lacerdópolis e Presidente Castelo Branco. Você sabia que Ouro, Capinzal e Piratuba já pertenceram a Campos Novos? A história tem nuances, os humanos têm performances, as famílias são as protagonistas dela.
A Tia Elza é personagem das mais conhecidas em Ouro. Viveu por quase que 98 anos, foi casada com Arlindo Baretta (irmão de minha mãe), teve as filhas Salete, Selita, Sirlei e Roselei. Vieram os 6 netos, os 5 bisnetos, gente do melhor DNA. Nas duas mais velhas, prevalência do elementos milaneses. dos Barettas. Nas mais jovens, linhagem forte dos Dambroz, ( Dambrós, D´Ambros, D`Ambroz). Tia Elza faleceu na terça, 04, e foi sepultada no dia 05 de novembro de 2025.
A família Dambroz veio duas vezes do Rio Grande do Sul para Santa Catarina. Vieram primeiro os homens para uma safra, plantaram suas culturas vegetais num terreno às margens do Rio do Peixe, deu uma safra frustrada por muita chuva. Retornaram ao Sul e vieram no ano seguinte, com as mulheres e os filhos. A região das atuais Linha Dambrós e Linha Sul foram o seu domínio. O empreendimento se localizou ali onde hoje se situa aa Capela de Linha Dambrós.
Minha memória natural e afetiva em relação à família do Tio Arlindo Baretta e a esposa Elza remonta aos tempos em que ele trabalhava para a Comercial Baretta, de Severino Baretta, em que cuidava de um chiqueirão, cerca de 3 Km ao sul da sede distrital de Ouro, dois Km da Vila São José. Lá tinham as duas primeiras filhas, Salete e Selita. Costumávamos visitá-los. Íamos com meus pais, Guerino e Dorvalina, mais meu irmão Ironi e minha irmã Iradi e o pequeno Hiroito Vilmar e Edimar nasceram mais adiante, em 1962 e 1966.
Lá na granja de suínos dos Baretta, também construíram uma casa para o tio Alcides Baretta, e a tia Anita (Boaretto), e tinham os filhos Alcebíades e Deolides, além da bebezinha Olides, que faleceu aos dois anos. Depois tiveram ainda Valdecir e Elenita.
Depois foram morar na cidade, onde a tia viveu até seus últimos momentos. Sua casa nova era de madeira, a qual sofreu muitas reformas, melhorias, mas está ainda ali, bem cuidada pelos descendentes, resistindo aos tempos.
O tio Arlindo acompanhava outros empregados da Comercial Baretta, indo com as composições dos trens que levavam porcos para São Paulo, mas acabou efetivando-se como açougueiro, num abatedouro localizado na apelidada Rua do Beco, ou Giavarino Andrioni, que parte, em perpendicular à Rua Professor GuerinoRiquetti.
Na casa, tinham instalações onde abatiam suínos, fazendo salame e banha. A atividade era intensa em a partir de 1968. Tia Elza era exímia preparadora de agnolini, macarrões, talharins e tortéis, atividade que manteve por alguns anos, quando o tio passou a trabalhar para Barcela e Lorenzoni, depois para os D`Agostini (Ozires, Osvaldino e Orvalino). Mesmo depois de aposentado, continuo trabalhando pelo tempo em que suas forças lhe permitirem.
As filhas Salete e Selita foram para Cascavel e depois esta foi a União da Vitória. Cursou Letras e acabou efetiva em Capinzal, no magistério público estadual. Sirlei trabalhou na área privada e ficou morando com a mãe. Roselei constituiu família e ficou morando na mesma casa e posteriormente na vizinhança.
A tia Elza gostava muito de vestir bem as filhas. Comprava roupas e alçados na loja de Dona Maria Fávero, na Casa Marilu, nas Casas Pernambucanas e Eduardo, e na boutique das lãs de Serafina Andrioni, esta no Ouro.
Mesmo com problemas de saúde, mas muito bem cuidada e tratada pelas filhas e netos, viveu sua vida com otimismo e alegria. Rezava para que as pessoas conhecidas tivessem saúde, passava uma energia muito boa a quem a visitava. Tinha uma memória de alto nível e alto padrão intelectual. Aliava experiências, vivencias e conhecimento, que se concatenavam ao carisma e grande capacidade de empatia, simpatia e generosidade. A família pode orgulhar-se dos pais, Arlindo e Elza, que honraram seus nomes, sua fé católica, deixando a todos um grande legado moral.
Esteve por algumas horas na capela mortuária Nossa Senhora dos Navegantes, onde foi velada. Parentes e amigos se fizeram presentes para despedir-se dela. Não houve comoções, pois todos sabiam que fizeram o que era possível para que tivesse conforto e cuidado em todos os seus últimos anos de vida.
Ficam as sentidas condolências minhas, da Miriam (que muito a admirava), da Michele, da Caroline e do Fabrício. Deus deu a ela um lugar muito bonito e especial no Paraíso.
Euclides Riquetti
07-11-2025
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