O futebol é a grande paixão do brasileiro.
A paixão que move os corações
É a mesma que move os pés
Que faz com que as pessoas, de todas as idades
Busquem, com determinação
A conquista da vitória!
No verde gramado dançam
Harmonicamente
Os corpos dos atletas.
Nas arquibancadas desenham-se
As mais espetaculares coreografias
E o grito de gol, incontido
Sai das gargantas dos aficcionados
Pelo esporte bretão
Que encanta e envolve as multidões.
Este, está presente em todos os lugares, a toda a hora
Em todos os pensamentos!
É um Brasil de chuteiras
Para um povo
Onde todos somos técnicos em futebol!
Empunhamos nossas bandeiras
E levamos as cores de nossos times pelas ruas
Pelas fachadas dos prédios
Pelas janelas de nossos carros.
E, neste contexto, desenha-se o cenário do sonho
Da busca da glória
Do vencer
Da superação!...
Euclides Riquetti
(A pedido da Michele, em 02-07-2003)
sábado, 31 de dezembro de 2011
Se eu soubesse pintar...
Se eu soubesse pintar
Começaria pelo teu rosto contente
Pincelaria teu corpo envolvente
Poria vermelho nas unhas de teus pés...
Se eu pudesse pintar
Pintar-te-ia com roupas pretas
Que te tornam bonita, atraente
Que te deixam morena fascinante...
Se eu soubesse pintar
Pintar-te-ia como és:
Com toda a tua exuberância
Com tua beleza e elegância.
Se eu pudesse pintar
Pintaria teu rosto com tinta clara
Cor da primavera que chegara
E o próprio verão cobrir-te-ia com verniz...
Mas, todo o teu corpo
Idealizado, desejado
Eu jamais conseguiria concretizar!
Não eu, nem outro:
Ninguém conceberia o ideal de tua perfeição...
Mas teu beijo
Sensual, gostoso, (ardoroso?)
Eu levaria!
Tuas palavras
Doces, amáveis, (adoráveis?)
Eu também as levaria!
E teus olhos fugidios teriam que fitar os meus e dizer:
"Eu te amo!"
Euclides Riquetti
02-07-97
Começaria pelo teu rosto contente
Pincelaria teu corpo envolvente
Poria vermelho nas unhas de teus pés...
Se eu pudesse pintar
Pintar-te-ia com roupas pretas
Que te tornam bonita, atraente
Que te deixam morena fascinante...
Se eu soubesse pintar
Pintar-te-ia como és:
Com toda a tua exuberância
Com tua beleza e elegância.
Se eu pudesse pintar
Pintaria teu rosto com tinta clara
Cor da primavera que chegara
E o próprio verão cobrir-te-ia com verniz...
Mas, todo o teu corpo
Idealizado, desejado
Eu jamais conseguiria concretizar!
Não eu, nem outro:
Ninguém conceberia o ideal de tua perfeição...
Mas teu beijo
Sensual, gostoso, (ardoroso?)
Eu levaria!
Tuas palavras
Doces, amáveis, (adoráveis?)
Eu também as levaria!
E teus olhos fugidios teriam que fitar os meus e dizer:
"Eu te amo!"
Euclides Riquetti
02-07-97
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Mãos
Mãos que tiram a roupa
Mãos que afagam o peito
São mãos que estendem a colcha
São mãos que preparam o leito.
Mãos que alisam o rosto
Mãos que abanam pra mim
São mãos que eu beijo com gosto
São mãos que arrumam o jardim.
Mãos que se estendem de pronto
Mãos que seguram a flor
São mãos que preparam o encontro
São mãos que se prendem no amor.
Mãos que seguram as mãos
Mãos que recebem presentes
São mãos que ajudam irmãos
São mãos que se movem contentes.
Mãos elegantes e ágeis
Mãos atraentes e belas
São mãos que parecem tão frágeis
São mãos tão macias e singelas.
Me ligo nas mãos carinhosas
Me ligo nas mãos da senhora
Que cuidam dos cravos e rosas
Que cuidam do filho que chora.
Mãos que afagam o peito
São mãos que estendem a colcha
São mãos que preparam o leito.
Mãos que alisam o rosto
Mãos que abanam pra mim
São mãos que eu beijo com gosto
São mãos que arrumam o jardim.
Mãos que se estendem de pronto
Mãos que seguram a flor
São mãos que preparam o encontro
São mãos que se prendem no amor.
Mãos que seguram as mãos
Mãos que recebem presentes
São mãos que ajudam irmãos
São mãos que se movem contentes.
Mãos elegantes e ágeis
Mãos atraentes e belas
São mãos que parecem tão frágeis
São mãos tão macias e singelas.
Me ligo nas mãos carinhosas
Me ligo nas mãos da senhora
Que cuidam dos cravos e rosas
Que cuidam do filho que chora.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Versos perdidos
Perdi meus versos ao longo da estrada
Ficaram reversos em meio ao nada
Perdi meus versos na madrugada
Deletei-os, incertos: memória vaga!
Versos românticos, livres, ameaçados
Flechados por uma sanha enraivecida
Restou-me um poema mutilado
Numa página pelo tempo envelhecida.
Reencontro meus versos em meio às águas
(Nelas me liberto de doridas mágoas)
Ficaram no azul dos ladrilhos das piscinas...
Reencontro todos os versos perdidos
Os de aqui, os de ali, os lá escondidos
Impregnados nas tranças das morenas meninas.
Euclides Riquetti
Composto em Barra do Leão
28-12-2011
Ficaram reversos em meio ao nada
Perdi meus versos na madrugada
Deletei-os, incertos: memória vaga!
Versos românticos, livres, ameaçados
Flechados por uma sanha enraivecida
Restou-me um poema mutilado
Numa página pelo tempo envelhecida.
Reencontro meus versos em meio às águas
(Nelas me liberto de doridas mágoas)
Ficaram no azul dos ladrilhos das piscinas...
Reencontro todos os versos perdidos
Os de aqui, os de ali, os lá escondidos
Impregnados nas tranças das morenas meninas.
Euclides Riquetti
Composto em Barra do Leão
28-12-2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Barra do Leão - a reversão possível
Tirei um dia para revisitar a Barra do Leão, rever os amigos Sérgio e Fernando Coronetti, suas esposas Rose e Adriana, e as crianças deles, no Thermas Leonense. Que ótimo dia passamos!
A quarta-feira amanheceu nublada, mas logo veio o sol animador. E, nossa intenção de ter um dia diferente foi-se materializando. Em Lacerdópolis, tomamos o rumo da "Barra" via Barra Fria, percorrendo uma estradinha bucólica que serpenteia o Vale, lado-a-lado com o Rio do Peixe. Estrada bem conservada, uma paisagem exuberante.
Ficamos muito surpresos com os novos rumos da Barra do Leão e a agilidade com que os Coronetti foram melhorando o seu empreendimento, o Balneário Thermas Leonense, e promovendo, com isso, a redenção econômica e social daquele distrito.
Lá em Trombudo Central, , num evento de uma missão Turística do nosso NITUR, ao pronunciar-me diante de dezenas de convidados e autoridades, fiz mençâo ao dinamismo do Sérgio Coronetti e sua coragem em implantar um equipamento turístico de alto gabarito, numa comunidade que se encontrava desacreditada. O que eu disse lá, posso repetir aqui: "O Coronetti merece, de parte do Município de Campos Novos, uma estátua em praça pública, pelo que tem feito por aquele município e pela Barra do Leão".
O Leonense está muito bonito. Piscinas com alternativas de profundidade, possibilitando lazer para todas as idades, tobogãs aquáticos, comida boa e barata (tem até o Palhinha ajudando no churrasco), atendimento de primeira linha, organização, simplicidade, higiene e limpeza, uma paisagem verdejante e fantástica. E o colorido rubroazul das edificações contrasta espetacularmente com o fundo verde das árvores que enfeitam o lugar e o azul das piscinas.
Quem diria que uma comunidade que estava extinguindo-se ressurgiu como a "Fênix Renascida" e hoje é motivo de orgulho para quem mora lá e para todos os que lá têm raízes. Hoje, os egressos da Barra, que são muitos e triunfam em todas as regiões do Brasil, voltam para matar as saudades e reverenciar o Thermas Leonense. E, os lotes que há setre anos valiam R$ 2.000,00, agora valem até R$ 100.000,00.
A comunidade toda deve apoiar o empreendimento dos Coronetti, que preservam a casa paterna e deram um grande impulso para o lugar. Agora, durante o inverno de 2012, o asfaltamento da ligação com Capinzal. E, no próximo verão, mais e mais turistas visitando-os. Parabéns e obrigado pela recepção, Família Coronetti.
Euclides Riquetti
28-12-2011
A quarta-feira amanheceu nublada, mas logo veio o sol animador. E, nossa intenção de ter um dia diferente foi-se materializando. Em Lacerdópolis, tomamos o rumo da "Barra" via Barra Fria, percorrendo uma estradinha bucólica que serpenteia o Vale, lado-a-lado com o Rio do Peixe. Estrada bem conservada, uma paisagem exuberante.
Ficamos muito surpresos com os novos rumos da Barra do Leão e a agilidade com que os Coronetti foram melhorando o seu empreendimento, o Balneário Thermas Leonense, e promovendo, com isso, a redenção econômica e social daquele distrito.
Lá em Trombudo Central, , num evento de uma missão Turística do nosso NITUR, ao pronunciar-me diante de dezenas de convidados e autoridades, fiz mençâo ao dinamismo do Sérgio Coronetti e sua coragem em implantar um equipamento turístico de alto gabarito, numa comunidade que se encontrava desacreditada. O que eu disse lá, posso repetir aqui: "O Coronetti merece, de parte do Município de Campos Novos, uma estátua em praça pública, pelo que tem feito por aquele município e pela Barra do Leão".
O Leonense está muito bonito. Piscinas com alternativas de profundidade, possibilitando lazer para todas as idades, tobogãs aquáticos, comida boa e barata (tem até o Palhinha ajudando no churrasco), atendimento de primeira linha, organização, simplicidade, higiene e limpeza, uma paisagem verdejante e fantástica. E o colorido rubroazul das edificações contrasta espetacularmente com o fundo verde das árvores que enfeitam o lugar e o azul das piscinas.
Quem diria que uma comunidade que estava extinguindo-se ressurgiu como a "Fênix Renascida" e hoje é motivo de orgulho para quem mora lá e para todos os que lá têm raízes. Hoje, os egressos da Barra, que são muitos e triunfam em todas as regiões do Brasil, voltam para matar as saudades e reverenciar o Thermas Leonense. E, os lotes que há setre anos valiam R$ 2.000,00, agora valem até R$ 100.000,00.
A comunidade toda deve apoiar o empreendimento dos Coronetti, que preservam a casa paterna e deram um grande impulso para o lugar. Agora, durante o inverno de 2012, o asfaltamento da ligação com Capinzal. E, no próximo verão, mais e mais turistas visitando-os. Parabéns e obrigado pela recepção, Família Coronetti.
Euclides Riquetti
28-12-2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Quarta Crônica do antigamente
Minha antiguidade é relativamente antiga. Já escrevi, em outras oportunidades, sobre ser antigo. Sou muito, muito, mas nem tanto. Sou do tempo em que os adolescentes levantavam muito cedo, no domingo, para ir à Missa das Seis, na Matriz. Primeiro o "compromisso", depois a bola. Então, a maioria dos amigos (eu ia com o irmão Ironi), levantava às 5,30, quanto tocava o sino, para ir à Igreja, "confessar", escutar bem o sermão do Frei Gilberto "Fujão", do Frei Lourenço "Brabo", do Frei Tito "Bondoso" e, depois, comungar. E, comungando, não poderia fazer pecado no domingo, nem na segunda, nem na terça...
Então, o negócio era não pensar marotezas, nem dar caneladas nos outros nas peladinhas do campínho, porque tudo isso era pecado, muito pecado. E havia dos pecados veniais, que eram os mais simples, mais fáceis de se obter o perdão por se tê-los cometido, que poderiam ser extinguidos se estivéssemos arrependidos, mesmo sem contá-los ao padre, bastando para isso declinar um simples "ato de contrição". Tinha o grande e o pequeno, que era mais fácil de decorar. Se o pecadinho era um "nadica di nada", podia ser o pequeno. Coisa assim como dar uma olhadinha numa menina, coisinhas simples. Mas, se fosse uma coisa como "pegar" uma pera do quintal do vizinho, mesmo que ela estivesse caído com o vento, isso era roubo, um roubo leve, sim, mas isso era sério, poderia se acostumar e, mais tarde, tornar-se um contumaz ladrão. Então, por enquanto, precisava ser um "ato de contrição grande", que tinha no livrinho de catequese. Era como uma medida liminar judicial, permitia que você comungasse mesmo assim, mas, adiante, quando tivesse oportunidade de confessar ao padre, mostrando aparente arrependimento, após esse julgamento, estaria perdoado, e a alma, que enegrecera, voltava à brancura. Ficava branca como camisa lavada com "Rinso".
Acho que a alma da Marjorie Estiano deve ter ficado um pouco cinzenta quando ela casou com o Rodrigo, que era a grande paixão de sua irmã, Ana, a bela tenista que se encontrava em coma, mãe da Júlia, em "A Vida da Gente". E deve ter rezado pelo menos uns três "atos de contrição", daqueles bem longos, quando a mana da Manu acordou, na novela. Seria um "pecado mortal"??
Os pecados mortais rondavam as mentes perturbadas de minha geração temente a Deus. Hoje, as pessoas nem sabem mais que pecados mortais existem, e agridem, roubam, matam...
Quando o Pelé esteve em Capinzal, em 1989, estivemos com ele lá na Perdigão. Estávamos eu, o Frei Davi, o Celso Farina, o Barzinho, o Irineu Maestri, o Ademir Belotto, o Jaime Baratto, o Ronaldo Cheiroso (que trabalhava lá), convidados pelo Altrair Zanchet. Com o "Rei", viera o ator David Cardoso, o Rei da Pornochanchada, ator e diretor em quase 100 filmes nacionais, protagonista da novela "A Moreninha", sucesso da Globo, em que ele era o Leopoldo, e contracenava com a Lucélia Santos.
Conversei muito com ele, ele havia sido candidato a Prefeito no Mato Grosso, não lembro se em Campo Grande ou Dourados, perdera, e queria saber como eu, com 35 anos, havia sido eleito Prefeito. Falei sobre meu engajamento em causas comunitárias, sociais e culturais, minha liderança junto a alguns segmentos sociais e profissionais, e que isso me dera base para a conquista. Ainda, abordei-o sobre o filme Férias no Sul, filmado em Blumenau e Gramado, em que ele contracenara com a Vera Fisher, a glamourosa atriz e ex-miss brasileira. Contou-me que teve um "flerte" com ela, que ela era "o máximo"... Ah, ele e o Pelé vieram juntos porque estavam filmando no Pantanal, um filme de combate aos matadores de jacarés, em que o Pelé era o Policial e o David Cardoso era o mocinho. O ator tivera deliciosos pecados com ela, todos veniais, compreensíveis...
Mas, como tenho afirmado, sou antigo, muito antigo. Sou do tempo do Sapeca e da Tia Bena, do João Maria Barriga-de-Bicho, da Nega Júlia, do Zeca Gomes, do Vinte-quatro... figuras folclóricas de Capinzal e Ouro que, certamente, sabiam muito bem a diferença entre "pecado venial e pecado mortal", mesmo que não tenham aprendido o "ato de contrição", porque eram almas ímpias e puras, negros de alma muito alva, da estirpe de nosso Cruz e Souza, sem pecados que lhe valessem qualquer condenação...
Não sou tão antigo quanto o Simbolista, mas sou antigo, sim!
Euclides Riquetti
27-12-2010
Então, o negócio era não pensar marotezas, nem dar caneladas nos outros nas peladinhas do campínho, porque tudo isso era pecado, muito pecado. E havia dos pecados veniais, que eram os mais simples, mais fáceis de se obter o perdão por se tê-los cometido, que poderiam ser extinguidos se estivéssemos arrependidos, mesmo sem contá-los ao padre, bastando para isso declinar um simples "ato de contrição". Tinha o grande e o pequeno, que era mais fácil de decorar. Se o pecadinho era um "nadica di nada", podia ser o pequeno. Coisa assim como dar uma olhadinha numa menina, coisinhas simples. Mas, se fosse uma coisa como "pegar" uma pera do quintal do vizinho, mesmo que ela estivesse caído com o vento, isso era roubo, um roubo leve, sim, mas isso era sério, poderia se acostumar e, mais tarde, tornar-se um contumaz ladrão. Então, por enquanto, precisava ser um "ato de contrição grande", que tinha no livrinho de catequese. Era como uma medida liminar judicial, permitia que você comungasse mesmo assim, mas, adiante, quando tivesse oportunidade de confessar ao padre, mostrando aparente arrependimento, após esse julgamento, estaria perdoado, e a alma, que enegrecera, voltava à brancura. Ficava branca como camisa lavada com "Rinso".
Acho que a alma da Marjorie Estiano deve ter ficado um pouco cinzenta quando ela casou com o Rodrigo, que era a grande paixão de sua irmã, Ana, a bela tenista que se encontrava em coma, mãe da Júlia, em "A Vida da Gente". E deve ter rezado pelo menos uns três "atos de contrição", daqueles bem longos, quando a mana da Manu acordou, na novela. Seria um "pecado mortal"??
Os pecados mortais rondavam as mentes perturbadas de minha geração temente a Deus. Hoje, as pessoas nem sabem mais que pecados mortais existem, e agridem, roubam, matam...
Quando o Pelé esteve em Capinzal, em 1989, estivemos com ele lá na Perdigão. Estávamos eu, o Frei Davi, o Celso Farina, o Barzinho, o Irineu Maestri, o Ademir Belotto, o Jaime Baratto, o Ronaldo Cheiroso (que trabalhava lá), convidados pelo Altrair Zanchet. Com o "Rei", viera o ator David Cardoso, o Rei da Pornochanchada, ator e diretor em quase 100 filmes nacionais, protagonista da novela "A Moreninha", sucesso da Globo, em que ele era o Leopoldo, e contracenava com a Lucélia Santos.
Conversei muito com ele, ele havia sido candidato a Prefeito no Mato Grosso, não lembro se em Campo Grande ou Dourados, perdera, e queria saber como eu, com 35 anos, havia sido eleito Prefeito. Falei sobre meu engajamento em causas comunitárias, sociais e culturais, minha liderança junto a alguns segmentos sociais e profissionais, e que isso me dera base para a conquista. Ainda, abordei-o sobre o filme Férias no Sul, filmado em Blumenau e Gramado, em que ele contracenara com a Vera Fisher, a glamourosa atriz e ex-miss brasileira. Contou-me que teve um "flerte" com ela, que ela era "o máximo"... Ah, ele e o Pelé vieram juntos porque estavam filmando no Pantanal, um filme de combate aos matadores de jacarés, em que o Pelé era o Policial e o David Cardoso era o mocinho. O ator tivera deliciosos pecados com ela, todos veniais, compreensíveis...
Mas, como tenho afirmado, sou antigo, muito antigo. Sou do tempo do Sapeca e da Tia Bena, do João Maria Barriga-de-Bicho, da Nega Júlia, do Zeca Gomes, do Vinte-quatro... figuras folclóricas de Capinzal e Ouro que, certamente, sabiam muito bem a diferença entre "pecado venial e pecado mortal", mesmo que não tenham aprendido o "ato de contrição", porque eram almas ímpias e puras, negros de alma muito alva, da estirpe de nosso Cruz e Souza, sem pecados que lhe valessem qualquer condenação...
Não sou tão antigo quanto o Simbolista, mas sou antigo, sim!
Euclides Riquetti
27-12-2010
Apenas mais uma manhã
Uma manhã banal
Como outras manhãs banais
Pode ser uma manhã casual
Como outras tais e tais.
Uma manhã tentadora
O meu corpo a te querer
A lembrança encantadora
O que mais pretender?
A manhã inspiradora
Os pensamentos saudosos
Tua pele macia, sedutora
Os momentos só nossos...
O que mais querer?
Querer uma manhã de querer
Apenas mais uma manhã
E, numa manhã, podes crer
Poder crer no amanhã.
A tarde de um amanhã
De um ontem, de um hoje, de um sempre
Pode ser, de repente
Apenas uma tarde vilã...
Mas sempre haverá um mais e um mais
Um bom motivo pra viver
E então, as manhãs banais
Serão manhãs colossais
Serão aquelas manhãs, tais e tais
Que tanto quero reviver!!!
Pois, queiramos ou não, o tempo passa...
(E nós vamos envelhecendo...)
27-12-2011
Como outras manhãs banais
Pode ser uma manhã casual
Como outras tais e tais.
Uma manhã tentadora
O meu corpo a te querer
A lembrança encantadora
O que mais pretender?
A manhã inspiradora
Os pensamentos saudosos
Tua pele macia, sedutora
Os momentos só nossos...
O que mais querer?
Querer uma manhã de querer
Apenas mais uma manhã
E, numa manhã, podes crer
Poder crer no amanhã.
A tarde de um amanhã
De um ontem, de um hoje, de um sempre
Pode ser, de repente
Apenas uma tarde vilã...
Mas sempre haverá um mais e um mais
Um bom motivo pra viver
E então, as manhãs banais
Serão manhãs colossais
Serão aquelas manhãs, tais e tais
Que tanto quero reviver!!!
Pois, queiramos ou não, o tempo passa...
(E nós vamos envelhecendo...)
27-12-2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
Terceira Crônica do Antigamente
Já disse, sou antigo, muito antigo. Quando criança, matava a bola na canela, piscava, sujava as mãos de tinta na escola. Era o perfeito aluno-problema. Ainda bem que naquela época não tinham "Conselho de Classe" nas escolas. Eu ficava na mão de um ou outro professor, pelo menos isso me aconteceu na terceira do "Ginásio" e na primeira do "Comércio". Na terceira, a Dona Holga me deixou em segunda época em Português e Matemática, lá no Juçá Barbosa Calado, uma escola que havia em Capinzal. Era um Ginásio Normal, em que meu professor de Psicologia era o Dioni Maestri, a quem, até hoje, reservo muito carinho e devoto sincera amizade. Ele nos levou ao Cine Glória para assistir ao filme "Freud, muito além da alma", onde Freud hipnotizava as pessoas. Conseguiu ingressos "fiado e com desconto" junto ao Armando Viecelli, dono do cinema. Nem me lembro se depois pagamos ou ele mesmo pagou. Na primeira, foi o João Bronze, de saudosa memória, que me deixou em segunda época em Inglês: que coisa feia, o único aluno da CNEC a fazer segunda época de Inglês, em 1970, ano de nossa gloriosa conquista do Tricampeonato Mundial de Futebol, no México.
Mas, como já disse em outras oportunidades, sou mais antigo do que a Marjorie Estiano, a que era feinha, e agora nem tanto. A Fernanda Montenegro também nunca foi um exemplo de beleza, mas o talento a tornou bonita e eterna. A Tônia Carrero, privilegiada, é talentosa, bonita e eterna, mas anda escondida há muito tempo. Quando a Marjorie Estiano nasceu, em 1982, lá em Curitiba, minha filhas, Michele e Carol, tinham quase três anos. (Cá entre nós, são mais bonitas que a Marjorie Estiano). Depois de 11 trabalhos na TV Glogo, 5 peças no teatro e 2 filmes em 2011, ela vive a Manuela Fonseca, a Manu, na novela "A Vida da Gente". Casou com o Rodrigo, pai da Júlia, filha da Ana, irmã dela. Agora o cara não sabe com qual das duas vai ficar. Mas se você for noveleiro, como eu já fui, vai saber isso tudo ao final da novela.
Sou do tempo em que apenas parte da Rua XV de Novembro, em Capinzal, e da Felip Schmidt, em Ouro, tinham, calçamento. O Fioravante e o Vicente Colombo, o Dário da Rosa, o Leonel Ferreira, o Miro, o Orsoletta, o Acir Borges e mais tarde o Zezinho Gonçalino faziam calçamento com perfeição. E o Shirlon Pizzamiglio levava água com o garrafão (H20) e, com uma canequinha de alumínio, e os servia sob o calor de 36 graus.
Sou do tempo em que aquele padre fugiu com a professora e levou o dinheiro da bolsa de estudos de meus colegas. E de quando o Edvino Dacás organizava, patrocinava (e transmitia) jogos de futsal na quadra asperenta do Padre Anchieta, a mesma em que o Edovilho Andreis, o Vino, ralou o dedão do pé. A mesma onde muitos jovens casadoiros conheceram algumas jovens casadoiras e hoje são pais de médicos, advogados, engenheiros, professores...Ou, simplesmente, casais felizes e com filhos! A mesma onde o padre fujão estapeou um aluno alemãozinho (vou preservar o nome do colega), porque, num joguinho de cegotes, ajuntou três lata do chão, com os olhos vendados, e era para ajuntar só uma.
Bem, em minhas incursões memoriais lembro das memoráveis "soirées" do Clube Primeiro de Maio, que apelidavam de "Mangueirão" e da "Cabana", onde a juventude se encontrava, aos sábados, para badalar. Dos meus amigos Arnildo Ramos e Renô Caldart, com quem eu sempre tirava fotos, e eram alguns de meus leais companheiros.
Bem, você, leitor, pode ver que, realmente, sou muito antigo, por isso mesmo tenho muitas histórias pra contar. Sou do tempo em que as pessoas deixavam de fazer algumas coisas porque era pecado. E havia mais amizades, mais divertimentos, mais respeito. E, como diz uma amiga: Todo mundo conhecia todo mundo! Agora...nem tanto!
Mas, como já disse em outras oportunidades, sou mais antigo do que a Marjorie Estiano, a que era feinha, e agora nem tanto. A Fernanda Montenegro também nunca foi um exemplo de beleza, mas o talento a tornou bonita e eterna. A Tônia Carrero, privilegiada, é talentosa, bonita e eterna, mas anda escondida há muito tempo. Quando a Marjorie Estiano nasceu, em 1982, lá em Curitiba, minha filhas, Michele e Carol, tinham quase três anos. (Cá entre nós, são mais bonitas que a Marjorie Estiano). Depois de 11 trabalhos na TV Glogo, 5 peças no teatro e 2 filmes em 2011, ela vive a Manuela Fonseca, a Manu, na novela "A Vida da Gente". Casou com o Rodrigo, pai da Júlia, filha da Ana, irmã dela. Agora o cara não sabe com qual das duas vai ficar. Mas se você for noveleiro, como eu já fui, vai saber isso tudo ao final da novela.
Sou do tempo em que apenas parte da Rua XV de Novembro, em Capinzal, e da Felip Schmidt, em Ouro, tinham, calçamento. O Fioravante e o Vicente Colombo, o Dário da Rosa, o Leonel Ferreira, o Miro, o Orsoletta, o Acir Borges e mais tarde o Zezinho Gonçalino faziam calçamento com perfeição. E o Shirlon Pizzamiglio levava água com o garrafão (H20) e, com uma canequinha de alumínio, e os servia sob o calor de 36 graus.
Sou do tempo em que aquele padre fugiu com a professora e levou o dinheiro da bolsa de estudos de meus colegas. E de quando o Edvino Dacás organizava, patrocinava (e transmitia) jogos de futsal na quadra asperenta do Padre Anchieta, a mesma em que o Edovilho Andreis, o Vino, ralou o dedão do pé. A mesma onde muitos jovens casadoiros conheceram algumas jovens casadoiras e hoje são pais de médicos, advogados, engenheiros, professores...Ou, simplesmente, casais felizes e com filhos! A mesma onde o padre fujão estapeou um aluno alemãozinho (vou preservar o nome do colega), porque, num joguinho de cegotes, ajuntou três lata do chão, com os olhos vendados, e era para ajuntar só uma.
Bem, em minhas incursões memoriais lembro das memoráveis "soirées" do Clube Primeiro de Maio, que apelidavam de "Mangueirão" e da "Cabana", onde a juventude se encontrava, aos sábados, para badalar. Dos meus amigos Arnildo Ramos e Renô Caldart, com quem eu sempre tirava fotos, e eram alguns de meus leais companheiros.
Bem, você, leitor, pode ver que, realmente, sou muito antigo, por isso mesmo tenho muitas histórias pra contar. Sou do tempo em que as pessoas deixavam de fazer algumas coisas porque era pecado. E havia mais amizades, mais divertimentos, mais respeito. E, como diz uma amiga: Todo mundo conhecia todo mundo! Agora...nem tanto!
sábado, 24 de dezembro de 2011
No gramado
No gramado de minha casa caem peras
São peras verdes, peras amarelas
Frutas pesadas, mas singelas
No meu gramado me caem lágrimas e estrelas.
No gramado de minha casa choram emoções
De ver a criança deslizando os pés delicados
E os beija-flores buscando o adocicado
(No meu gramado acalentamos corações).
A pitangueira, ali, atrai os passarinhos
Ela, com os pequenos frutos alaranjados
Eu, aqui, com os meus zelos e cuidados
Jogando alpíste para os pequeninhos.
E as bergamoteiras acanhadas
Sombreiam as pequenas jaboticabeiras
Ameaçadas pela corpulenta ameixeira
Reverenciam as laranjeiras carregadas.
E vêm canários, pardais ou tico-ticos
De todos os lados, até de azul penugem
Nem se vê de onde, mas de repente surgem
Trazendo raminhos nos pontudos bicos.
É a natureza que sobrevive à fúria humana
Antagonizando com os blocos de concreto
Contra o vidro, o cimento, o prumo certo
Majestosa força, soberana!
E os caquizeiros, respeitosos, aguardam o entardecer.
Buscam encontrar o aroma da romã
Que não vem, porque a mão humana, esta vilã
Não lhes sobrou lugar para crescer.
São peras verdes, peras amarelas
Frutas pesadas, mas singelas
No meu gramado me caem lágrimas e estrelas.
No gramado de minha casa choram emoções
De ver a criança deslizando os pés delicados
E os beija-flores buscando o adocicado
(No meu gramado acalentamos corações).
A pitangueira, ali, atrai os passarinhos
Ela, com os pequenos frutos alaranjados
Eu, aqui, com os meus zelos e cuidados
Jogando alpíste para os pequeninhos.
E as bergamoteiras acanhadas
Sombreiam as pequenas jaboticabeiras
Ameaçadas pela corpulenta ameixeira
Reverenciam as laranjeiras carregadas.
E vêm canários, pardais ou tico-ticos
De todos os lados, até de azul penugem
Nem se vê de onde, mas de repente surgem
Trazendo raminhos nos pontudos bicos.
É a natureza que sobrevive à fúria humana
Antagonizando com os blocos de concreto
Contra o vidro, o cimento, o prumo certo
Majestosa força, soberana!
E os caquizeiros, respeitosos, aguardam o entardecer.
Buscam encontrar o aroma da romã
Que não vem, porque a mão humana, esta vilã
Não lhes sobrou lugar para crescer.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Poema em atos
Que bom te ver, te ouvir, te sentir
Que bom te querer, te querer, ter-se aqui!
Que bom ver o vento balançando as folhas
Que bom que a gente pode fazer escolhas!
Que bom escutar-te e poder responder-te
Que bom encontar-te e poder te abraçar
Que bom te dizer "te amo" e dest´arte
Sentir o teu sim estampado no olhar.
Que bom ver que o tempo é mais que lembrança
Que bom relembrar de nossa primeira dança!
Que bom apenas poder te dizer
Que bom apenas ouvir a melodia
E poder te dizer que também neste dia
Eu estou em ti e tu estás no meu ser.
Que bom escrever românticos poemas
Com palavras doces de que me lembro
Quando vagam no céu os trenós e as renas
No calor das tardes e manhãs de dezembro.
E eu, aqui pensando em parnasianos!...
Euclides Riquetti
23-12-2011
Que bom te querer, te querer, ter-se aqui!
Que bom ver o vento balançando as folhas
Que bom que a gente pode fazer escolhas!
Que bom escutar-te e poder responder-te
Que bom encontar-te e poder te abraçar
Que bom te dizer "te amo" e dest´arte
Sentir o teu sim estampado no olhar.
Que bom ver que o tempo é mais que lembrança
Que bom relembrar de nossa primeira dança!
Que bom apenas poder te dizer
Que bom apenas ouvir a melodia
E poder te dizer que também neste dia
Eu estou em ti e tu estás no meu ser.
Que bom escrever românticos poemas
Com palavras doces de que me lembro
Quando vagam no céu os trenós e as renas
No calor das tardes e manhãs de dezembro.
E eu, aqui pensando em parnasianos!...
Euclides Riquetti
23-12-2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Jeito de pecado
Foi de madrugada
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.
Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!
Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!
Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...
Euclides Riquetti
30/11/2006
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.
Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!
Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!
Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...
Euclides Riquetti
30/11/2006
Vento moreno
Venta o vento moreno de outono
Venta e venta...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.
Brilha o brilho do sol brilhante
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...
Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...
Escreve o poeta o poema, e a noite
É a moça, a musa
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam
E a noite provoca, encanta, abusa!
E viva você, tema do canto
Viva, viva!
Como o barco que vai, flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!
Euclides Riquetti
07-05-1997
Venta e venta...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.
Brilha o brilho do sol brilhante
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...
Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...
Escreve o poeta o poema, e a noite
É a moça, a musa
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam
E a noite provoca, encanta, abusa!
E viva você, tema do canto
Viva, viva!
Como o barco que vai, flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!
Euclides Riquetti
07-05-1997
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Poema de Natal
É Natal...
Caminhos de luz se desenham no céu
De Noel
Ternos de renas saltitam ao léu
Acima das nuvens de claro de véu
Porque é Natal
Natal das crianças e de Noel!
É Natal
Inverno no Norte, verão no Sul
De céu anil, azul.
Notas sonoras ecoam nas estradas
Articuladas.
No Polo Norte, anjos entoam cândidos hinos
No outro, nas torres repicam o bronze dos sinos
Porque é Natal.
Lá, a neve matiza o verde nos pinos
Aqui, o bom velho abençoa os bons e os ladinos
Porque é Natal.
É o Natal dos velhinhos encurvados
Dos presentes desejados
Das crianças embevecidas
Das saudades mais sentidas
Mas é, de novo, Natal...
Natal de luvas, de barbas, de capuz
De sinos, de lembranças de Jesus
É tempo de amor, da cor vermelha que seduz
É, de novo, Natal.
De amor, de perdão, de luz.
Euclides Riquetti
20-12-2011
Caminhos de luz se desenham no céu
De Noel
Ternos de renas saltitam ao léu
Acima das nuvens de claro de véu
Porque é Natal
Natal das crianças e de Noel!
É Natal
Inverno no Norte, verão no Sul
De céu anil, azul.
Notas sonoras ecoam nas estradas
Articuladas.
No Polo Norte, anjos entoam cândidos hinos
No outro, nas torres repicam o bronze dos sinos
Porque é Natal.
Lá, a neve matiza o verde nos pinos
Aqui, o bom velho abençoa os bons e os ladinos
Porque é Natal.
É o Natal dos velhinhos encurvados
Dos presentes desejados
Das crianças embevecidas
Das saudades mais sentidas
Mas é, de novo, Natal...
Natal de luvas, de barbas, de capuz
De sinos, de lembranças de Jesus
É tempo de amor, da cor vermelha que seduz
É, de novo, Natal.
De amor, de perdão, de luz.
Euclides Riquetti
20-12-2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Amor Radical
Eu queria que tu arrancasses meu coração
E o colocasses dentro do teu.
E eu ficaria sem vida,
Sem sensibilidade,
Sem sentir saudade...
E tu terias para sempre o meu coração.
No céu, eu viraria um anjo alado
Que ficaria sobrevoando-te
Onde quer que estivesses
Para onde quer que fosses...
Assim, eu sempre estaria por perto
Protegendo-te
Guiando-te...
E continuaria a compor meus versos
Que virariam sonetos românticos.
E continuaria a rezar
A pedir perdão
A declarar ao mundo que tu és meu grande amor.
E, no dia em que precisasses de minha presença
Apenas me acenaria
E eu viria
Com todo aquele amor que tenho em mim
Que guardo em mim.
E nós continuaríamos felizes
Tu e eu.
Te amo demais!!!
(02-09-1998)
E o colocasses dentro do teu.
E eu ficaria sem vida,
Sem sensibilidade,
Sem sentir saudade...
E tu terias para sempre o meu coração.
No céu, eu viraria um anjo alado
Que ficaria sobrevoando-te
Onde quer que estivesses
Para onde quer que fosses...
Assim, eu sempre estaria por perto
Protegendo-te
Guiando-te...
E continuaria a compor meus versos
Que virariam sonetos românticos.
E continuaria a rezar
A pedir perdão
A declarar ao mundo que tu és meu grande amor.
E, no dia em que precisasses de minha presença
Apenas me acenaria
E eu viria
Com todo aquele amor que tenho em mim
Que guardo em mim.
E nós continuaríamos felizes
Tu e eu.
Te amo demais!!!
(02-09-1998)
sábado, 10 de dezembro de 2011
Vazio
O vazio que há em mim
Também há em ti.
É como um céu sem estrelas
É quando é impossível vê-las
É como um mar sem fim.
O vazio que está em mim
Também está em ti.
É como uma árvere sem folhas
É como não ter escolhas
E não saber de onde eu vim.
O vazio que há em nós
É o vazio dos sós.
É como a rua sem gente
É como o espelho sem lente
Ou as renas sem trenós.
O vazio de cada alma
É inerte como a alga
É a hora sem o minuto
É a água sem o duto
É a sentença sem ressalva.
E eu penso em ti...
Euclides Riquetti
10-12-2011
Também há em ti.
É como um céu sem estrelas
É quando é impossível vê-las
É como um mar sem fim.
O vazio que está em mim
Também está em ti.
É como uma árvere sem folhas
É como não ter escolhas
E não saber de onde eu vim.
O vazio que há em nós
É o vazio dos sós.
É como a rua sem gente
É como o espelho sem lente
Ou as renas sem trenós.
O vazio de cada alma
É inerte como a alga
É a hora sem o minuto
É a água sem o duto
É a sentença sem ressalva.
E eu penso em ti...
Euclides Riquetti
10-12-2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Mimosa
Mimosa potranca buenaça
Baita chinoca, macanuda, conservada
Tu me levas a afundar-me na cachaça
Mimosa potranca buenaça.
Tu que jogas no meu corpo o vil cansaço
Tu que espantas a tristeza do galpão
Espreitas o manejo de meu laço
Mas recusas entregar-me o coração.
Tu bem sabes que és a dona do pedaço
Sabes ser de qualquer taura a perdição
Teu olhar reprovador é um talagaço
Fere mais do que o tapa de tua mão.
Gauchona pra ti olho e te tenteio
Gauchona olha pra mim, deixa de estória
Vem me abraçar, vem pra mim sem mais rodeio
Vem me querer, ou te pego qua gibóia.
Sou um cabra atucanado e provocado
Pelos olhos da gaúcha mui viçosa
Essa potranca vai levar todo o meu gado
Vai me deixar coçando a pança essa mimosa.
Vai embora, vai mulher de tentação
Vai te fartar com outro trouxa que não eu
Suma, te percas na cinzenta imensidão
Deixa que a paz venha seivar meu coração.
Euclides Riquetti
04/12/2011
Baita chinoca, macanuda, conservada
Tu me levas a afundar-me na cachaça
Mimosa potranca buenaça.
Tu que jogas no meu corpo o vil cansaço
Tu que espantas a tristeza do galpão
Espreitas o manejo de meu laço
Mas recusas entregar-me o coração.
Tu bem sabes que és a dona do pedaço
Sabes ser de qualquer taura a perdição
Teu olhar reprovador é um talagaço
Fere mais do que o tapa de tua mão.
Gauchona pra ti olho e te tenteio
Gauchona olha pra mim, deixa de estória
Vem me abraçar, vem pra mim sem mais rodeio
Vem me querer, ou te pego qua gibóia.
Sou um cabra atucanado e provocado
Pelos olhos da gaúcha mui viçosa
Essa potranca vai levar todo o meu gado
Vai me deixar coçando a pança essa mimosa.
Vai embora, vai mulher de tentação
Vai te fartar com outro trouxa que não eu
Suma, te percas na cinzenta imensidão
Deixa que a paz venha seivar meu coração.
Euclides Riquetti
04/12/2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Segunda Crônica do Antigamente
Sou antigo. Bem antigo, mais do que a Marjorie Estiano. Não mais que a Vera Fischer, que é um ano mais velha. Mas sou antigo. E isso me permite ter muitas lembranças. Lembranças do Cine Farroupilha, de Capinzal, que amanheceu em cinzas, num domingo do final dos anos 60. Da desativada fábrica de refrigerantes da família Brambilla, ali onde é a Escola Sílvio Santos, no Ouro, que também amanheceu queimando, poucos dias depois. Já haviam queimado a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, ali na esquina da Formosa com a Pinheiro Machado...
Lembro do Zeca Gomes, que concorreu a Prefeito contra o Gravata e levou, numa eleição satirizando o eleito Cacareco, em São Paulo. Zeca Gomes bebia e fazia gestos, resmungava coisas quase que ininteligíveis: "Cê tá abusando c´o deputado! Num vai mais abusá c ´o Deputado! E vinha, cambaleando, pela Ponte Nova, dirigindo-se à casa do Laurindo Biarzi, uma boa alma que lhe dava pouso e comida. Na manhã seguinte ele era outro!
Mas sou antigo. Do tempo em que as pessoas matavam passarinho, armavam arapucas, prendiam eles na gaiola. Do tempo em que alguns iam para a escola e outros iam trabalhar. Só os que tinham "boa idéia" eram escolhidos para a escola, os outros tinham que se virar. E outros iam para o Seminário...
Sou do tempo em que o Estádio Municipal, em Capinzal, era ali onde fica a Rodoviária. Nem sobrava tempo para a grama vingar. E quando não era o futebol era o Circo Robattini, com a bela Valéria ao trapézio. Ah, quantas saudades.
Sou do tempo em que o Mater Dolorum era um casarão de madeira e diziam que no sótão tinha assombração de uma freira que havia morrido antigamente. Uma não, duas. E do tempo em que nas calçadas da Quinze havia argolas de ferro presas ao meio-fio para amarrar os cavalos. E que, na Rádio Sulina o jovem Celso Farina fazia sucesso como locutor. E que a Maria Fumaça passava pelo menos umas quatro vezes ao dia pela estrada de ferro, buzinhando e trazendo aqueles vagões cheios de gente faceira. E outras tantas com os vagões de carga trazendo areia de Porto União, ou belíssimos automóveis importados que vinham de São Paulo e iam para Caxias do Sul e Porto Alegre.
Sou antigo, sim, e minha antiguidade me permite dizer coisas que meu coração registrou e que minha mente reproduz, com muita saudade... Sou antigo, sim, mas não tão antigo quanto a Vera Fischer.
Lembro do Zeca Gomes, que concorreu a Prefeito contra o Gravata e levou, numa eleição satirizando o eleito Cacareco, em São Paulo. Zeca Gomes bebia e fazia gestos, resmungava coisas quase que ininteligíveis: "Cê tá abusando c´o deputado! Num vai mais abusá c ´o Deputado! E vinha, cambaleando, pela Ponte Nova, dirigindo-se à casa do Laurindo Biarzi, uma boa alma que lhe dava pouso e comida. Na manhã seguinte ele era outro!
Mas sou antigo. Do tempo em que as pessoas matavam passarinho, armavam arapucas, prendiam eles na gaiola. Do tempo em que alguns iam para a escola e outros iam trabalhar. Só os que tinham "boa idéia" eram escolhidos para a escola, os outros tinham que se virar. E outros iam para o Seminário...
Sou do tempo em que o Estádio Municipal, em Capinzal, era ali onde fica a Rodoviária. Nem sobrava tempo para a grama vingar. E quando não era o futebol era o Circo Robattini, com a bela Valéria ao trapézio. Ah, quantas saudades.
Sou do tempo em que o Mater Dolorum era um casarão de madeira e diziam que no sótão tinha assombração de uma freira que havia morrido antigamente. Uma não, duas. E do tempo em que nas calçadas da Quinze havia argolas de ferro presas ao meio-fio para amarrar os cavalos. E que, na Rádio Sulina o jovem Celso Farina fazia sucesso como locutor. E que a Maria Fumaça passava pelo menos umas quatro vezes ao dia pela estrada de ferro, buzinhando e trazendo aqueles vagões cheios de gente faceira. E outras tantas com os vagões de carga trazendo areia de Porto União, ou belíssimos automóveis importados que vinham de São Paulo e iam para Caxias do Sul e Porto Alegre.
Sou antigo, sim, e minha antiguidade me permite dizer coisas que meu coração registrou e que minha mente reproduz, com muita saudade... Sou antigo, sim, mas não tão antigo quanto a Vera Fischer.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O moço de olho azul
Foi há muitos, muitos anos
Um moço loiro, de olho azul
Por entre sacros e profanos
Disse "amai", de norte a sul.
Foi no tempo de Maria
Foi no tempo de José
Em Belém, um certo dia
Nasceu Jesus de Nazaré.
Fio no tempo dos Reis Magos
Um moço forte, inteligente
Que pregou por entre os lagos
"Amai a toda, toda a gente".
Foi há muito, muito tempo
Que Jesus apareceu
Palestrando no relento
Seu rebanho convenceu.
Foi aquela Madalena
Que roubou o seu olhar
Mas o moço que é meu tema
Preferiu lhe perdoar.
Foi assim que o jovem nobre
Que morreu naquela cruz
Preferiu ser moço pobre
E se tornou raio de luz.
Foi a voz do bom profeta
Que Jesus anunciou
Foi o verso do poeta
Que Jesus eternizou.
Foi com o sangue derramado
Que do vinho Ele tirou
Jesus Cristo, tanto amado
A Humanidade Ele salvou!
Um moço loiro, de olho azul
Por entre sacros e profanos
Disse "amai", de norte a sul.
Foi no tempo de Maria
Foi no tempo de José
Em Belém, um certo dia
Nasceu Jesus de Nazaré.
Fio no tempo dos Reis Magos
Um moço forte, inteligente
Que pregou por entre os lagos
"Amai a toda, toda a gente".
Foi há muito, muito tempo
Que Jesus apareceu
Palestrando no relento
Seu rebanho convenceu.
Foi aquela Madalena
Que roubou o seu olhar
Mas o moço que é meu tema
Preferiu lhe perdoar.
Foi assim que o jovem nobre
Que morreu naquela cruz
Preferiu ser moço pobre
E se tornou raio de luz.
Foi a voz do bom profeta
Que Jesus anunciou
Foi o verso do poeta
Que Jesus eternizou.
Foi com o sangue derramado
Que do vinho Ele tirou
Jesus Cristo, tanto amado
A Humanidade Ele salvou!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Soneto do antecanto
Eu queria te ver em meio a santas tantas
Eu queria te compor um tenro canto
Queria te ver em meio às tantas santas
Queria escrever-te este antecanto.
Eu pensei imaginar um poemeto
Eu pensei fazer do dia a poesia
Pensei em versos de soneto
Pensei saudade e nostalgia.
Eu fiz poemas sem amarras
Eu fiz poemas livremente
Fiz-te poemas com palavras claras...
Eu fiz de ti a musa encantadora
Eu fiz pra ti o canto, sutilmente
Fiz-te o soneto na manhã inspiradora.
Euclides Riquetti
22/11/2011
Eu queria te compor um tenro canto
Queria te ver em meio às tantas santas
Queria escrever-te este antecanto.
Eu pensei imaginar um poemeto
Eu pensei fazer do dia a poesia
Pensei em versos de soneto
Pensei saudade e nostalgia.
Eu fiz poemas sem amarras
Eu fiz poemas livremente
Fiz-te poemas com palavras claras...
Eu fiz de ti a musa encantadora
Eu fiz pra ti o canto, sutilmente
Fiz-te o soneto na manhã inspiradora.
Euclides Riquetti
22/11/2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Mulher
Mulher dos olhos amendoados
Encantados...
Mulher dos lábios rosados
Beijados...
Mulher dos cabelos castanhos
Que já não me são estranhos...
Dos pensamentos proibidos
Dos sentimentos bandidos...
Do corpo sensual
Da atitude magistral...
Teus abraços me despertam desmedida paixão
Teus beijos me levam à perdição!
E meus devaneios me conduzem ao infinito
Minhas palavras são apenas iguais a outras tantas.
Mas, quando as combino
E dou-lhes o romântico destino
Eu as torno santas
E elas me remetem ao teu rosto bonito.
Em minhas ilusões e em minhas turbulências
Tu te fazes presente
Vens, e somes de repente
E levas contigo o carinho que guardei
Nas horas em que esperei
Pra te ver de novo
Pois sou a madeira
E tu és o fogo...
Tu és demais!
Beijos!
Euclides Riquetti
2010
Encantados...
Mulher dos lábios rosados
Beijados...
Mulher dos cabelos castanhos
Que já não me são estranhos...
Dos pensamentos proibidos
Dos sentimentos bandidos...
Do corpo sensual
Da atitude magistral...
Teus abraços me despertam desmedida paixão
Teus beijos me levam à perdição!
E meus devaneios me conduzem ao infinito
Minhas palavras são apenas iguais a outras tantas.
Mas, quando as combino
E dou-lhes o romântico destino
Eu as torno santas
E elas me remetem ao teu rosto bonito.
Em minhas ilusões e em minhas turbulências
Tu te fazes presente
Vens, e somes de repente
E levas contigo o carinho que guardei
Nas horas em que esperei
Pra te ver de novo
Pois sou a madeira
E tu és o fogo...
Tu és demais!
Beijos!
Euclides Riquetti
2010
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Fera desprotegida
Vejo
Desejo
Não o horizonte azul
Nem a neve no sul
Apenas vejo ... e desejo!
Espero
Quero
O melhor momento
Do mundano pensamento
Calmamente, eu espero... porque quero!
Tu sorris
Tu, ali
Indefesa e desprotegida
Fera desassistida
Em meio a meus pensamentos banais... e vis!
Entendo
Compreendo
Há uma lógica destoante
Em teu rosto fascinante
Belo, formoso, estupendo!
E eu me declaro
Na negra noite, ou no dia claro:
Sou teu fã incondicional!
Não, o mundo não é banal:
Tu és bonita, e resistes
Porque tu és real, e existes!
Euclides Riquetti (28-10-2002)
Desejo
Não o horizonte azul
Nem a neve no sul
Apenas vejo ... e desejo!
Espero
Quero
O melhor momento
Do mundano pensamento
Calmamente, eu espero... porque quero!
Tu sorris
Tu, ali
Indefesa e desprotegida
Fera desassistida
Em meio a meus pensamentos banais... e vis!
Entendo
Compreendo
Há uma lógica destoante
Em teu rosto fascinante
Belo, formoso, estupendo!
E eu me declaro
Na negra noite, ou no dia claro:
Sou teu fã incondicional!
Não, o mundo não é banal:
Tu és bonita, e resistes
Porque tu és real, e existes!
Euclides Riquetti (28-10-2002)
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Re-mar
Eu quero te dar este poema
Que, mesmo com rimas pobres
Enseja sentimentos nobres
Por isso te faço este poema...
No mar, o barqueiro rema
(Ou será o canoeiro?)
E eu articulo palavras e versos
Procuro ordenar pensamentos incertos
Enquanto o barqueiro rema...
(Ou será o canoeiro?...)
Fiz para ti um desenho na areia
De sóis, de estrelas, de musas
Foram apenas imagens confusas
Mas fiz para ti um desenho na areia...
E, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar
Harmoniado no embalo da triste canção
Escura é a paisagem na imensidão
Mas agora, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar...
E lá, mais lá, como cá, sopra o vento...
Move as folhas verde-escuro tingidas de noite
A maré lança às pedras o seu doce açoite...
E lá, como cá, sopra o vento!
E eu penso em ti...
Praia de Canasvieiras, Fpolis, em 11-11-11
Que, mesmo com rimas pobres
Enseja sentimentos nobres
Por isso te faço este poema...
No mar, o barqueiro rema
(Ou será o canoeiro?)
E eu articulo palavras e versos
Procuro ordenar pensamentos incertos
Enquanto o barqueiro rema...
(Ou será o canoeiro?...)
Fiz para ti um desenho na areia
De sóis, de estrelas, de musas
Foram apenas imagens confusas
Mas fiz para ti um desenho na areia...
E, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar
Harmoniado no embalo da triste canção
Escura é a paisagem na imensidão
Mas agora, no a(noite)cer, apenas o murmúrio do mar...
E lá, mais lá, como cá, sopra o vento...
Move as folhas verde-escuro tingidas de noite
A maré lança às pedras o seu doce açoite...
E lá, como cá, sopra o vento!
E eu penso em ti...
Praia de Canasvieiras, Fpolis, em 11-11-11
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Devaneando
A maciez de tua mão
O ímpeto de meu abraço
Meu peito em teu coração
Em desejo por ti me faço
É uma centelha de paixão
Somos dois no mesmo espaço.
Navegando em pensamentos
Por ti componho um canto terno
E aglutinando elementos
Havendo verão, havendo inverno
Exaltarei meus sentimentos
Descreverei meu sonho eterno!
Euclides Riquetti
O ímpeto de meu abraço
Meu peito em teu coração
Em desejo por ti me faço
É uma centelha de paixão
Somos dois no mesmo espaço.
Navegando em pensamentos
Por ti componho um canto terno
E aglutinando elementos
Havendo verão, havendo inverno
Exaltarei meus sentimentos
Descreverei meu sonho eterno!
Euclides Riquetti
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Futebol no Céu (crônica em homenagem a amigos que se foram)
O Táti, zagueirão do Arabutã, morreu e foi pro céu. Lá, tinha uma organização de talentos, que eram alojados por setores. Eram pessoas que um dia brilharam aqui na terra e que o destino as levou para morar lá em cima. Tinha o setor dos atletas famosos: Denner, Adilson, Dirceu e Everaldo, que morreram em acidente de carro; Garrincha, que bebeu além da conta; Serginho e Wagner Bacharel, que morreram em campo; e muitos outros, fora os europeus. Todos estes ouviam, atentamente, os conselhos do Mestre Telê Santana. Tinha o setor dos artistas: Cazuza, que teve aids; o Dollabella, que bebeu todas; o Chacrinha, que animava a Terezinha; o Bossunda, cujo o humor era maior que a bunda; Paulo Autran, esbanjando simpatia; o Paulo Gracindo, nosso Zeca Diabo; Nair Bello, Mussun e Zacarias, que nos fizeram rir muitos dias ( e muitas noites de nossos invernos e verões). João Paulo agora forma dupla com Leandro, e até que combina:" Leandro e João Paulo"! Tinha também O dos talentos políticos: Rui Barbosa, que defendia a honra: Tancredo Neves, a democracia; Toninho Malvadeza, a Bahia; Brisola, que ia contra "os interésses" da burguesia; e Jânio Quadros, que tropeçava nos cadarços de seus sapatos tortos. O Airton Senna driblava as curvas do Reino de São Pedro, o Dílson Funaro dava cruzados nos brasileiros, enquanto os Mamonas Assassinas encantavam, com suas irreverências, os milhares de jovens que morreram, infelizmente, após as baladas de sábado à noite, em acidentes com carros e motos.
O Táti olhou tudo, curiosamente, e procurava por algo. Caminhou por entre as árvores e em meio a muitas roseiras e cravos, lavou a cabeçona numa fonte de água, passou a mão nos olhos e, ao abri-los, deparou com um monte de conhecidos: Lá estava o Bailarino, com algumas sacolas, cheias de camisas, calções e meias: Havia as azuis e brancas, da São José; as pretas e amarelas, do Penharol; as verdes e amarelas, do Grêmio Lírio; as brancas e pretasd, do Vasco da Gama; e, finalmente, as brancas e vermelhas, do Arabutã. Sentiu-se em casa. Finalmente encontrara sua tribo: O Bailarino, poeta, sábio, filosofava e escalava o time: O Orlando vai ser o Goleiro, mas não pode cair do cavalo, pois o Roque Manfredini, que ficou sepultado lá em Porto União, vai ficar na reserva, porque este jogo não é pra profissional. Na lateral direita, o Darci Moretto, pois o irmão dele, o Valcir Moretto, vamos aproveitar na ponta direita, que ele gostava de jogar também lá. na zaga, vamos deixar a posição vaga, pois logo, logo vamos receber um zagueirão que está chegando, e vai ser a principal contratação da temporada. Na zaga, o Tchule, que além de bom de bola, gosta de tocar bateria e batucar um samba. Na esquerda, o Urco, que poderá ser o juiz; daí fica o Jonei Cassiano de sobreaviso, para aquele lado, pois ele sabe defender e apoiar muito bem. Cabeça de área, um problema que é fácil de resolver: deixamos o Olivo Susin mais plantado e o Alberi, que é acostumado a arrumar bombas injetoras, com liberdade pra sair jogando e injetar a bola no ataque. O Jundiá, que é liso e tá meio pesadinho, fica com a oito, armando pro Moretto na linha de fundo, pro Camomila, nas esquerda; e, no ataque, o Alcir Masson, nosso matador, bem na frente, chutando forte e reclamando com o juiz. Bem, eu, o Baixinho, escalo o time e entro lá pelo segundo tempo. O Rogério Toaldo, vai ficar de curinga, e me ajudar a cobrar a mensalidade.
Aí chegou o Juca Santos, Glorioso Presidente, e perguntou: "e o Zagueiro, o Capitão, que você não escalou ainda?"
Bailarino apontou para o lado e gritou: "Chega, Táti, que a número três tá guardada pra você! E daqui a pouco vai chegar um convidado especial: O Guaraná! vamos ter que arrumar uma brechina também pra ele".
Euclides C. Riquetti - Ouro - SC - escrita em 23-01-2008 e plublicada no Jornal ""A Semana" - Capinzal-SC
O Táti olhou tudo, curiosamente, e procurava por algo. Caminhou por entre as árvores e em meio a muitas roseiras e cravos, lavou a cabeçona numa fonte de água, passou a mão nos olhos e, ao abri-los, deparou com um monte de conhecidos: Lá estava o Bailarino, com algumas sacolas, cheias de camisas, calções e meias: Havia as azuis e brancas, da São José; as pretas e amarelas, do Penharol; as verdes e amarelas, do Grêmio Lírio; as brancas e pretasd, do Vasco da Gama; e, finalmente, as brancas e vermelhas, do Arabutã. Sentiu-se em casa. Finalmente encontrara sua tribo: O Bailarino, poeta, sábio, filosofava e escalava o time: O Orlando vai ser o Goleiro, mas não pode cair do cavalo, pois o Roque Manfredini, que ficou sepultado lá em Porto União, vai ficar na reserva, porque este jogo não é pra profissional. Na lateral direita, o Darci Moretto, pois o irmão dele, o Valcir Moretto, vamos aproveitar na ponta direita, que ele gostava de jogar também lá. na zaga, vamos deixar a posição vaga, pois logo, logo vamos receber um zagueirão que está chegando, e vai ser a principal contratação da temporada. Na zaga, o Tchule, que além de bom de bola, gosta de tocar bateria e batucar um samba. Na esquerda, o Urco, que poderá ser o juiz; daí fica o Jonei Cassiano de sobreaviso, para aquele lado, pois ele sabe defender e apoiar muito bem. Cabeça de área, um problema que é fácil de resolver: deixamos o Olivo Susin mais plantado e o Alberi, que é acostumado a arrumar bombas injetoras, com liberdade pra sair jogando e injetar a bola no ataque. O Jundiá, que é liso e tá meio pesadinho, fica com a oito, armando pro Moretto na linha de fundo, pro Camomila, nas esquerda; e, no ataque, o Alcir Masson, nosso matador, bem na frente, chutando forte e reclamando com o juiz. Bem, eu, o Baixinho, escalo o time e entro lá pelo segundo tempo. O Rogério Toaldo, vai ficar de curinga, e me ajudar a cobrar a mensalidade.
Aí chegou o Juca Santos, Glorioso Presidente, e perguntou: "e o Zagueiro, o Capitão, que você não escalou ainda?"
Bailarino apontou para o lado e gritou: "Chega, Táti, que a número três tá guardada pra você! E daqui a pouco vai chegar um convidado especial: O Guaraná! vamos ter que arrumar uma brechina também pra ele".
Euclides C. Riquetti - Ouro - SC - escrita em 23-01-2008 e plublicada no Jornal ""A Semana" - Capinzal-SC
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Turismo Regional - a salvação da lavoura!
O Turismo, que representa um movimento econômico biolionário no Brasil e trilionário no mundo, ainda não está na cabeça de muitas pessoas, sejam empreendedores, sejam gestores públicos.
Na sexta e sábado, 28 e 29, estivemos em Lages, com uma delegação de 28 pessoas de Ouro, Capinzal, Lacerdópolis e Zortéa, participando do Enconampe, Congresso Catarinense de Micro e Pequenas Empresas, promovido pela FAMPESC. No núcleo de Turismo estávamos em 21, sendo que 15 éramos do Município de Ouro.
Há quase 15 anos tenho defendido o Turismo como fonte geradora de trabalho e renda, e consequentemente riquezas, para essas cidades. Há dois anos, passo a defender também Barra do Leão, onde a família Coronetti tem seu belo Thermas Leonense.
Dos 54 participantes do Núcleo Turismo, 21 eram ligados ao nosso NITUR, agora presidido pelo Diretor Administrativo do Balneário Thermas de Ouro, Claudiomar Gálio. Na condição de articulador voluntário do NITUR, tenho-me manifestado em todas as cidades onde vou para defender a idéia do Turismo como empreendimento. Foi assim em Rio do Sul, Agrolândia, Agronômica, Trombudo Central, Arroio Trinta, Fraiburgo, Lages, etc, apenas neste ano. Sempre que surgem oportunidades lá vou eu, com potenciais empreendedores e amigos, para ir disseminando uma massa crítica, fazendo com que um novo conceito de empreendedorismo cale no coração, na alma, no cérebro e na conta bancária desses futuros empreendedores.
Sempre se aprende algo novo nessas ocasiões, além de se travar conhecimento (to make acquaintance), com pessoas de outros lugares, que estão lá com objetivos similares aos nossos. Pessoas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Levamos produtos: Queijos Campo Dourado, da CoperOuro, Erva-mate Charrua, e até CDs do Píccola Itália Del ´Oro. Os primeiros para degustação, o mate para o chimarrão e brindes, os aparadores de erva na cuia Charrua para brindes, os CDs para sorteio, os folders do Thermas para distribuição. Enfim, todos saíram de lá levando alguma coisa de nossa cidade, Ouro, e elogiando nossos produtos, querendo saber onde adquirir. Só por isso já vale a pena participar.
Mas, muito valiosa mesmo, é a conversa que se vai tendo com pessoas que pretendem fazer investimentos em equipamentos de recreação, comércio e hotelaria. E ânimo vai sendo injetado.
Acredito que, nos últimos 4 anos, mais de 60 pessoas de nosso Ouro tenham participado de eventos ligados à aprendizagem e conhecimento sobre esse filão de nossa economia, o Turismo. E, com isso, vamos criando uma vocação nova, que se consolidará em médio e longo prazo. Obrigado, companheiros, por dividirem conosco a luta sinérgica por uma mesma causa.
Euclides Riquetti
Na sexta e sábado, 28 e 29, estivemos em Lages, com uma delegação de 28 pessoas de Ouro, Capinzal, Lacerdópolis e Zortéa, participando do Enconampe, Congresso Catarinense de Micro e Pequenas Empresas, promovido pela FAMPESC. No núcleo de Turismo estávamos em 21, sendo que 15 éramos do Município de Ouro.
Há quase 15 anos tenho defendido o Turismo como fonte geradora de trabalho e renda, e consequentemente riquezas, para essas cidades. Há dois anos, passo a defender também Barra do Leão, onde a família Coronetti tem seu belo Thermas Leonense.
Dos 54 participantes do Núcleo Turismo, 21 eram ligados ao nosso NITUR, agora presidido pelo Diretor Administrativo do Balneário Thermas de Ouro, Claudiomar Gálio. Na condição de articulador voluntário do NITUR, tenho-me manifestado em todas as cidades onde vou para defender a idéia do Turismo como empreendimento. Foi assim em Rio do Sul, Agrolândia, Agronômica, Trombudo Central, Arroio Trinta, Fraiburgo, Lages, etc, apenas neste ano. Sempre que surgem oportunidades lá vou eu, com potenciais empreendedores e amigos, para ir disseminando uma massa crítica, fazendo com que um novo conceito de empreendedorismo cale no coração, na alma, no cérebro e na conta bancária desses futuros empreendedores.
Sempre se aprende algo novo nessas ocasiões, além de se travar conhecimento (to make acquaintance), com pessoas de outros lugares, que estão lá com objetivos similares aos nossos. Pessoas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Levamos produtos: Queijos Campo Dourado, da CoperOuro, Erva-mate Charrua, e até CDs do Píccola Itália Del ´Oro. Os primeiros para degustação, o mate para o chimarrão e brindes, os aparadores de erva na cuia Charrua para brindes, os CDs para sorteio, os folders do Thermas para distribuição. Enfim, todos saíram de lá levando alguma coisa de nossa cidade, Ouro, e elogiando nossos produtos, querendo saber onde adquirir. Só por isso já vale a pena participar.
Mas, muito valiosa mesmo, é a conversa que se vai tendo com pessoas que pretendem fazer investimentos em equipamentos de recreação, comércio e hotelaria. E ânimo vai sendo injetado.
Acredito que, nos últimos 4 anos, mais de 60 pessoas de nosso Ouro tenham participado de eventos ligados à aprendizagem e conhecimento sobre esse filão de nossa economia, o Turismo. E, com isso, vamos criando uma vocação nova, que se consolidará em médio e longo prazo. Obrigado, companheiros, por dividirem conosco a luta sinérgica por uma mesma causa.
Euclides Riquetti
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Maracanã X Saúde - O Rio da Vergonha
Não posso, como cidadão, omitir-me. Vi , há poucos minutos, uma notícia chocante: No Rio de Janeiro, depois de esperar por mais de uma semana, a família de uma paciente (idosa) conseguiu uma decisão judicial em que os Secretários de Saúde do Município e do Estado do Rio de Janeiro deveriam disponibilizar um leito de UTI para a mesma, sob pena de os mesmos serem presos caso não cumprissem a determinação. E o Prefeito e o Governador deveriam ser informados da decisão da Juíza. Azar da paciente, que morreu antes do cumprimento do ato judicial. Sorte dos Secretários, por ela ter morrido. Não iam cumprir a decisão judicial porque não tinham leitos suficientes na Rede de Saúde Pública. Disseram que a internação em UTI é seletiva, baseando-se em critérios técnicos. QUE VERHONHA! Que disparate! Quanta insensatez!
Isso me remeteu a analisar como vivemos num país "Reino da Fantasia". Um Sistema de Saúde que garante direitos à população e que os governos não cumprem. Quanta falta de senso de responsabilidade, quanta falta de critério, de prioridade. Quanto dinheiro queimado em meu país! Que vergonha, Rio de Janeiro!
Senão, vejamos:
As reformas do Maracanã para os Jogos Panamericanos de 2007 consumiram R$ 395.000.000,00. Alguns dizem que existem "aditivos contratuais". Não posso afirmar isso, pois não moro lá... Mas falam, na imprensa televisiva, que o valor chegou a R$ 500.000.000,00. Quinehntos milhões. E também construíram o Engenhão, que deram para o Botafogo. Mas, o absurdo, mesmo, é o que vão fazer agora, para a Copa do mundo: Maracanã fechado, em reformas, ao custo de R$ 1.000.000.000,00. Um bilhão de reais. Dizem que os contratos iniciais chegam perto disso, mas, certamente, virão os aditivos, as correções, os ajustes e reajustes. Serão Um bilhão e meio de reais para reformas no Maracanã, para que possa ter condições de sediar as finais da Copa do Mundo, em 2014, SE O BRASIL FOR FINALISTA. Tomara que o seja, senão vai ficar muito chato para o Rio de Janeiro.
Mas, se a Seleção Brasileira não for às finais, a decisão não será no Maracanã. E agora, eu que sempre fui um fiel torcedor de nossa Seleção, fico como? Torço para meu país, como sempre fiz ou faço, ou torço contra, para que percamos e passemos a "tomar vergonha na cara"? Ah, claro, se o Brasil ganhar a Copa, vamos perdoar todo mundo, até gostaremos de ter autógrafo de alguns jogadores, mesmo que seja do terceiro goleiro. Ou do Mano, se sobreviver até lá, ou do Massagista. Ou mesmo do Ricardo Teixeira, do Governador demagogo do Rio de Janeiro, que ainda não conseguiu atender direito àqueles que perderam suas casas nos desabamentos das encontas, que não consegue dar atendimento hospitalar aos seus governados.
Ficamos assim: Se, antes da Copa do Mundo, os problemas com a saúde pública daquele Estado ficarem resolvidos, pelo menos boa parte deles, e conseguirem debelar a dengue, escreverei uma crônica enaltecendo os feitos daquele Governador. E pedirei desculpas pela minha ousadia.
Mas, investir fortunas para preparar um estádio para um jogo que nem sabemos se vai acontecer, é mesmo uma grande irresponsabilidade, uma vergonha.
Como cidadão, não posso omitir-me. Haverá os que acham que futebol é a melhor coisa do mundo, que me criticarão. Mas não terei a crítica de minha consciência, a acusar-me por omissão.
Quantas vagas de UTI poderiam ser construídas e mantidas com Um Bilhão e Meio de Reais???
Isso me remeteu a analisar como vivemos num país "Reino da Fantasia". Um Sistema de Saúde que garante direitos à população e que os governos não cumprem. Quanta falta de senso de responsabilidade, quanta falta de critério, de prioridade. Quanto dinheiro queimado em meu país! Que vergonha, Rio de Janeiro!
Senão, vejamos:
As reformas do Maracanã para os Jogos Panamericanos de 2007 consumiram R$ 395.000.000,00. Alguns dizem que existem "aditivos contratuais". Não posso afirmar isso, pois não moro lá... Mas falam, na imprensa televisiva, que o valor chegou a R$ 500.000.000,00. Quinehntos milhões. E também construíram o Engenhão, que deram para o Botafogo. Mas, o absurdo, mesmo, é o que vão fazer agora, para a Copa do mundo: Maracanã fechado, em reformas, ao custo de R$ 1.000.000.000,00. Um bilhão de reais. Dizem que os contratos iniciais chegam perto disso, mas, certamente, virão os aditivos, as correções, os ajustes e reajustes. Serão Um bilhão e meio de reais para reformas no Maracanã, para que possa ter condições de sediar as finais da Copa do Mundo, em 2014, SE O BRASIL FOR FINALISTA. Tomara que o seja, senão vai ficar muito chato para o Rio de Janeiro.
Mas, se a Seleção Brasileira não for às finais, a decisão não será no Maracanã. E agora, eu que sempre fui um fiel torcedor de nossa Seleção, fico como? Torço para meu país, como sempre fiz ou faço, ou torço contra, para que percamos e passemos a "tomar vergonha na cara"? Ah, claro, se o Brasil ganhar a Copa, vamos perdoar todo mundo, até gostaremos de ter autógrafo de alguns jogadores, mesmo que seja do terceiro goleiro. Ou do Mano, se sobreviver até lá, ou do Massagista. Ou mesmo do Ricardo Teixeira, do Governador demagogo do Rio de Janeiro, que ainda não conseguiu atender direito àqueles que perderam suas casas nos desabamentos das encontas, que não consegue dar atendimento hospitalar aos seus governados.
Ficamos assim: Se, antes da Copa do Mundo, os problemas com a saúde pública daquele Estado ficarem resolvidos, pelo menos boa parte deles, e conseguirem debelar a dengue, escreverei uma crônica enaltecendo os feitos daquele Governador. E pedirei desculpas pela minha ousadia.
Mas, investir fortunas para preparar um estádio para um jogo que nem sabemos se vai acontecer, é mesmo uma grande irresponsabilidade, uma vergonha.
Como cidadão, não posso omitir-me. Haverá os que acham que futebol é a melhor coisa do mundo, que me criticarão. Mas não terei a crítica de minha consciência, a acusar-me por omissão.
Quantas vagas de UTI poderiam ser construídas e mantidas com Um Bilhão e Meio de Reais???
domingo, 16 de outubro de 2011
Professor, com muito orgulho...
Ontem, comemoramos o Dia do Professor, data que foi instituída em 1947. Até aí, nada de mais. Temos muitas datas comemorativas, muitas delas para puro oportunismo comercial. Li e ouvi vários artigos sobre nós, professores, nos mais diversos meios de comunicação. Também ouvi algumas histórias. Cada um tem sua maneira de ver as coisas.
Dificilmente eu voltaria a atuar como professor. Mas não direi, jamais, que desta água não beberei. Porém, gosto do contato com os alunos, com os professores. Os alunos são alegria, como são as próprias crianças. Mesmo os mais crescidinhos, mesmo os que infernizam a vida dos professores. Lá na frente, fora da escola, anos depois, juntos, lembram do passado e tiram boas gargalhadas. A vida é assim mesmo. Lá na frente, ri-se do hoje, do ontem, do antigamente.
Dia desses, ouvi um grupinho de minijovens (não gostam de ser chamados de adolescentes), quiçá na faixa dos 12 anos, reclamando: "As coisas não são mais como no meu tempo", dizia um. "É, as crianças de hoje não sabem nem brincar", dizia o outro. E um terceiro: "Têm de tudo e ainda reclamam. No meu tempo é que as coisaqs eram difíceis..." (Quase sem comentários, né?) Acho que esse "né" corresponde ao "isn´t it?! Eu pergunto e espero sua "tag ending".
Mas, como dá para "tirar uma pranta (planta)", como diziam meus caros aluninhos do Sílvio Santos, ou seja, dá para imaginar, idealizar, a vida passa. E os pensamentos passam. E os pensamentos mudam. E o mundo está mais veloz, mais dinâmico. Dá de mil a zero em lebre. Uma vez dava de um a zero na tartaruga. Isso depois que inventara os bits, os bites, e a gente, em vez de mandar cartinhas, manda "mêies", faz posts. Como diz a pirigona, falando ao celular, na rua, para todos escutarem: "Mia fiia recebeu um mêie dum amigo que ficô cum ela. Ele tem até daqueles livro elétrico, o notebuque". Deve sê rico". E, depois: "Meu fiio dá um vareio naquela profe dele". Ah!, ah!, ah!... E fala como se as travessuras do seu protegido fossem boas para seu currículo.
É por isso mesmo que, após meus meneios e rodeios, quero parabenizar meus amigos e eternos colegas professores: aquelas que levavam caneladas de malandros e ainda diziam: "Querido, não faça assim com a profe... Querido, você não trouxe o caderno, por quê?" Aqueles que eram desafiados a "acertarem as contas nas ruas", aqueles e aquelas que chegavam à escola nervosos porque seu filho ficara em casa com febre, aquela que precisava pagar substituta porque faltara para levar a criança ao médico...
Meus caros professores: Obrigado por terem feito parte de minha vida e por terem-me permitido fazer parte da sua! Que todos os dias sejam Dia do Professor!
Euclides Riquetti!
Dificilmente eu voltaria a atuar como professor. Mas não direi, jamais, que desta água não beberei. Porém, gosto do contato com os alunos, com os professores. Os alunos são alegria, como são as próprias crianças. Mesmo os mais crescidinhos, mesmo os que infernizam a vida dos professores. Lá na frente, fora da escola, anos depois, juntos, lembram do passado e tiram boas gargalhadas. A vida é assim mesmo. Lá na frente, ri-se do hoje, do ontem, do antigamente.
Dia desses, ouvi um grupinho de minijovens (não gostam de ser chamados de adolescentes), quiçá na faixa dos 12 anos, reclamando: "As coisas não são mais como no meu tempo", dizia um. "É, as crianças de hoje não sabem nem brincar", dizia o outro. E um terceiro: "Têm de tudo e ainda reclamam. No meu tempo é que as coisaqs eram difíceis..." (Quase sem comentários, né?) Acho que esse "né" corresponde ao "isn´t it?! Eu pergunto e espero sua "tag ending".
Mas, como dá para "tirar uma pranta (planta)", como diziam meus caros aluninhos do Sílvio Santos, ou seja, dá para imaginar, idealizar, a vida passa. E os pensamentos passam. E os pensamentos mudam. E o mundo está mais veloz, mais dinâmico. Dá de mil a zero em lebre. Uma vez dava de um a zero na tartaruga. Isso depois que inventara os bits, os bites, e a gente, em vez de mandar cartinhas, manda "mêies", faz posts. Como diz a pirigona, falando ao celular, na rua, para todos escutarem: "Mia fiia recebeu um mêie dum amigo que ficô cum ela. Ele tem até daqueles livro elétrico, o notebuque". Deve sê rico". E, depois: "Meu fiio dá um vareio naquela profe dele". Ah!, ah!, ah!... E fala como se as travessuras do seu protegido fossem boas para seu currículo.
É por isso mesmo que, após meus meneios e rodeios, quero parabenizar meus amigos e eternos colegas professores: aquelas que levavam caneladas de malandros e ainda diziam: "Querido, não faça assim com a profe... Querido, você não trouxe o caderno, por quê?" Aqueles que eram desafiados a "acertarem as contas nas ruas", aqueles e aquelas que chegavam à escola nervosos porque seu filho ficara em casa com febre, aquela que precisava pagar substituta porque faltara para levar a criança ao médico...
Meus caros professores: Obrigado por terem feito parte de minha vida e por terem-me permitido fazer parte da sua! Que todos os dias sejam Dia do Professor!
Euclides Riquetti!
Crônica do Antigamente
Sou antigo, muito antigo. Do tempo em que a Marjorie Estiano era feinha. Feinha, com cabelo horrível. Tinha uma Banda, era doublê de atriz e poprroqueira na Malhação. Eu assistia Malhação, a novelinha das 17,30. Agora, nem tanto.
Sempre fui noveleiro. Até fiz um post num site de noveleiros. Escrevi que a Paola Oliveira, a Marina, era picolé de chuchu, que é uma "planta hortense de fruto comestível". Imagine, leitor, um picolé tão sem graça como o Geraldo Alckmin, (com o devido respeito à pessoa e à autoridade). Escrevi também que a Camila Pitanga, a Carol, era a dona do pedaço naquela novela que, graças a Deus, terminou. Era uma chatice, e mesmo assim, eu assistia.
Mas, como disse, sou antigo. Ainda do tempo que a Tupi passava "O Direito de Nascer". Claro que nós não tínhamos aparelho de TV, mas alguns vizinhos tinham. E a gente lia no "Correio do Povo", que chegava com dois dias de atraso, comentários elogiosos à Novela. Tinha também o "Antônio Maria", mas se você tem menos de 50, provavelmente nunca ouviu falar nisso, a não ser que já pertencia a uma daquelas famílias minoritárias que conseguiam comprar um aparelho de TV.
Sou antigo mesmo. Do tempo em que a TV chuviscava, transmitia em preto e branco e só assistíamos a programas que nos chegavam através das emissoras do Rio Grande do Sul. E nem com um bombril em cada haste da anteninha de alumínio se conseguia eliminar os chuviscos ou os grilos que saltavam na tela.
Em 1972 veio a TV em cores. Então, os menos privilegiados, que não conseguiam um bom aparelho, uma sharp, adquiriam umas lâminas plásticas, parecendo um arco-íris, um degradê de verde, vermelho e azul, que simulava cores e postavam na tela da preto e branco. Que pobreza!
Ainda assim, não tínhamos TV. Só os primos, só os vizinhos, só quem podia...
Mas, voltando à Marjorie Estiano, depois de uns 2 CDs e uma boa participação numa novela do horário nobre, eis que ela ressurge na nova novela "das seis", no papel de Manuela, irmã da outra bonitinha, que joga tênis, e que ambas sofreram um acidente nos capítulos deste início de semana. Se falei em "outra bonitinha", é porque já estou admitindo que ela está bem "na figura". Simpática, tem carisma, muito mais talento como atriz do que como cantora. E não é que ela está ficando bonita, mesmo?! Não é mais bonitinha, é bonitona!
Sou antigo, sim, mas me permito ver, sentir, analisar e comentar, em meios virtuais, sobre a vida de algumas pessoas. Marjorie Estiano é atriz contratada pela Rede Globo de Televisão. E vai longe, pelo seu talento. Tem meu apoio, se é que isso tem alguma importância...
Euclides Riquetti
12/10/2011 - "Dia da Criança que há em cada um de nós!
Sempre fui noveleiro. Até fiz um post num site de noveleiros. Escrevi que a Paola Oliveira, a Marina, era picolé de chuchu, que é uma "planta hortense de fruto comestível". Imagine, leitor, um picolé tão sem graça como o Geraldo Alckmin, (com o devido respeito à pessoa e à autoridade). Escrevi também que a Camila Pitanga, a Carol, era a dona do pedaço naquela novela que, graças a Deus, terminou. Era uma chatice, e mesmo assim, eu assistia.
Mas, como disse, sou antigo. Ainda do tempo que a Tupi passava "O Direito de Nascer". Claro que nós não tínhamos aparelho de TV, mas alguns vizinhos tinham. E a gente lia no "Correio do Povo", que chegava com dois dias de atraso, comentários elogiosos à Novela. Tinha também o "Antônio Maria", mas se você tem menos de 50, provavelmente nunca ouviu falar nisso, a não ser que já pertencia a uma daquelas famílias minoritárias que conseguiam comprar um aparelho de TV.
Sou antigo mesmo. Do tempo em que a TV chuviscava, transmitia em preto e branco e só assistíamos a programas que nos chegavam através das emissoras do Rio Grande do Sul. E nem com um bombril em cada haste da anteninha de alumínio se conseguia eliminar os chuviscos ou os grilos que saltavam na tela.
Em 1972 veio a TV em cores. Então, os menos privilegiados, que não conseguiam um bom aparelho, uma sharp, adquiriam umas lâminas plásticas, parecendo um arco-íris, um degradê de verde, vermelho e azul, que simulava cores e postavam na tela da preto e branco. Que pobreza!
Ainda assim, não tínhamos TV. Só os primos, só os vizinhos, só quem podia...
Mas, voltando à Marjorie Estiano, depois de uns 2 CDs e uma boa participação numa novela do horário nobre, eis que ela ressurge na nova novela "das seis", no papel de Manuela, irmã da outra bonitinha, que joga tênis, e que ambas sofreram um acidente nos capítulos deste início de semana. Se falei em "outra bonitinha", é porque já estou admitindo que ela está bem "na figura". Simpática, tem carisma, muito mais talento como atriz do que como cantora. E não é que ela está ficando bonita, mesmo?! Não é mais bonitinha, é bonitona!
Sou antigo, sim, mas me permito ver, sentir, analisar e comentar, em meios virtuais, sobre a vida de algumas pessoas. Marjorie Estiano é atriz contratada pela Rede Globo de Televisão. E vai longe, pelo seu talento. Tem meu apoio, se é que isso tem alguma importância...
Euclides Riquetti
12/10/2011 - "Dia da Criança que há em cada um de nós!
terça-feira, 4 de outubro de 2011
A Legião dos Dançarinos Extraordinários
Quem já não se encantou com danças harmoniosas, passos bem ensaiados, ou mesmo "singles" ou "dobles", que se apresentam em festivais de dança? Quem não se encantou com musiciais que viu na TV ou no cinema?
Bem, a harmonia da dança á algo extraordinário.Às vezes movimentos espontâneos, outras com grupos cadenciados, articulados extraordinariamente, encantadores. Há, na dança, um inimaginável senso de poesia. É o belo expresso nos movimentos, que nos atrai, embasbaca, embala nossos sonhos, nos leva às mesmas viagens que nos leva a música, o poema, o canto, o voo do pássaro, o flutuar das patas dos animaizinhos sobre a relva, o sorrir e o abanar da criança, a calmaria das ondas nas águas. A dança, como a poesia e o canto, exercem um magnânimo fascínio sobre mim. Tudo se reveste de musicalidade. Definitivamente, é o belo que se expressa em múltiplas formas.
Mas, o que me tem encantado docemente, nos últimos dias, é a capacidade coreográfica dos componentes da Legião dos Dançarinos Extraordinários. Vi-os num filme, busquei vídeos no you-tube, estudei sobre eles. Encantaram-me, sobremaneira, alguns personagens: Primeiro, Trevor Drift, o menino moço que consegue expressar-se em movimentos harmonicamente extraordinários, e que se incorpora à LXD. Igualmente, Jato e Katana, Katana e Jato, dois apaixonados, pela dança em um pelo coração, pela alma do outro. Jato, com sua estupenda beleza ( e sutileza) de movimentos de seu corpo, atrai Katana, seu partner, seu amado, e nos embebece, nos envolve, transporta-nos para um mundo irreal, de imedível encantamento.
E o maravilhoso mundo web nos permite buscar isso, deleitar-nos, navegar pelo universo sem sair de casa. Deus, salve os dançarinos, os músicos, os cantadores, os poetas extraordinários.
Euclides Riquetti - 04/10/2011
Bem, a harmonia da dança á algo extraordinário.Às vezes movimentos espontâneos, outras com grupos cadenciados, articulados extraordinariamente, encantadores. Há, na dança, um inimaginável senso de poesia. É o belo expresso nos movimentos, que nos atrai, embasbaca, embala nossos sonhos, nos leva às mesmas viagens que nos leva a música, o poema, o canto, o voo do pássaro, o flutuar das patas dos animaizinhos sobre a relva, o sorrir e o abanar da criança, a calmaria das ondas nas águas. A dança, como a poesia e o canto, exercem um magnânimo fascínio sobre mim. Tudo se reveste de musicalidade. Definitivamente, é o belo que se expressa em múltiplas formas.
Mas, o que me tem encantado docemente, nos últimos dias, é a capacidade coreográfica dos componentes da Legião dos Dançarinos Extraordinários. Vi-os num filme, busquei vídeos no you-tube, estudei sobre eles. Encantaram-me, sobremaneira, alguns personagens: Primeiro, Trevor Drift, o menino moço que consegue expressar-se em movimentos harmonicamente extraordinários, e que se incorpora à LXD. Igualmente, Jato e Katana, Katana e Jato, dois apaixonados, pela dança em um pelo coração, pela alma do outro. Jato, com sua estupenda beleza ( e sutileza) de movimentos de seu corpo, atrai Katana, seu partner, seu amado, e nos embebece, nos envolve, transporta-nos para um mundo irreal, de imedível encantamento.
E o maravilhoso mundo web nos permite buscar isso, deleitar-nos, navegar pelo universo sem sair de casa. Deus, salve os dançarinos, os músicos, os cantadores, os poetas extraordinários.
Euclides Riquetti - 04/10/2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Produção audiovisual.
Em algumas oportunidades de minha vida, participei de pequenas produções de material audiovisual. Exigente comigo mesmo, gosto de produzir um texto de fácil compreensão e facilitar a identificação e interpretação das mensagens que pretendo passar. Como atuo no meio administrativo público, preciso ter muito cuidado para não ferir egos. Isso também dá muito trabalho. Talvez mais que a produção em si.
Mas, assinar uma produção audiovisual, por mais simples que seja, é sempre um motivo de muito orgulho. Minhas experiências nesse campo começaram há 12 anos. Em duas oportunidades, pelo menos, trabalhei no studio da TV Barriga Verde, em Joaçaba. Textos de 2 minutos. Levava algumas sacolas com dezenas de fitas de vídeo em VHS e capturávamos imagens para sobrepor, coerentemente, às palavras e significação do texto. Dois técnicos, habilmente, faziam a edição e eu escolhia as imagens que julgava ideais e coerentes. E que tivessem certa qualidade. Lembro que na última vez a colega Tulica nos ajudou. Depois, era só alegria vermos, na TV, nossa produção.
Mais adiante, produzimos, num studio de Joaçaba, um audiovisual de 47 minutos, versando sobre as brigas políticas do tempo da UDN e do PSD, na emancipação do Munmicípio de Ouro, que se desmembrou de Capinzal. Saí a campo com a Franci e o Alexandre Baratto, do Stúdio Foto Real, eu atuando como repórter e eles como cinegrafistas. A produção tem significativo valor histórico, pois registramos os principais fatos ocorridos em Ouro na década de 1960. Foram mais de 80 horas entre a busca de imagens, entrevistas e produção. A narração foi realizada pelo amigo Ademir Belotto. depois, três dias inteiros na Proeza Vídeo, com sacolas e sacolas de fitas de vídeo e diversos álbuns de fotografias. Realizamos a entrevista com o Sr. Horácio Heitor Breda por telefone, dos estúdios da Rádio Capinzal. Ele estava na casa dos 90 anos. Morava em Maringá. Gentilmente, concedeu-nos a entrevista. Utilizamos fotos suas da época em que foi Prefeito de Capinzal, época em que as brigas políticas eram, muitas vezes, resolvidas com o 38 Smith Wesson niquelado. Produzi outros materiais em conjunto com a Vanessa Siepmann, à época em que trabalhamos juntos e ela estudava jornalismo em Joaçaba, na UNOESC, com o tema: Ouro - Capital Catarinense do Associativismo. Agora, na quina e sexta feira, 29 e 30 de setembro, um novo DVD sobre ahistória da CoperOuro. Manifestar-me-ei sobre este brevemente.
Mas, assinar uma produção audiovisual, por mais simples que seja, é sempre um motivo de muito orgulho. Minhas experiências nesse campo começaram há 12 anos. Em duas oportunidades, pelo menos, trabalhei no studio da TV Barriga Verde, em Joaçaba. Textos de 2 minutos. Levava algumas sacolas com dezenas de fitas de vídeo em VHS e capturávamos imagens para sobrepor, coerentemente, às palavras e significação do texto. Dois técnicos, habilmente, faziam a edição e eu escolhia as imagens que julgava ideais e coerentes. E que tivessem certa qualidade. Lembro que na última vez a colega Tulica nos ajudou. Depois, era só alegria vermos, na TV, nossa produção.
Mais adiante, produzimos, num studio de Joaçaba, um audiovisual de 47 minutos, versando sobre as brigas políticas do tempo da UDN e do PSD, na emancipação do Munmicípio de Ouro, que se desmembrou de Capinzal. Saí a campo com a Franci e o Alexandre Baratto, do Stúdio Foto Real, eu atuando como repórter e eles como cinegrafistas. A produção tem significativo valor histórico, pois registramos os principais fatos ocorridos em Ouro na década de 1960. Foram mais de 80 horas entre a busca de imagens, entrevistas e produção. A narração foi realizada pelo amigo Ademir Belotto. depois, três dias inteiros na Proeza Vídeo, com sacolas e sacolas de fitas de vídeo e diversos álbuns de fotografias. Realizamos a entrevista com o Sr. Horácio Heitor Breda por telefone, dos estúdios da Rádio Capinzal. Ele estava na casa dos 90 anos. Morava em Maringá. Gentilmente, concedeu-nos a entrevista. Utilizamos fotos suas da época em que foi Prefeito de Capinzal, época em que as brigas políticas eram, muitas vezes, resolvidas com o 38 Smith Wesson niquelado. Produzi outros materiais em conjunto com a Vanessa Siepmann, à época em que trabalhamos juntos e ela estudava jornalismo em Joaçaba, na UNOESC, com o tema: Ouro - Capital Catarinense do Associativismo. Agora, na quina e sexta feira, 29 e 30 de setembro, um novo DVD sobre ahistória da CoperOuro. Manifestar-me-ei sobre este brevemente.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Gestão da Harmonia
A natureza é uma perfeita e belíssima orquestra, onde um infinito número de integrantes agem, harmonicamente, dispondo, convenientemente, seus elementos, proporcionando-nos um sentido lógico, como que embalado em musicalidade.
Assim também precisa ser a gestão natural de cada empreendimento, onde os elementos se recriam, se coadunam, se integram, interagem, se realizam e produzem riquezas materiais, intelectuais, culturais, filosóficas e mesmo virtuais, gerando a satisfação dos entes envolvidos, proporcionando renda e possibilitando ocupação e exercício profissional. "O novo é algo que vem de duas coisas velhas" - (Ivan Ramos - 1969)
Pessoas, para serem marca na História, não podem apenas situar-se como uma folha de papel em branco: precisam ler, ler, rabiscar, rabiscar, escrever, escrever, desenhar, desenhar, contar, ousar, calcular. Então propor, apagar, recompor e, por fim, reescrever. Reescrever inovando, surpreendendo, regozijado e deleitado. Dar, na configuração do que escreve, as denotações e conotações que o interlocutor precisa assimilar, digerir e compreender. Empreender. Empreender gerando ganhos culturais e intelectuais, universais. Empreender para realizar o que o dinheiro não consegue.
E a reescrita, a recriação, precisa, sempre, ultrapassar o nível da manifestação original, pois as horas, os dias, os meses e os anos, permitem que aquilo que fazemos hoje, possa sempre, ser refeito melhor no amanhã. É o novo, a partir do já existente.
Esse é meu conceito pessoal de empreender, sem, necessariamente, preocupar-me com quem vai ou não me entender. E, se o não prevalecer, se eu não me fizer compreender em meu contexto, é preciso que eu e você reavaliemos nossos métodos, redefinamos nossas posições, reflitamos firmemente, concluamos assertivamente, e detectemos como está a situação de nosso autoempreendimento. Eu, querendo dizer, e você, tentando me entender. Euclides Riquetti - 29/09/2011
Assim também precisa ser a gestão natural de cada empreendimento, onde os elementos se recriam, se coadunam, se integram, interagem, se realizam e produzem riquezas materiais, intelectuais, culturais, filosóficas e mesmo virtuais, gerando a satisfação dos entes envolvidos, proporcionando renda e possibilitando ocupação e exercício profissional. "O novo é algo que vem de duas coisas velhas" - (Ivan Ramos - 1969)
Pessoas, para serem marca na História, não podem apenas situar-se como uma folha de papel em branco: precisam ler, ler, rabiscar, rabiscar, escrever, escrever, desenhar, desenhar, contar, ousar, calcular. Então propor, apagar, recompor e, por fim, reescrever. Reescrever inovando, surpreendendo, regozijado e deleitado. Dar, na configuração do que escreve, as denotações e conotações que o interlocutor precisa assimilar, digerir e compreender. Empreender. Empreender gerando ganhos culturais e intelectuais, universais. Empreender para realizar o que o dinheiro não consegue.
E a reescrita, a recriação, precisa, sempre, ultrapassar o nível da manifestação original, pois as horas, os dias, os meses e os anos, permitem que aquilo que fazemos hoje, possa sempre, ser refeito melhor no amanhã. É o novo, a partir do já existente.
Esse é meu conceito pessoal de empreender, sem, necessariamente, preocupar-me com quem vai ou não me entender. E, se o não prevalecer, se eu não me fizer compreender em meu contexto, é preciso que eu e você reavaliemos nossos métodos, redefinamos nossas posições, reflitamos firmemente, concluamos assertivamente, e detectemos como está a situação de nosso autoempreendimento. Eu, querendo dizer, e você, tentando me entender. Euclides Riquetti - 29/09/2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Hospital Nossa Senhora das Dores - Vamos ajudar a preservar o que é nosso!
Na tarde de terça, 20, na sala de sessões da Câmara de Ouro, passaram cerca de 50 pessoas entre agentes políticos, Amigos do Hospital Nossa Senhora das Dores e cidadãos ourenses. Havia uma Audiência Pública convocada pelo Prefeito Miqueloto e pelo Presidente da Câmara, Ivonei, com o fito de se discutir e propor meios de ajudar o hospital a continuar suas atividades e melhorar sua qualidade no atendimento. Hoje, são 58 funcionários e ainda alguns voluntários para "tocar" as atividades médico-hospitalares. Coube-nos a Coordenação da Audiência e o estabelecimento da pauta. É uma atividade sempre penosa, pois, nessas ocasiões, precisamos oportunizar que pessoas se manifestem dentro de um prisma democrático, transparante, legítimo. E compreender as posições de quem se manifesta. Manter a calma, a serenidade, é fundamental. Ouvir as partes que estabelecem o contraditório, propor uma saída consensual, sem distanciar-se dos objetivos. Resultado final: uma abstenção, nenhum voto contra, e todos os demais a favor de que seja formulado Projeto-de-Lei para ser submetido à Egrégia Casa, visando a que se contribua, voluntariamente, através da fatura de água emitida pela autarquia SIMAE, valor de R$ 2,00 para as economias residenciais e R$ 5,42 para as economias comerciais e industriais, em favor do Hospital, com validade da campanha até 31/12/2012. Com isso, evitar-se-á que o hospital venha a ter déficit orçamentário e financeiro no final de cada exercício. É entidade filantrópica, presta 86% de seus serviços ao SUS ( a exigência é de 60%), recebendo ínfima e insuficiente remuneração pelos serviços que presta. Mas a sociedade de Ouro-Capinzal-Zortéa, solidária que é, não vai deixar a peteca cair. Obrigado, comunidade!
Euclides Riquetti
Euclides Riquetti
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Alunos do Sílvio Santos e sua escola sustentável.
Na tarde desta terça, 22, visitei a Escola onde atuei por 25 anos como professor. Revi meus colegas professores. Estava com saudades. Sabe, quando a gente amadurece e depois reencontra amigos, lembra de quantos bons momentos vivemos ali. E é gratificante ver o entusiasmo das professoras e dos alunos com seus projetos. Mostraram-me uma maquete de uma escola com edificação sustentável. Luminosidade natural e aquecimento natural de água, rampa de acessibilidade, quadra de esportes no terceiro piso. É um bom projeto. Na verdade, é um ensaio para o que podem realizar amanhã.
Os pequenos trabalhos realizados nas escolas costumam ficar registrados na cabeça dos estudantes e podem influenciar em seu comportamento profissional no futuro. O aluno que fez a apresentação do trabalho, de uma maneira bem didática, mostrou que o grupo realizou intensa pesquisa e seguiram parâmetros técnicos de Engenharia. A maquete, as plantas de fachada e baixa, o orçamento estimativo, com a separação dos investimentos por etapas. Perfeito.
Sei que têm outros trabalhos interessantes.
Obrigado, professora Jane, pelo convite. Logo, logo, estarei aí para falar sobre a história de nossa cidade para alunos do quarto e quinto ano. Professor Riquettão
Os pequenos trabalhos realizados nas escolas costumam ficar registrados na cabeça dos estudantes e podem influenciar em seu comportamento profissional no futuro. O aluno que fez a apresentação do trabalho, de uma maneira bem didática, mostrou que o grupo realizou intensa pesquisa e seguiram parâmetros técnicos de Engenharia. A maquete, as plantas de fachada e baixa, o orçamento estimativo, com a separação dos investimentos por etapas. Perfeito.
Sei que têm outros trabalhos interessantes.
Obrigado, professora Jane, pelo convite. Logo, logo, estarei aí para falar sobre a história de nossa cidade para alunos do quarto e quinto ano. Professor Riquettão
Caipiras (com sotaque) na Ressacada
No final da tarde de domingo (19), fomos fazer um investimento na Ressacada, em Floripa. Como dizia a Vó Dorva, "infinal", ver futebol também é distração. Sentamos eu, o Tio Neri, o Edimar (Sócrates) Riquettão, o sobrinho Guilherme e o Kiko Barra-do-Leão, ao lado da Mancha Verde. O "investimento" era de oitentão cada marmanjo. Investimos na economia avaiana. Foi o dinheiro mais jogado fora de minha vida. Dois times muito ruins. Quanta cegueira. Avaí 1 x 1 Palmeiras. Nunca vi tanta ruindade dentro de um mesmo hectare. Ruindade das pernas .No Palmeiras, salvaram-se o goleiro Marcos, o zagueiro Henrique, o volante Marcos Assunção e o atacante Kléber, por sinal todos já com passagens na seleção brasileira. No Avaí, só salvou-se o atacante William. Mas o espetáculo vem por conta do fanatismo dos torcedores palmeirenses: falam bobagens, brigam entre eles mesmos, não percebem que o time deles é capenga, que a maioria chuta uma bola quadrada. Ainda vaiam o preparador Murtosa e, principalmente, o Felipão Scolari, que é daquele jeito mesmo, que você é acostumado a ver na televisão: curto e grosso. Mas, aguentar torcedor cego é dose! Dificilmente o Palmeiras entra na Libertadores e o Avaí precisa de muita sorte para não ser rebaixado. Só com muita sorte ou, então, com milagre de Santa Paulina para conseguirem seus intentos. Mas, nuca vamos esquecer da habilidade do Assunção em cobrar faltas e escanteios. O magrão coloca a bola, com os pés, onde eu não conseguiria colocar com a mão... Riquettão
domingo, 18 de setembro de 2011
Aniversário no Recanto Champagnat
Passamos um final-de-semana maravilhoso em Florianópolis. No sábado, encontramos os parentes no recanto Marista Champagnat, no mirante da Lagoa da Conceição. Muita gente bonita: sobrinhas, sobrinhos, filhos. A turma do andar de cima (nóis, né?!), com nossas protuberâncias barriátricas, elas mais arrumadinhas (as tias), e a vovó (metida a motoqueira), fazendo seus 81. Grandes emoções. Mas, quem roubou a cena foram os pequenos (Rafael, Gabriel, Lana e Júlia). O primeiro ficou na dele. Mas, os outros, que triozinho mais elétrico... No domingo, o final da festa sem estresse, sem dramas, cada um tomando seu costumeiro rumo. Na segunda, todos no batente. E um tal de Rodrigo, que ficou com sua Ziza, usando uma daquelas camisetas que elogiam as sogras... O Champagnat é um ponto muito bonito de nossa capital. Cascata, mata nativa, os macacos saltando, livremente, por entre os galhos das árvores, fazendo-nos caretas, como se fôssemos velhos conhecidos. Obrigado, tio Jorge, Rosane e suas filhas (inluído o alemãozinho), pelo que nos proporcionaram. Família Riquetti
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Gostar de poesias...
O gosto pela poesia depende muito da motivação e do clima que é proporcionado para que ocorra a criação. (Não esqueçamos que poesia não é apenas o poema. Poesia pode estar naquela roseira que plantei no último sábado, no sorriso e no abraço que ganhei da adorável Júlia, naquela senhora idosa que ainda conserva o ânimo e o entusiasmo, apesar dos pesares...). Autores consagrados podem servir de exemplo para jovens seguidores, embora isso ofereça o risco de que pessoas com um determinado perfil de sensibilidade e de vida possam enveredar-se por caminhos desassociados aos que costumam trilhar.
Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.
A fantasia também é um vasto mar a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel, resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.
O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.
A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.
A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos, sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.
Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.
Euclides Riquetti
Joaçaba - 16/09/2011
Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.
A fantasia também é um vasto mar a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel, resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.
O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.
A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.
A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos, sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.
Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.
Euclides Riquetti
Joaçaba - 16/09/2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Semana conturbada e com perdas
Além de termos passado uma semana com preocupações em razão das fortes e intensas chuvas ocorridas em Santa Catarina, com os rios Itajaí e do Peixe transbordando, duas notícias me deixaram muito triste: a primeira, na sexta-feira, dando-nos conta de que perdemos o Serginho Piovezan, em Capinzal. Doeu-nos o coração. Um cara trabalhador, educado, simpático, prestativo, "gente muito boa", que se foi de uma hora para outra. Depois, hoje, domingo, soubemos que o Dr. Acioli Viecelli perdeu um filho, o Gustavo. Também foi de cortar o coração. Lembro dele, bem menino, quando andava com o pai e a mãe, loirinho, naquele Passat verde escuro, ou simplesmente brincando em parquinhos. O Dr. Acióli, que foi médico no Hospital Nossa Senhora das Dores, vindo depois para Joaçaba, sempre era o médico de nosssa família. Que deus dê forças para os familiares de ambos. E que eles tenham uma feliz vida eterna lá em cima.
Família Riquetti
Família Riquetti
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Sete de Setembro: uma festa cultural.
O Sete de Setembro, em nós, madurões, desperta saudosa memória. Em que pesem divergentes opiniões sobre a importância ou a ideologia dos desfiles, "A Grande Parada Cívica" pode ser vista como uma parada cultural. Aliás, paradas culturais poderiam acontecer nos aniversários das cidades, com as escolas, as entidades, as empresas, as agremiações esportivas, enfim, a população saindo às ruas para um grande congraçamento. E não precisam acontecer todos os anos, mas seria bom que acontecessem. Porque, convenhamos, do jeito que as coisas têm andado, fazer aflorar o sentimento cívico numa população descrente de (quase) tudo, não é tarefa fácil.
A mim, o "Dia da Independência", traz belas ( e algumas frustrantes) lembranças. Lembro-me com saudade de quando era estudante do primário, no Mater Dolorum, e as irmãs colocavam-nos para marchar. Todos devidamente uniformizados, a grande maioria sabendo cantar o Hino Nacional, boa parte conseguindo acompanhar o Hino da Independência. Nossa cidade era Capinzal, o Ouro era apenas seu Distrito. Saíamos em marcha pela Felip Schmidt, passávamos pela Ponte Nova, descíamos pela antiga Rua do Comércio, hoje Ernesto Hachmann, e a solenidade acontecendo no Campo Municipal, onde hoje se situa a estação rodoviária da cidade.
Mas, o que me emocionava, mesmo, eram os aplausos da população que assistia aos desfiles, ocupando as calçadas defrontes as casas, as janelas, as sacadas. Que saudades dos aplausos da entusiasmada Dona Maria Fávero, a mãe das colegas Tina e Marina, que se postava ali perto da DISPA e nos saudava com as mais sonoras salvas de palmas. E, nós, garbosamente, com a fronte erguida e o olhar brilhante, marchávamos.
Alguns anos à frente, tocávamos o bumbo na fanfarra. Que orgulho, que alegria! Que momento especial para toda a classe estudantil! Quanta saudade daqueles tempos que não voltam mais. Quantas saudades dos aplausos e da Dona Maria, que foi embora para Ponta Grossa, lá onde mora uma das minhas queridas filhas, a Michele, que criou-me este blog. Nem vou falar do tempo em que a Michele e Caroline, desfilavam pelo Coral Municipal de Capinzal ou integravam a Fanfarra magistralmente dirigida pelo Elói Correa e coreografada pelo seu filho Elanderson. Seriam lágrimas e lágrimas, certamente. Bons tempos, mesmo!
A mim, o "Dia da Independência", traz belas ( e algumas frustrantes) lembranças. Lembro-me com saudade de quando era estudante do primário, no Mater Dolorum, e as irmãs colocavam-nos para marchar. Todos devidamente uniformizados, a grande maioria sabendo cantar o Hino Nacional, boa parte conseguindo acompanhar o Hino da Independência. Nossa cidade era Capinzal, o Ouro era apenas seu Distrito. Saíamos em marcha pela Felip Schmidt, passávamos pela Ponte Nova, descíamos pela antiga Rua do Comércio, hoje Ernesto Hachmann, e a solenidade acontecendo no Campo Municipal, onde hoje se situa a estação rodoviária da cidade.
Mas, o que me emocionava, mesmo, eram os aplausos da população que assistia aos desfiles, ocupando as calçadas defrontes as casas, as janelas, as sacadas. Que saudades dos aplausos da entusiasmada Dona Maria Fávero, a mãe das colegas Tina e Marina, que se postava ali perto da DISPA e nos saudava com as mais sonoras salvas de palmas. E, nós, garbosamente, com a fronte erguida e o olhar brilhante, marchávamos.
Alguns anos à frente, tocávamos o bumbo na fanfarra. Que orgulho, que alegria! Que momento especial para toda a classe estudantil! Quanta saudade daqueles tempos que não voltam mais. Quantas saudades dos aplausos e da Dona Maria, que foi embora para Ponta Grossa, lá onde mora uma das minhas queridas filhas, a Michele, que criou-me este blog. Nem vou falar do tempo em que a Michele e Caroline, desfilavam pelo Coral Municipal de Capinzal ou integravam a Fanfarra magistralmente dirigida pelo Elói Correa e coreografada pelo seu filho Elanderson. Seriam lágrimas e lágrimas, certamente. Bons tempos, mesmo!
sábado, 3 de setembro de 2011
Poetando e pastelando
O final de tarde deste sábado, 3, foi aprazível. Participei de um sarau literário na Feira do Livro, em Joaçaba. Encontrei amigos de longa e de recente data: Jaime Teles, Bolinha Pereira, o pai dele (Raul Pereira, 94, que presenteou-me com seu livro Velhos tempos... Belos dias!, autografado - já estou lendo); o Dr. Alexandre Dittrich Buhr, autor de "A Arte do Pacificador" (indico para todos vocês); o Davi Froza (autor de Pelados versus Peludos - uma batalha ainda não vencida e ainda Ninfas, Musas e Deusas ( não é fraco o cara); a Mirian Dolzan e a professora Arlete, entusiastas da nossa cultura. Rolou muita ideia boa, muito papo cabeça. Parabéns por terem a coragem de realizar eventos do gênero. E a Izadora Martini nos brindou, belezamente, com algo do Fernando Pessoa. Depois fui encontrar o Vicente (III), na Pasteca. É pastel de frango, molho da casa, salsa, tomate, azeitona, palmito e milho. E lá tem uma cartela com muitas opções e de tamanhos variáveis para que caibam em bolsos de todos os tamanhos. Para a Mi, um bem especial, com aditivos. E, lá em Capinzal, que mata a pau é o Pastel do Zeni. Pastel pode não combinar com poesia e história, mas que é bom, isso não se pode negar.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Epopeia Poli(ti)fágica (Vote neu)
Modernos vendilhões, detonadores do erário
Arrumam-se à custa dos incautos e honestos
Locupletam-se, nutrem-se, verdadeiros mercenários
Cordeiros disfarçados, lobos infestos.
Lacaios, ladrões, são cada dia mais fortes
Decidem para si, sempre em causa própria
Mundanos de alma, manipuladores da sorte
Do Lúcifer tentador, são idêntica cópia...
Larápios, escusos, de anjos disfarçados
Sorrisos, acenos, tapinhas nas costas
Nos bares, nas esquinas, nos morros dobrados
Caminhões de votos é o que mais lhes importa.
Têm projetos fantásticos, de alcance social
Para os pobres as bolsas, para os outros a ilusão
Tudo visando à promoção pessoal
Mas para as coisas sérias não têm solução.
Por isso proponho, meu leal eleitor:
Vote em mim, seu incansável defensor!
Casa para todos, saúde, estradas, educação:
Tecle meu número (7) e confirme: Sou a solução!
Vote neu! Vote neu! Vote neu...
Arrumam-se à custa dos incautos e honestos
Locupletam-se, nutrem-se, verdadeiros mercenários
Cordeiros disfarçados, lobos infestos.
Lacaios, ladrões, são cada dia mais fortes
Decidem para si, sempre em causa própria
Mundanos de alma, manipuladores da sorte
Do Lúcifer tentador, são idêntica cópia...
Larápios, escusos, de anjos disfarçados
Sorrisos, acenos, tapinhas nas costas
Nos bares, nas esquinas, nos morros dobrados
Caminhões de votos é o que mais lhes importa.
Têm projetos fantásticos, de alcance social
Para os pobres as bolsas, para os outros a ilusão
Tudo visando à promoção pessoal
Mas para as coisas sérias não têm solução.
Por isso proponho, meu leal eleitor:
Vote em mim, seu incansável defensor!
Casa para todos, saúde, estradas, educação:
Tecle meu número (7) e confirme: Sou a solução!
Vote neu! Vote neu! Vote neu...
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Foz do Iguaçu: Paraíso de (en)cantos
Passamos três dias em Foz do Igauçu. Uma viagem para não mais esquecer. Fomos eu e a Míriam, com um grupo da região de Joaçaba, no último final de semana, feriadão por aqui. Que maravilha. Fomos ver o que Deus fez de melhor ( e de maior) com a natureza. Maravilhamo-nos com as novas amizades. Deleitamo-nos com as belezas naturais da região mais abençoada do mundo: o contraste do natural (Cataratas do Iguaçu), com o ambiente transformado (mas não depredado) pelo homem, (a magnífica Itaipu). Algo que todos deveriam conhecer, como o Parque das Aves, o Refúgio dos Animais, o Canal da Piracema, a organização harmônica do turismo sustentável por excelência. Lá, não se vive de discursos: a vida embala-se numa dança cadenciada por uma grande orquestra: São as águas, as matas, as aves, os animais, e o homem. As línguas e nacionalidades de tantos que estavam na Chrrascaria Rafain, na noite de sábado, num show de danças, cantos e encantos. Chineses, coreanos, japoneses, norteamericanos, chilenos, uruguaios, paraguaios, colombianos, argentinos, e nós, brasileiros, que éramos minoria. O belo está aqui perto, não precisamos procurá-lo no exterior. Ah, e tem também a "bagunça paraguaia", aquele mundo tipo Deus-nos-acuda, em que carros e pessoas se misturam, desordenadamente, em meios às ruas, e que todas as espécies humanas buscam, ardorosamente, convencer os turistas a deixarem lá seu dinheirinho. Tudo muito louco, mas tudo muito bonito. Um autêntica Belíndia. Obrigado, Vera e Perotôni, por nos terem possibilitado isso. Adoramos as novas amizades. Um abraço especial à Sirlei e ao Adelar Casagrande, pela companhia e pelas piadas. Quanto rir, quanto divertimento. Pessoas simples, mas que sabem ajudar a viver. Obrigado à Michele e ao Daniel pelo presente. À Caroline que nos levou para tomar o ônibus. Ao Buja, que ficou cuidando da fofura Julinha. Ao Fabrício e à Luana, que ficaram até duas e meia da manhã esperando para deixar-nos em casa na madrugada chuvosa. E a todos os demais que estavam na comitiva, com quem, certamente, acabaremos nos encontrando outras vezes. Muita saúde a todos, em especial ao Zagonel e ao Wieser. Longa vida ao André (zinho) Thaller e sua frau. Um abração do Riquettão e da Mi.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Rio de todos os peixes
Rio de todos os peixes
Atrevido e valente
Sempre que a calmaria se ausente
O imponente e voraz Rio do Peixe
Desliza furiosamente...
Invade lares, prepotente
Arranca plantas portentosas
Causa avarias espantosas
Esse imperador inclemente!
Nas arenas montanhosas
Vence cada dobra, impiedoso
É um colosso vigoroso
Com suas águas belicosas...
Depois, apenas baila, mansamente
Valsa como o canto verso de um salmo
Então, sereno, paciente e calmo
Jaz, ali, docemente.
Rio do Peixe, nosso venerando Senhor
Ora anjo – uma canção de acalanto
Ora intrépido, despojado de encanto
No vale verde, é soberano gladiador!
Com seu visível poder, ou simplesmente ignoto
Deus Natural, Real Majestade
Orna o campo, enfeita a cidade
Sou teu súdito e fiel devoto...
Rendo-te homenagem, meu rio!
A ti, com tua força imedida
Jamais, em toda a minha vida
Eu ousarei propor-te desafio...
Bem conhecemos teu enredo, tua história
E bem sabemos de tudo o que és capaz
És um guerreiro muito forte, sempre audaz
Reverenciado, dou-te medalhas e glórias.
Tu, que já foste o lago de mi ´as pescas
Tu, que foste a raia de meu tenro nado
E serpenteias neste vale encantado
De Navegantes, foste palco em tantas festas.
Pelo açoite do chicote sem piedade
Peço-te, humildemente, perdão
Aceita esta breve oração
Garboso rio, Fluviosa Divindade!
PERDOA-NOS, RIO DO PEIXE!!!
Euclides Riquetti
04-08-2010
Reverdades
Eu preciso reavaliar as minhas teses
E até me aprofundar em teorias
Considerar que nos avanços há reveses
E verdades mesmo em vãs filosofias.
Preciso redescobrir o desconhecido
E, meditando, decifrar grandes enigmas
Levar em conta o fator incerto e não sabido
Quebrar costumes, rejeitar "some" paradigmas.
As verdades infindáveis são eternas
Sobrepõem-se ao tempo e ao efêmero virtual
"Stop and play" controlam máquinas modernas
"Del and save" dão o toque digital.
Mas, entre análises e métodos profanos
Reviverão os sentimentos colossais
Não findarão, são próprios dos humanos
A sensibilidade não fenecerá jamais.
(Jamais a máquina sobrepujará os sentimentos humanos)
Euclides Riquetti
Inverno de 2011
E até me aprofundar em teorias
Considerar que nos avanços há reveses
E verdades mesmo em vãs filosofias.
Preciso redescobrir o desconhecido
E, meditando, decifrar grandes enigmas
Levar em conta o fator incerto e não sabido
Quebrar costumes, rejeitar "some" paradigmas.
As verdades infindáveis são eternas
Sobrepõem-se ao tempo e ao efêmero virtual
"Stop and play" controlam máquinas modernas
"Del and save" dão o toque digital.
Mas, entre análises e métodos profanos
Reviverão os sentimentos colossais
Não findarão, são próprios dos humanos
A sensibilidade não fenecerá jamais.
(Jamais a máquina sobrepujará os sentimentos humanos)
Euclides Riquetti
Inverno de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
A busca do soneto perfeito
Desejei compor um soneto perfeito
E quem sabe chorar desatinos
Era jovem, era aquele o meu jeito
Já buscava meus alexandrinos...
Desejei tal soneto, faz tanto
Com os versos mais certos, rimados
Que em ti despertassem encanto
E marcassem os beijos roubados.
Escolhi as palavras bonitas
Acendi o meu sonho romântico
E dediquei-te as linhas escritas
Eu pus nele o ideal parnasiano
Foi poema, foi trova, foi canto
Foi a glória de um poeta espartano.
Euclides Riquetti
20-02-2010
E quem sabe chorar desatinos
Era jovem, era aquele o meu jeito
Já buscava meus alexandrinos...
Desejei tal soneto, faz tanto
Com os versos mais certos, rimados
Que em ti despertassem encanto
E marcassem os beijos roubados.
Escolhi as palavras bonitas
Acendi o meu sonho romântico
E dediquei-te as linhas escritas
Eu pus nele o ideal parnasiano
Foi poema, foi trova, foi canto
Foi a glória de um poeta espartano.
Euclides Riquetti
20-02-2010
Você é feia
Você é feia
Mas há algo em você que me anima
Você é feia
É feia, assim, desde menina.
Magricela, rosto comprido
Corpo sem nehum atrativo
Mas você me fascina.
Desejo você, ardentemente
Quero você aqui presente
Pois você me fascina
Mesmo feia, assim, desde menina!
Você cresceu
Seus olhos escuros se sobressaem em seu rosto fino
Seus cabelos, sem graça,
Dão-lhe charme desmedido.
Você cresceu feia, sem atrativos
Mas despertou em mim
A paixão pelo desconhecido...
Despertou-me os instintos
Adormecidos
Você, mesmo feia, assim, desde menina...
São tantas, tantas as qualidades que lhe faltam
Que parece uma ninguém
Em meio a tantas.
Mas alguma coisa há em você
Que me encanta, me encanta.
Não é mesmo a simpatia com que me trata
(Desiderata)
Nem há elegância em seu andar
Não há atenção para chamar.
É tão difícil entender o que se passa.
Mas, confesso, há um todo em você
Que me atrai loucamente
Que me enche de desejo
Profundamente...
Que me faz querer seus beijos
Deliciosos
Que me faz amar seus olhos
Melancólicos
Que me faz querer você, perdidamente
Apaixonadamente
Amorosamente...
Euclides Riquetti
Verão/2011
Mas há algo em você que me anima
Você é feia
É feia, assim, desde menina.
Magricela, rosto comprido
Corpo sem nehum atrativo
Mas você me fascina.
Desejo você, ardentemente
Quero você aqui presente
Pois você me fascina
Mesmo feia, assim, desde menina!
Você cresceu
Seus olhos escuros se sobressaem em seu rosto fino
Seus cabelos, sem graça,
Dão-lhe charme desmedido.
Você cresceu feia, sem atrativos
Mas despertou em mim
A paixão pelo desconhecido...
Despertou-me os instintos
Adormecidos
Você, mesmo feia, assim, desde menina...
São tantas, tantas as qualidades que lhe faltam
Que parece uma ninguém
Em meio a tantas.
Mas alguma coisa há em você
Que me encanta, me encanta.
Não é mesmo a simpatia com que me trata
(Desiderata)
Nem há elegância em seu andar
Não há atenção para chamar.
É tão difícil entender o que se passa.
Mas, confesso, há um todo em você
Que me atrai loucamente
Que me enche de desejo
Profundamente...
Que me faz querer seus beijos
Deliciosos
Que me faz amar seus olhos
Melancólicos
Que me faz querer você, perdidamente
Apaixonadamente
Amorosamente...
Euclides Riquetti
Verão/2011
Corpos e almas que se queimam
Corpos que se esculpem e se queimam
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...
Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...
Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...
Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na razão
Vidas que navegam em incertezas...
São corpos que envelhecem cedo, cedo
São almas que levitam, sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.
(E se vão embora!...)
Euclides Riquetti
Abril de 2011
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...
Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...
Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...
Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na razão
Vidas que navegam em incertezas...
São corpos que envelhecem cedo, cedo
São almas que levitam, sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.
(E se vão embora!...)
Euclides Riquetti
Abril de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Árcade versário
Não farei rimas consonantais
Nem abusarei de combinações vogais
Apenas direi o que o coração ditar
Não rimarei adjetivo com verbo regular.
Farei poemas de meus desatinos
Farei sonetos com verso livre
E se julgar que for de bom alvitre
Comporei sonetos alexandrinos...
Farei paródias de canções conhecidas
Repetirei os verbos, porei conjunções
Mas não ousarei desatar emoções
E nem buscarei lembranças perdidas.
Não farei mais nada que não seja eterno
E nem serei um reles parnasiano
Eu a esperarei, ano após ano
Outono, verão, primavera e inverno.
E, quando disser: eu também o amo
Eu lhe entregarei meu coração profano
Onde ainda cabe nosso amor mundano...
Euclides Riquetti
05-05-2006
Nem abusarei de combinações vogais
Apenas direi o que o coração ditar
Não rimarei adjetivo com verbo regular.
Farei poemas de meus desatinos
Farei sonetos com verso livre
E se julgar que for de bom alvitre
Comporei sonetos alexandrinos...
Farei paródias de canções conhecidas
Repetirei os verbos, porei conjunções
Mas não ousarei desatar emoções
E nem buscarei lembranças perdidas.
Não farei mais nada que não seja eterno
E nem serei um reles parnasiano
Eu a esperarei, ano após ano
Outono, verão, primavera e inverno.
E, quando disser: eu também o amo
Eu lhe entregarei meu coração profano
Onde ainda cabe nosso amor mundano...
Euclides Riquetti
05-05-2006
Vento de outono
Venta o vento moreno de outono
Venta o vento...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.
Brilha o brilho do sol brilhante:
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...
Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...
Escreve o poeta o poema
E a meta
É a moça, a musa.
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam!
E a noite provoca, encanta, abusa...
E viva você, tema do canto!
Viva! Viva!
Como o barco que vai flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!
Euclides Riquetti
07-05-97
Venta o vento...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.
Brilha o brilho do sol brilhante:
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...
Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...
Escreve o poeta o poema
E a meta
É a moça, a musa.
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam!
E a noite provoca, encanta, abusa...
E viva você, tema do canto!
Viva! Viva!
Como o barco que vai flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!
Euclides Riquetti
07-05-97
terça-feira, 23 de agosto de 2011
A chuva que cai
A chuva que cai
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.
A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!
A chuva cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...
A chuva que cai
E rola na calçada
Leva embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.
A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!
( E eu penso em você...)
Euclides Riquetti
Sexta-feira, 19/08/2011 - manhã de chuva...
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.
A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!
A chuva cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...
A chuva que cai
E rola na calçada
Leva embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.
A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!
( E eu penso em você...)
Euclides Riquetti
Sexta-feira, 19/08/2011 - manhã de chuva...
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
O Voo da Garça
O Voo da Garça
A garça voa o voo leve da alma
Voa a garça
Voa como a branca pluma, com graça
Voa a garça.
E no voo breve, voa lenta, calma
Voa com toda a graça a garça.
Voa o infinito, voa por instinto
Voa sobre o monte a a garça...
E pousa na torre da igreja
Ou na árvore da praça
Voa a pousa a garça.
E seu voo atrai o disperso
O menino, o esperto
O velhino, o passante
E voa de novo a garça.
Vai, seguindo os trilhos dos raios de sol
Cortando o azul, a garça.
E pousa suavemente sobre a nuvem
Uma nuvem feita branco lençol...
E descansa outra vez a garça!
(A garça povoa os meus sonhos, orienta minha vida.
A garça é meu ser, é você, sou eu...
A garça é meu norte seguro, é minha inspiração...
É minha emoção transmitida no papel...
Euclides Riquetti)
A garça voa o voo leve da alma
Voa a garça
Voa como a branca pluma, com graça
Voa a garça.
E no voo breve, voa lenta, calma
Voa com toda a graça a garça.
Voa o infinito, voa por instinto
Voa sobre o monte a a garça...
E pousa na torre da igreja
Ou na árvore da praça
Voa a pousa a garça.
E seu voo atrai o disperso
O menino, o esperto
O velhino, o passante
E voa de novo a garça.
Vai, seguindo os trilhos dos raios de sol
Cortando o azul, a garça.
E pousa suavemente sobre a nuvem
Uma nuvem feita branco lençol...
E descansa outra vez a garça!
(A garça povoa os meus sonhos, orienta minha vida.
A garça é meu ser, é você, sou eu...
A garça é meu norte seguro, é minha inspiração...
É minha emoção transmitida no papel...
Euclides Riquetti)
domingo, 10 de julho de 2011
Brancas Gaivotas
Brancas gaivotas
Brancas gaivotas flutuam no ar
E mergulham no mar...
É um grande mar oceano
Que balança, soberano
E desenha o reflexo solar!
O azul do Sul, do céu claro
Não precisa nenhum reparo...
O verde da imensidão, infinito
E o barco abençoado, bendito
Projetam um espetáculo raro!
Na tarde bela de abril
Passa morena-jambo, passa loira bronzeada
E fica-me a lembrança gravada
Da nuvem descansada
No céu pintado de anil!
Poeta pintor das almas alheias
Pinta corpos esbeltos, jogados no chão
Num belo cenário de contos de sereias
Pinta os pés desnudos que alisam as areias
E os pensamentos se ancoram no porto ilusão.
É tudo assim
É um mar sem fim
É uma verdadeira beleza
É nossa pródiga natureza
São lembranças que levo pra mim!...
Praia de Canasvieiras, Florianópolis, 12 de abril de 2010.
Euclides C. Riquetti
Brancas gaivotas flutuam no ar
E mergulham no mar...
É um grande mar oceano
Que balança, soberano
E desenha o reflexo solar!
O azul do Sul, do céu claro
Não precisa nenhum reparo...
O verde da imensidão, infinito
E o barco abençoado, bendito
Projetam um espetáculo raro!
Na tarde bela de abril
Passa morena-jambo, passa loira bronzeada
E fica-me a lembrança gravada
Da nuvem descansada
No céu pintado de anil!
Poeta pintor das almas alheias
Pinta corpos esbeltos, jogados no chão
Num belo cenário de contos de sereias
Pinta os pés desnudos que alisam as areias
E os pensamentos se ancoram no porto ilusão.
É tudo assim
É um mar sem fim
É uma verdadeira beleza
É nossa pródiga natureza
São lembranças que levo pra mim!...
Praia de Canasvieiras, Florianópolis, 12 de abril de 2010.
Euclides C. Riquetti
Poemas no livro Santa Catarina Meu Amor
Anda
Anda, poeta da noite, cantor de boemia
Procura a forma de dizer a poesia...
Anda... Procura a dona desta noite: a prostituta
Não te preocupes com moral ou com conduta!
Afinal...
A noite é o dia, a noite é o claro do cantor
E a viola, é a glória do incansável tocador!
Anda...Anda, menestrel de nosso tempo moderno
Dize aos ouvintes que teu canto é eterno!
Que o amor é a rima, a rima do teu verso
E que no mundo, só o poeta escreve o certo...
Afinal...
O poeta, pra ser rei, só se for rei pobre
Pois se o rei é poeta, esse rei é nobre!
Anda, tocador de viola, em seu bom repente
Nas praças e palcos faze-te presente
Leva a alegria ao coração partido...
E não ter aborreças com o amor perdido!
Pois, se hoje és tu e amanhã não és
Pode vir um louco e beijar teus pés...
Vai, Anda...Cavaleiro andante das estradas
Cantando em bares, clubes e pousadas.
Sê mais guerreiro do que foi o romano
E não te intimides com o soberano!
Afinal...
De que vale o ouro, esse vil metal
Se a vida rica é sempre tão banal?
Anda, soldado bravo, anda pelo mundo!
Cabelos longos, barba espessa, olhar profundo.
Grita pra todos que esta vida é uma grande festa
E que não há outra cidade como esta!
Afinal...
Onde se encontram os tesouros que procuras?
Aquelas almas sem pecados, brancas, puras?
Busca teu caminho entre os bons e o bem...
Busca teu caminho sem o mal!
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Ciclovida
O vento
Moveu a folha
Que passou dos galhos
E caiu na relva
E depois secou.
O frio
Branqueou a neve
Que cobriu as plantas
Se estendeu no vale
E depois se foi.
Setembro
Coloriu a flor
Pôs de verde a planta
Pôs azul no rio
E encantou a vida.
O sol
Fez o céu tão claro
Que estrelou a noite
E morenou a pele
E fez você bonita.
O verde
Abandonou a folha
Que virou amarela
Que virou marrom
E de novo secou.
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Verdes folhas
Verdes folhas
Do ramo da rosa
Flutuam solitárias
Sobre as incertezas.
Pequenas bolhas
Na água inodora
Emergem crisálidas
Em sua leveza.
Nuvens densas
Confundem o dia
Mudam o céu
Escondem o sol.
Tardes imensas
Nos dão nostalgia
Da noiva, do véu
Do céu arrebol.
Pequenas lembranças
As folhas nos trazem
Do tempo passado
Do longo caminho.
A vida balança
Na verde ramagem
No ramo quebrado
Na ponta do espinho.
E eu
Que sou eu
Que sou teu
Quero o amor que foi meu
E que nunca morreu.
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Maio
Fria manhã cinzenta de maio
Mês da mãe, da noiva, da mulher
Manhã que inspira o desejo da noite
Da cama, do lençol, de alguém que se quer...
Fria manhã dos pensamentos perdidos
Dos sentimentos doridos
Do amor escondido
Do olhar proibido!
Fria manhã das almas confusas
Das palavras difusas
Das mensagens escusas...
Fria manhã do encontro casual
Do olhar fatal
Do tratamento legal!
Bom dia!!!
Com muita alegria
Com carinho, amor, nostalgia...
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Lembranças
É fácil falar do vento, que rima com o pensamento
Do ar, que vem do mar
Da flor, que revela o amor
Do sentimento, que remete no tempo...
É fácil falar do inverno, do amor eterno
Da desmedida paixão
Que explode no coração
E que leva do céu ao inferno!...
É fácil falar da terra, da alegria da primavera
Da planta que cresce
Do broto que floresce
Dos longos anos de espera!
É fácil falar de um porto e de um olhar absorto
Do dia do verão quente
Que queima a pele da gente
E do cansaço que mata o corpo!
É tudo muito belo !!!
Formosa inspiração !!!
Difícil
É lembrar de cada estação
Dia, mês, ano...
De cada beijo profano
De cada momento mundano
De corpo e alma em profusão...
E em cada olhar
Em cada pensar
Em cada lembrar
Querer que tu voltes
E não te ver voltar!...
Euclides Riquetti
24/03/2010
Anda, poeta da noite, cantor de boemia
Procura a forma de dizer a poesia...
Anda... Procura a dona desta noite: a prostituta
Não te preocupes com moral ou com conduta!
Afinal...
A noite é o dia, a noite é o claro do cantor
E a viola, é a glória do incansável tocador!
Anda...Anda, menestrel de nosso tempo moderno
Dize aos ouvintes que teu canto é eterno!
Que o amor é a rima, a rima do teu verso
E que no mundo, só o poeta escreve o certo...
Afinal...
O poeta, pra ser rei, só se for rei pobre
Pois se o rei é poeta, esse rei é nobre!
Anda, tocador de viola, em seu bom repente
Nas praças e palcos faze-te presente
Leva a alegria ao coração partido...
E não ter aborreças com o amor perdido!
Pois, se hoje és tu e amanhã não és
Pode vir um louco e beijar teus pés...
Vai, Anda...Cavaleiro andante das estradas
Cantando em bares, clubes e pousadas.
Sê mais guerreiro do que foi o romano
E não te intimides com o soberano!
Afinal...
De que vale o ouro, esse vil metal
Se a vida rica é sempre tão banal?
Anda, soldado bravo, anda pelo mundo!
Cabelos longos, barba espessa, olhar profundo.
Grita pra todos que esta vida é uma grande festa
E que não há outra cidade como esta!
Afinal...
Onde se encontram os tesouros que procuras?
Aquelas almas sem pecados, brancas, puras?
Busca teu caminho entre os bons e o bem...
Busca teu caminho sem o mal!
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Ciclovida
O vento
Moveu a folha
Que passou dos galhos
E caiu na relva
E depois secou.
O frio
Branqueou a neve
Que cobriu as plantas
Se estendeu no vale
E depois se foi.
Setembro
Coloriu a flor
Pôs de verde a planta
Pôs azul no rio
E encantou a vida.
O sol
Fez o céu tão claro
Que estrelou a noite
E morenou a pele
E fez você bonita.
O verde
Abandonou a folha
Que virou amarela
Que virou marrom
E de novo secou.
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Verdes folhas
Verdes folhas
Do ramo da rosa
Flutuam solitárias
Sobre as incertezas.
Pequenas bolhas
Na água inodora
Emergem crisálidas
Em sua leveza.
Nuvens densas
Confundem o dia
Mudam o céu
Escondem o sol.
Tardes imensas
Nos dão nostalgia
Da noiva, do véu
Do céu arrebol.
Pequenas lembranças
As folhas nos trazem
Do tempo passado
Do longo caminho.
A vida balança
Na verde ramagem
No ramo quebrado
Na ponta do espinho.
E eu
Que sou eu
Que sou teu
Quero o amor que foi meu
E que nunca morreu.
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Maio
Fria manhã cinzenta de maio
Mês da mãe, da noiva, da mulher
Manhã que inspira o desejo da noite
Da cama, do lençol, de alguém que se quer...
Fria manhã dos pensamentos perdidos
Dos sentimentos doridos
Do amor escondido
Do olhar proibido!
Fria manhã das almas confusas
Das palavras difusas
Das mensagens escusas...
Fria manhã do encontro casual
Do olhar fatal
Do tratamento legal!
Bom dia!!!
Com muita alegria
Com carinho, amor, nostalgia...
Euclides Riquetti
________________________________________________________________________________
Lembranças
É fácil falar do vento, que rima com o pensamento
Do ar, que vem do mar
Da flor, que revela o amor
Do sentimento, que remete no tempo...
É fácil falar do inverno, do amor eterno
Da desmedida paixão
Que explode no coração
E que leva do céu ao inferno!...
É fácil falar da terra, da alegria da primavera
Da planta que cresce
Do broto que floresce
Dos longos anos de espera!
É fácil falar de um porto e de um olhar absorto
Do dia do verão quente
Que queima a pele da gente
E do cansaço que mata o corpo!
É tudo muito belo !!!
Formosa inspiração !!!
Difícil
É lembrar de cada estação
Dia, mês, ano...
De cada beijo profano
De cada momento mundano
De corpo e alma em profusão...
E em cada olhar
Em cada pensar
Em cada lembrar
Querer que tu voltes
E não te ver voltar!...
Euclides Riquetti
24/03/2010
Fragmentos românticos
Primeiro canto
Preciso roubar um beijo teu
Por isso eu quero estar perto de ti
Quero que tu sintas o beijo meu
Quero te sentir, sentir, sentir...
Segundo canto
Beijar-te-ei com ardor, eternamente
Perder-me-ei em ti, perdidamente
E em ti me inspirarei para compor
Por ti exaltarei o meu amor
Para ti escreverei por hoje e sempre...
Terceiro canto
Sonhei contigo, sonhei , sonhei, amei
Sonhei contigo, amei, sonhei, sonhei
Sonhei contigo, nas noites em que as estrelas adormeceram...
E nas noites em que elas reviveram:
Sonhei contigo, sonhei, amei, sonhei!...
Último canto
Há uma cumplicidade entre nós dois
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade
Euclides Riquetti
Euclides Riquetti
segunda-feira, 4 de julho de 2011
A ideia do Blog do Riquetti
Surgiu quando percebi que a maioria das postagens e comentários que meu pai fazia em sites e blogs (especialmente no www.ederluiz.com), oscilavam entre 500 e 2.500 caracteres. Pensei: “Bem, se ele prefere comentar, criticar, noticiar, poetizar e ‘cronicar’ em LAUDAS, por que raios eu insisto pra que ele twitte? Se há tanto a dizer, e (garanto) ele tem e sabe como dizer, por que não fazê-lo em seu próprio blog?”
Então é isso! O Blog, em construção colaborativa, terá conteúdo postado e totalmente gerenciado pelo Riquetti (que NÃO é o Riquetti da churrascaria, pessoal). O conteúdo é de inteira responsabilidade dele, e comentários ou publicações de terceiros terão autoria reconhecida.
Se o blog ficar “bagunçado” (só quem já morou ou trabalhou com o Riquetti compreenderá a dimensão do adjetivo), por favor, denunciem-no para @miriquetti. Alguém, além do blogueiro, precisa saber onde encontrar as coisas, pai.
E, pra facilitar sua aventura pelo mundo digital, #ficaadica:
- É mais fácil jogar pedra que ser vidraça. Você pode atirar a pedra e ser a vidraça quando está na rede.
- Gírias como “viagem na maionese” são desatualizadas. Seus amigos irão assimilar, seus filhos terão vergonha alheia e sua neta vai negar o parentesco.
- Usar “q”, “vc”, “tb”, “aki”, “vlw” é N-O-R-M-A-L. Não implique!
- Coisas como :) :\ ;D \o/ 8( são o crème de la crème pra se expressar virtualmente. Os discursos prolixos têm 140 caracteres. Sinta-se desafiado!
- Blog e filhos exigem dedicação, atenção e certa disciplina. E se acha mais fácil lidar com o primeiro, posicione-se em um assunto polêmico e aguarde.
- Quanto a Gadget, RSS, feeds, hastag, podcast, photostream y otras cositas más, tudo poderá ser desvendado por você. Sabe quando eu pedia ajuda com o “tema de casa”? So, search, dad.
- Um blogueiro precisa de autonomia, então é sério quando eu digo: “pesquise”.
- Ninguém, além de você, deve conhecer a senha de acesso. Isso evita um universo de problemas, inclusive postagens como essa.
Have fun!!
Filha Michele
Filha Michele
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