sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Religião, família e solidariedade (mais água no feijão...)

Reeditando...

 

 

         Certa vez, conversando com um empresário bem sucedido, ele me disse algumas coisas que me marcaram e em que me pauto muito  minha vida. Uma delas, que frequentemente me volta à mente, é a de que gostava de ajudar um clube de futebol e que tinha muito prazer em fazer isso, mas que todo o atleta que recebesse dinheiro saído de suas mãos teria teria  um compromisso: uma vez por semana,  o jogador tinha que ir a uma Igreja, fosse lá qual delas fosse. E deveria assistir a uma celebração de culto ou missa. Ao contrário, não tinha mais dinheiro para ele.

          Num primeiro momento, você pode achar que isso seja  uma exigência descabida, um querer demais, uma proposta inconcebível, mas concordo plenamente com o modo de pensar dele. Primeiro, porque o dinheiro é dele e, para dispensá-lo, pode fazer as exigências que quiser. Segundo, porque é preciso compreender a sua intenção, qual seu verdadeiro proposito.

          E o dele era bem simples: todo o cidadão que se submete às regras de uma religião, seja qual for, tenderá a se submeter às regras da sociedade em que participa, das normas da empresa em que trabalha, do grupo de convivência social em que está inserido. E o time de futebol, dentro de um conceito moderno de visão, representa um cenário no qual multidões se espelham para a formatação da conduta diária.

          Dizia mais: "Todo o domingo ligo para meu filho que mora em outro estado, muito longe, para ver como ele está, como está sua família, se foi à missa. Meus filhos não podem ser pessoas sem religião. Todas as pessoas precisam ter uma.  E eles sabem o que eupenso sobre isso".

         Comecei a observar mais a vida desse cidadão e constatei que suas atitudes e as de sua família eram todas louváveis, Defendiam causas populares muito nobres, tinham um grande compromisso com a ética social,  moral e cristã.

          Agora, com a presença do Papa Francisco no Brasil, vi algo muito inovador e que deveria ser regra: Ele recebeu líderes de outras igrejas que não  a católica para conversar e mostrar para o mundo que as religiões, a  religação com as verdades e o bem, precisa acontecer efetivamente. E, ainda, as atitudes de simplicidade, peculiares de um franciscano, são um verdadeiro exemplo a ser seguido por todas as lideranças. E os liderados se espelharão nas atitudes de seus líderes, certamente.

          Encantaram-me  algumas ações do Papa Francisco, que por várias vezes quebrou a rotina protocolar para dar atenção a pessoas que o queriam tocar. Mostrou humildade no agir e no falar. Ganhou o coração de muitos quando disse que é possível "por mais água no feijão", uma forma bem simples de dizer-nos que podemos repartir com os irmãos o alimento que nós temos. É muito fácil sermos solidários! Sem ostentação... Uma licão fácil de aprender e de por em prática!

Euclides Riquetti
27-07-2013

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