Unidade da BRF (Perdigão) em Capinzal - SC - minha terra natal
Texto de minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba, na última sexta-feira:
A Carne Corrompida e os Estragos da
Comunicação Inadequada
O fim da semana
que passou foi de muita turbulência nos meios empresariais do ramo de
processamento de carnes no Brasil, com repercussão no mundo. A operação “A
Carne é Fraca”, realizada e divulgada pela PF, vai causar sérios danos em nossa
já combalida Economia. Não precisávamos disso. Não merecíamos isso! Nós,
catarinenses, em especial, que produzimos muita proteína animal, responsáveis
por 27% da carne de frango e 30% da de suínos consumida no mundo, não queremos
isso. Perplexidade e indignação, não com nossas empresas, mas com a
“animosidade” da Polícia Federal no trato do caso.
É muito fácil
teatralizar e por merda no ventilador, sem se imaginar as consequências.
Imaginar, por exemplo, que uma empresa de grande porte pudesse colocar papelão
para avolumar seus produtos é falta de inteligência. Divulgar informações sem
apontar os verdadeiros culpados, quais os produtos e quais unidades produtoras
estão agindo fora da conformidade com as normas de saúde e produção industrial,
é uma irresponsabilidade.
A forma como foi
divulgada é simplesmente ridícula. A PF não se assessorou de técnicos
competentes para analisar a verdade dos fatos. E não pensou nas consequências
disso, prejudicando as empresas, que já trabalham com muitas dificuldades em
razão da recessão, dos altos custos tributários e do arcaicismo da legislação
trabalhista. Nossos produtos são consumidos por cerca de 150 países, há uma
efetiva fiscalização nas unidades produtoras e os principais compradores da
Ásia e Europa sempre mantiveram fiscais de seus países fiscalizando a produção
aqui. As empresas que aqui produzem não iriam macular sua imagem no mercado
colocando na carne, indevidamente, misturas na carne. Seria burrice.
Claro que os que
mascararam seus produtos estragados, pondo em risco a saúde dos consumidores,
devem ir para a cadeia. Por aí, dizem,
nas ruas, que o objetivo é chegar no filho do Lula. Há muitas maneiras de
chegar nele. Agora, empresas respeitadas como a Sadia, a Seara e a Perdigão, têm seu nome jogado na lama.
Não sabemos por quanto tempo deveremos esperar para que isso seja superado. O
consumidor não vai deixar de comprar carne. Pessoalmente, escolho os produtos
que compro. Cuido da qualidade, origem e da própria coloração. Se suspeito de
algo, argumento com o açougueiro, com o vendedor. E, na dúvida, não levo o
produto e recomendo que deixem de vender. Já me aconteceu de verificar que
leite embalado em tetrapack estivesse estragado e falei com o gerente de um
mercado que, imediatamente, mandou retirar todo o produto da gôndola.
A carne não é
fraca. Fracos são os gananciosos, que sempre acabam caindo nas próprias
armadilhas. Fracos são os corruptos, que, no fim, acabam sempre se dando mal. Não
é justo que, a honrada classe dos fiscais do SIF seja prejudicada por causa de
alguns fiscais corruptos e irresponsáveis. Nem que empresas com mais de meio
século de história sejam prejudicadas.
Euclides Riquetti – Escritor
Membro da ALB/SC
Essa "nossa" Polícia Federal que deveria proteger o cidadão, as empresas e o governo, age como se fosse uma agência adversária do Brasil.
ResponderExcluirEla tem servido para agredir o cidadão, destruir empresas
(empregos) e derrubar governos.
Perguntamos então: a quem tudo isso interessa?
Primeiro à mídia, que vai lavar a
égua com a multiplicação da propaganda tentando inverter o panorama.
Segundo nossos concorrentes, principalmente os EUA e a União Européia.
Nada é feito de graça, alguém deve ter montado a peça.
A Pf funciona da mesma maneira que Sérgio Moro e seus Procuradores. Eles sabem a quem estão servindo ao destruir nossa indústria e entregar tudo de mão beijada.
E quem vai pagar o pato?
Com certeza não será Paulo Skaf da FIESP. A conta virá para todo cidadão, como eu e você, que queremos um país sério e respeitado.