domingo, 3 de abril de 2022

As questões econômicas, políticas e bélicas povoam a mente do povo!

 



      Além de todos os problemas que nos são ocasionados pela Guerra da Rússia contra a Ucrânia, temos nossos sérios e grandes problemas para resolver. Preços altos do petróleo no mercado internacional, ocasionando altas constantes nos preços dos combustíveis, elevação dos custos dos fertilizantes por causa da dificuldade de importação, (e consequente alta dos preços), resultando na alta dos custos de produção do milho, da sola e do trigo; alta dos preços dos hortifrutigranjeiros, com cenoura, batata inglesa, tomate e  mamão com redução de oferta e, consequentemente, elevação de seus preços por quilo. As questões econômicas, políticas e bélicas povoam a mente do povo! Pouco se fala de Covid...

      Temos a questão política, com a aproximação do término dos prazos para a troca partidária, com as negociações sobre as futuras coligações para os cargos do Executivo, e as federações partidárias para possibilitar que partidos e candidatos façam arranjos para, de uma forma, coligarem-se para os cargos do legislativo. Podem ter certeza, leitores, que no momento o que menos interessa aos políticos ocupantes de cargos no Executivo e no Legislativo, é cuidar da normalidade dos trâmites dos projetos na Câmara Federal, no Senado da República e nas assembleias legislativas dos estados. Muitos prefeitos que vinham colocando seus nomes para candidatos a algum cargo novo, acabaram desistindo da ideia, pois teriam que renunciar aos presentes mandatos e meter-se numa aventura que não sabem onde vai dar, então é melhor ficar com o que já têm conquistado.

       Na questão dos altos custos de combustíveis e alimentos, o cidadão precisa, no primeiro caso, andar menos de carro e também esperar que haja alguma forma de se reduzir o preço do litro do diesel, o qual impacta sobre todos os outros produtos e, inclusive, serviços. Nos alimentos, o jeito é substituir um produto por outro. Isso é possível se não formos apegados a determinado padrão ou espécie. Frutas e legumes da época são os que custam menos. Na região, há muitos horti que podem ajudar a economizar.

       E temos os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia a nos prejudicarem. Mas vale uma pequena reflexão e um estudo razoável sobre a política de preços praticada pela Petrobras e a realidade mundial. O dólar está próximo de 20% mais barato do que estava três meses atrás. O petróleo brent, que já esteve em quase 140 reais por barril, deverá baixar para dois dígitos em uma semana, ficando bem menos do que 20% acima do praticado no mercado internacional para negócios futuros, uns dias antes do início da Guerra. Com o congelamento do ICMS e outras providências do Governo Central, não há como os preços ficarem acima do que eram um mês atrás. Pode ser até menos. Então, se o discurso dos gestores da Petrobras, secundados por um monte de jornalistas que, em vez de trabalhar em favor dos brasileiros trabalha em favor dos especuladores internacionais e mesmo nacionais, for seguido à risca, a obrigação é reduzir os preços.

Trovoadas e chuvas -  Voltei de viagem e vi que minha rua, a Arnaldo Scherer, estava bastante danificada. Soube que uma vizinha, muito idosa,  teve a casa inundada. Quando foi implantado o sistema de esgotamento sanitário, pelo SIMAE, deixaram as bocas de lobo em nível adequado para a pavimentação da rua, cerca de 20 centímetros acima do leito.  Agora, quando chove, a água busca seu caminho pelo leito da rua e não tem por onde se esgotar. Possui esgoto há 3 anos e não está pavimentada. Tive já de 4 fontes de que não se tem projeto para pavimentação ainda. Na madrugada seguinte, um forte temporal se abateu sobre nossas casas. A boca de lobo de um bueiro que foi implantado há alguns anos, na frente de minha casa, estava sumida sob cascalhos trazidos pela água. Ainda escuro, busquei localizá-lo e desobstruí-lo, para dar escoamento de parte das águas. A desesperança está estampada nos rostos dos vizinhos... E me lembrei daquele discurso que aprendi em minhas aulas de Latim, Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nosta?”

Tenho dito, tenho ouvido, tenho escrito!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

 

Um comentário:

  1. Richetti, entendo perfeitamente o seu comentário, porém,
    permita-me discordar em alguns pontos, especialmente, com relação à Petrobrás.
    O que acontece aqui, na periferia do capitalismo -, é um assalto -, as multinacionais roubam na cara dura, nosso Petróleo, minerais, terras cultiváveis, florestas, água...
    A falta de políticas voltadas ao atendimento das nossas necessidades internas agrava esse quadro. Urge fazer-se:
    .Reforma agrária;
    .Reforma urbana;
    .Reforma política;
    .reforma fiscal;
    .Distribuição de renda;
    .Devolução dos direitos previdenciários - trabalhistas;
    .Investimento em pesquisa.
    O que acontece à Petrobrás impacta em nosso dia a dia: (indústria, preços de seus derivados, emprego, pesquisa
    para o desenvolvimento do país... ).
    Desde o governo FHC a empresa vem sendo destruída. Primeiro tiram-lhe o direito ao monopólio... Respeite-se aí o hiato dos governos petistas. Logo a seguir aparece a sanha do minúsculo temer e do asqueroso bolsonaro para concluir o desserviço de FHC.
    Entrega-se tudo ao mercado, que só quer o lucro, esperar o que?
    Para entender aquilo que digo dou apenas dois exemplos:
    . Em 2021 o general Silva e Luna e sua turma embolsaram R$ 34 milhões; os acionistas receberam mais de R$ 101 bilhões.
    O que você quer que aconteça? Isso é um assalto, alguém precisa pagar a conta e esse alguém somos eu, você -, o cidadão. Por isso, também, o alto preço dos seus derivados.
    Então jogar a culpa na conjuntura internacional é repetir o lero-lero dos analistas econômicos tipo Sardenberg, muito bem pagos para repetir mentiras, dizer aquilo que o mercado quer.
    Se o minúsculo temer, o asqueroso bolsonaro com a ajuda do STF (Lava Jato), mídia venal, elite, sócio menor do Tio Sam, todos blindados, por orientação de Washington, pelas nossas forças armadas não tivessem deliberadamente destruído o país, nós brasileiros, apesar de tudo, teríamos uma situação muito mais confortável.
    Para equilibrar isso o Estado precisa urgentemente retomar o seu lugar: mais Estado, menos mercado...

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