Anda, poeta da noite, cantor de boemia
Procura a forma de dizer a poesia...
Anda... Procura a dona desta noite: a prostituta
Não te preocupes com moral ou com conduta!
Afinal...
A noite é o dia, a noite é o claro do cantor
E a viola, é a glória do incansável tocador!
Anda...Anda, menestrel de nosso tempo moderno
Dize aos ouvintes que teu canto é eterno!
Que o amor é a rima, a rima do teu verso
E que no mundo, só o poeta escreve o certo...
Afinal...
O poeta, pra ser rei, só se for rei pobre
Pois se o rei é poeta, esse rei é nobre!
Anda, tocador de viola, em seu bom repente
Nas praças e palcos faze-te presente
Leva a alegria ao coração partido...
E não ter aborreças com o amor perdido!
Pois, se hoje és tu e amanhã não és
Pode vir um louco e beijar teus pés...
Vai, Anda...Cavaleiro andante das estradas
Cantando em bares, clubes e pousadas.
Sê mais guerreiro do que foi o romano
E não te intimides com o soberano!
Afinal...
De que vale o ouro, esse vil metal
Se a vida rica é sempre tão banal?
Anda, soldado bravo, anda pelo mundo!
Cabelos longos, barba espessa, olhar profundo.
Grita pra todos que esta vida é uma grande festa
E que não há outra cidade como esta!
Afinal...
Onde se encontram os tesouros que procuras?
Aquelas almas sem pecados, brancas, puras?
Busca teu caminho entre os bons e o bem...
Busca teu caminho sem o mal!
Euclides Riquetti
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