Vivemos num país em que grande parte da população é acomodada e age totalmente de acordo com sua conveniência. Falam-se da baixa qualidade do ensino, mas não se arguiu sobre a pouca vontade de estudarem. Fala-se em desemprego, mas se verifica, junto aos empregadores, de que precisam de mão-de-obra e não encontram gente disposta a trabalhar. Tudo é motivo para recusar ofertas de trabalho.
Tenho conversado
com empresários de diversos setores e a queixa é sempre a mesma: Falta-lhes
mão-de-obra para produzir. E isso tem muito a ver com as facilidades que foram
sendo oferecidas às pessoas desde os tempos do governo de Fernando Henrique
Cardoso, quando se iniciaram algumas concessões de benefícios sociais, sem se
cobrar nenhuma contrapartida dos beneficiários. E isso veio se seguindo nos
anos seguintes, com Lula, Dilma, Bolsonaro, e agora, de novo com Lula. O da
direita fez o mesmo que os da esquerda. Tudo em nome dos votos.
Há 3 décadas, a
coisa era bem diferente. Quando alguma obra importante da infraestrutura
tivesse que ser construída, eram formadas grandes frentes de trabalho, e os
desocupados eram recrutados para o serviço. Diante das secas do Nordeste, para
trabalhar junto às perfurações de poços. Na normalidade, para fazer açudes e cisternas
de reservação de água.
Pessoas que
estão com idade de curtir sua aposentadoria, não podem usufruir de seus
benefícios porque não conseguem contratar gente que os substitua. Empresas,
mesmo aqui na microrregião, não conseguem captar trabalhadores que tenham
vontade de aprender ofícios.
A sociedade e os
poderes constituídos, em todas as esferas, precisam cobrar resultados. Deputados
Federais e Senadores da República precisam diminuir o embate político e as
narrativas chatas que produzem e passar
a discutir a realidade da desocupação das pessoas. Por que não trabalham?
Quanto o assistencialismo tem prejudicado o desenvolvimento! Cada um precisa
fazer a sua parte, os pais mandando os filhos para a escola e exigindo deles
bom desempenho. As escolas estão disponíveis, as instalações, aqui no Sul e no
Sudeste, pelo menos, são adequadas e temos corpos docente e discentes
extraordinários. É tudo muita falação e pouca ação.
Bolsonaro
inelegível – O ex-Presidente levou de 5 a 2 no TSE e está inelegível por oito
anos. Com sua maneira esdrúxula de agir e falar, deu munição aos adversários e
ao Judiciário. Mas não me surpreendamos se, daqui a pouco, recuperar os
direitos políticos que lhe foram subtraídos. Assim foi com Luiz Inácio. Pode
acontecer com ele também.
Reforma
Tributária – Pelo que se ouve e vê, a reforma tributária não vai dar os
resultados que quem trabalha e produz espera. Alguns vão ganhar e outros vão
perder. Será que o Sul e o Sudeste vão continuar pagando o pato?
Antes tarde do que nunca – O período
climático adequado para o plantio de árvores nativas, exóticas ou frutíferas,
está em curso. Depois de muitas cobranças e sugestões, a Prefeitura de Joaçaba
executou o plantio de mudas nativas na área do Parque Central onde se situava a
arquibancada do antigo estádio Oscar Rodrigues Da Nova. Na parte dos gramados,
houve o plantio em anos anteriores. Para recuperar o tempo perdido, imagino
que, quando o verão chegar, haja irrigação regular onde foram introduzidas as
mudas, se não houver a ocorrência satisfatória das chuvas. As novas plantas
estão lá, identificadas. Além de todo o benefício ecológico-ambiental, servirão
para que as pessoas melhorem seus conhecimentos sobre nossa flora. O Parque
está muito bonito, é bem cuidado e conservado. Também é bem utilizado pela
população, de todas as idades, pelos que ali caminham e pelos que praticam
esportes. Dá para dar uma melhorada no embelezamento do parque e outros ponto
da cidade através do plantio de flores.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba SC
Em 07-07-2023
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