Faleceu, na sexta-feira, 05 de janeiro, o cidadão Apolônio Spadini, que foi prefeito eleito do município de Capinzal, em Santa Catarina, cumprindo seu mandato de 1973 a 1976. Na época, eu estudava em União da Vitória, PR e soube da notícia através de um parente dele. Spadini é nascido em 18 de abril de 1933, portanto faleceu aos 90 anos. Como político, foi vereador de 1970 a 1973, em Capinzal, elegendo-se prefeito em seguida, pelo MDB.
Apolônio Spadini iniciou sua trajetória política em Capinzal como vereador durante a 7ª Legislatura, tendo sido eleito 1º Secretário da Mesa Diretora em dois biênios. Adiante, foi assessor Legislativo e depois Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores de Capinzal, com importante participação na formulação da Lei Orgânica Municipal. Assessorou também outras Câmaras em municípios da microrregião, mesmo que informalmente. Grande conhecedor das lides da política e da administração pública, contribuiu grandemente com os dois poderes em Capinzal.
É inegável a importância política e empresarial de Spadini para o município de Capinzal. Egresso da iniciativa privada, foi colaborador da Zortéa Brancher SA - Compensados e Esquadrias. Também foi industrial, participando da empresa DÁgnoluzzo & Spadini, constituindo-se em habilidoso administrador e, sobretudo, um valorizador de seus funcionários. Seu maior legado para Capinzal foi ter implantado o SIMAE - Serviço Intermunicipal de Águas e Esgotos. O rol de projetos e programas em favor de seu município é muito vasto. Apoiou a Apae e a Cnec, e os clubes de serviço e esportivos.
Mas vou me referir ao "Seu Apolônio" como o respeitável cidadão que eu conheci em minha adolescência e que jogou futebol pelo Arabutã Futebol Clube e pela Associação Esportiva Vasco da Gama, no antigo estádio municipal, que constituiu sua família com a devoção de um pai carinhoso, caridoso e exemplar. Teve como filhos o saudoso Júnior, a Greice e o Gilson. Estes dois, meus colegas de trabalho, como professores, na Escola Prefeito Sílvio Santos, em Ouro. O Gilson foi meu aluno.
O maior atestado da sua capacidade intelectual e da grandeza como seu humano, conheci através do meu professor de Inglês e História, João Bronze Filho. Em 1968, quando eu estava na quarta série do ginásio, no Juçá Barbosa Callado, ele nos falou que o cidadão de melhor caráter e de infinita capacidade administrativa de nossa cidade era o senhor Apolônio Spadini.
Nunca revelei isso a ninguém, mas em tal conceito baseei minhas observações e considerações sobre o cidadão Apolônio, marido da gentil dama Terezinha, para quem, em 1970, eu lavava a Chevrolet Veraneio deles quando trabalhava no Posto Dambrós, em Ouro. Carregava as crianças loirinhas na Veraneio Amarela, e, com toda aquela educação que lhe era peculiar, Dona Terezinha deixava o veículo para que efetuássemos os serviços.
Apolônio Spadini foi gestor da CEAG-SC, predecessora do SEBRAE, e tivemos ótimas relações de negócios com ele ao final da década de 1980. Algumas vezes o visitei em sua casa, no Parque e jardim Ouro, e sempre fui recebido pelo casal com aquele padrão de cordialidade que lhe era peculiar.
Seus filhos, esposa e netos podem orgulhar-se do pai, esposo e avô Apolônio. Um cidadão do bem, pai exemplar, que merece nossas orações e nosso aplauso. Um casal sem vaidades, humilde. Ambos honestos, educados e generosos. Almas que combinaram perfeitamente por sete décadas. Afabilidade para com todos os semelhantes.
Descanse em paz, amigão Apolônio, espelho para quem quer fazer política com seriedade, competência e até devoção!
Carinhoso abraço em todos, da família Riquetti
Euclides Riquetti
09-01-2023
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