quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Um menestrel a cantar o amor

 


 


Um menestrel a cantar o amor


Situo-me numa profunda dimensão poética

Poeta liberal, não sigo nenhuma vã filosofia

Não me iludo com breves nuances de euforia

Nem me adapto a nenhuma profusão dialética.


Sou como a matiz consistente do jacarandá

O olor concentrado da essência do carvalho

Pelos ares eu voo e os meus versos espalho

E inspiro o doce perfume do fruto do araçá.


Talvez seja como o surdo sonoro do tambor

A nostálgica melodia romântica do violino

Um menestrel sem rumo a te cantar o amor.


Mas, firmemente, tenho claros os propósitos

De em teu coração ser permanente inquilino

Para teus tímpanos, ser um acorde melódico!


Euclides (Celito) Riquetti

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