Se me perco a te poetizar
Dou-te dos versos quentes
Saídos de meu coração.
Simplórios ou eloquentes
Sejam rimados ou não
Querem contigo poemar!
Se estão a te perturbar
Se te ferem com alto muro
Preto, cinza, azul ou alvo
E teu horizonte ficar escuro
Já não mais sereno e calmo
Tens razão em reclamar.
A selva de pedras impiedosa
Edificada no ganho do avaro
É algo que já não mete medo:
Tão certo como o dia é claro
Salvo me seja engano ledo
É coisa da sanha maldosa.
Um prédio de quatro andares
É algo pra se admirar.
Mas se for ele de quarenta
É um vilão a incomodar.
Isso nem o diabo aguenta
Tanto peso nos calcanhares!
Euclides Riquetti
28-08-2024
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