sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Militares: Eles estão voltando! Pelo voto popular...


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Militares: Eles estão voltando! Pelo voto popular...

       As eleições do último domingo me deixaram muito feliz. Vi muita muralha velha desabar, antigos castelos ruírem. Violas ensacadas e os músicos que regiam orquestras foram sendo mandados para casa ao final de domingo.  Gente nova no pedaço, ocupando os espaços de muitos que já deveriam ter sido banidos da política há muito mais tempo, principalmente os que se eternizaram no Poder, fazendo da política profissão e indo alojar-se no Senado, na Câmara e nas Assembleias Legislativas. No Senado, a cada quatro anos surgem duas vagas, e o mandato é para oito anos, uma baita zona de conforto.

       O avassalador resultado de Jair Bolsonaro para Presidente da República no primeiro turno já era esperado. Seu discurso propondo segurança e disciplina para as famílias, a libertação das pessoas do foco ideológico e o verdadeiro combate à corrupção são fatores mais fortes do que tudo o que veio sendo proposto no período pós-revolução de 1964. E os números mostram que seu discurso vai além do que as pessoas comuns entendem: militares e policiais militares foram eleitos em todos os estados aos diversos cargos.

       Em Santa Catarina, o jovem Comandante Moisés, candidato a Governador, surpreendeu a todos, fazendo os institutos de pesquisa passarem vergonha. E também os tais de cientistas e comentaristas políticos, que não querem admitir a verdade e a lição das urnas. Estão tentando fazer uma transição de seus discursos, adaptando-se à nova realidade, mas ainda muito presos aos seus costumes, tão viciados quanto o discurso dos corruptos que se assenhoraram do Poder e do dinheiro dos brasileiros nas últimas três décadas. MDB, PT e PSDB encolheram. Abrigam, assim como o PP e o PTB, velhas e ultrapassadas personagens da política brasileira.

       Os brasileiros mandaram para casa Dilma Rousseff, que foi salva por Ricardo Levandowski e Renan Calheiros. Lindenberg Farias, propineiro do Rio de Janeiro. Eduardo Suplicy, o mais idealista dos petistas, ao meu ver um homem muito sério, que pagou pelo histórico ruim de seu partido. Eunício Oliveira, Jáder Barbalho, Delcídio do Amaral, Beto Richa e Roberto Requião, gente de Norte a Sul que precisa refletir sobre seu histórico pessoal, em que o oportunismo e o discurso fácil sempre estiveram muito presentes. Apenas Renan Calheiros safou-se, pela sua esperteza e oportunismo.

       Em Santa Catarina, Jorginho Melo e Esperidião Amin foram eleitos para o Senado. Dois políticos experientes, habilidosos, que o eleitor reconhece como pessoas íntegras e bem intencionadas. Jorginho Melo, com sua humildade, seu carisma, coragem e habilidade, chegou lá. O maior contingente de votos para um político da região de Joaçaba. Ambos poderão ajudar muito nosso Estado. Jorginho faria ainda mais votos se não tivesse sido prejudicado pelos institutos de pesquisa, que o listavam em quinto ou sexto lugar, mas que deixou pra trás Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Ideli Salvatti.

       O segundo turno é outra eleição. Mas dificilmente a tendência, a curva positiva de Bolsonaro será invertida. Mesmo o Comandante Moisés tem tudo para ser governador de Santa Catarina. O seu PSL elegeu seis deputados estaduais e quatro federais, gente desconhecida, mas com credibilidade.  Ainda, quase um senador em nosso Estado. O Tsunâmi Bolsonaro ajudou os brasileiros a se livrarem de caminhonadas de entulhos que vinham obstruindo a passagem do progresso brasileiro. Os militares estão voltando, pela legitimidade dos votos que vêm conquistando!

Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC – www.blogdoriquetti.blogspot.com



       Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba - SC - em 12-10-2018

Um comentário:

  1. Hitler também subiu pelo voto popular (...). Acreditar em Bolsonaro e nos militares é uma tremenda quimera.
    Para mim ele representa a banalidade do mal. As maiores barbaridades pregadas por este cidadão hoje, parecem normais á sociedade.
    Como disse Jessé Souza: "o líder fascista sem discurso e sem argumentos é o profeta perfeito das massas destituídas em todas as dimensões da vida"
    Das duas uma: eu ou a sociedade estamos doentes. Não é possível!

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