Militares: Eles estão voltando! Pelo voto popular...
As eleições do
último domingo me deixaram muito feliz. Vi muita muralha velha desabar, antigos
castelos ruírem. Violas ensacadas e os músicos que regiam orquestras foram
sendo mandados para casa ao final de domingo. Gente nova no pedaço, ocupando os espaços de
muitos que já deveriam ter sido banidos da política há muito mais tempo,
principalmente os que se eternizaram no Poder, fazendo da política profissão e
indo alojar-se no Senado, na Câmara e nas Assembleias Legislativas. No Senado, a
cada quatro anos surgem duas vagas, e o mandato é para oito anos, uma baita
zona de conforto.
O avassalador
resultado de Jair Bolsonaro para Presidente da República no primeiro turno já
era esperado. Seu discurso propondo segurança e disciplina para as famílias, a
libertação das pessoas do foco ideológico e o verdadeiro combate à corrupção
são fatores mais fortes do que tudo o que veio sendo proposto no período
pós-revolução de 1964. E os números mostram que seu discurso vai além do que as
pessoas comuns entendem: militares e policiais militares foram eleitos em todos
os estados aos diversos cargos.
Em Santa
Catarina, o jovem Comandante Moisés, candidato a Governador, surpreendeu a
todos, fazendo os institutos de pesquisa passarem vergonha. E também os tais de
cientistas e comentaristas políticos, que não querem admitir a verdade e a
lição das urnas. Estão tentando fazer uma transição de seus discursos,
adaptando-se à nova realidade, mas ainda muito presos aos seus costumes, tão
viciados quanto o discurso dos corruptos que se assenhoraram do Poder e do
dinheiro dos brasileiros nas últimas três décadas. MDB, PT e PSDB encolheram.
Abrigam, assim como o PP e o PTB, velhas e ultrapassadas personagens da
política brasileira.
Os brasileiros
mandaram para casa Dilma Rousseff, que foi salva por Ricardo Levandowski e
Renan Calheiros. Lindenberg Farias, propineiro do Rio de Janeiro. Eduardo
Suplicy, o mais idealista dos petistas, ao meu ver um homem muito sério, que
pagou pelo histórico ruim de seu partido. Eunício Oliveira, Jáder Barbalho,
Delcídio do Amaral, Beto Richa e Roberto Requião, gente de Norte a Sul que
precisa refletir sobre seu histórico pessoal, em que o oportunismo e o discurso
fácil sempre estiveram muito presentes. Apenas Renan Calheiros safou-se, pela
sua esperteza e oportunismo.
Em Santa
Catarina, Jorginho Melo e Esperidião Amin foram eleitos para o Senado. Dois
políticos experientes, habilidosos, que o eleitor reconhece como pessoas
íntegras e bem intencionadas. Jorginho Melo, com sua humildade, seu carisma,
coragem e habilidade, chegou lá. O maior contingente de votos para um político
da região de Joaçaba. Ambos poderão ajudar muito nosso Estado. Jorginho faria
ainda mais votos se não tivesse sido prejudicado pelos institutos de pesquisa,
que o listavam em quinto ou sexto lugar, mas que deixou pra trás Raimundo
Colombo, Paulo Bauer e Ideli Salvatti.
O segundo turno
é outra eleição. Mas dificilmente a tendência, a curva positiva de Bolsonaro
será invertida. Mesmo o Comandante Moisés tem tudo para ser governador de Santa
Catarina. O seu PSL elegeu seis deputados estaduais e quatro federais, gente
desconhecida, mas com credibilidade. Ainda, quase um senador em nosso Estado. O
Tsunâmi Bolsonaro ajudou os brasileiros a se livrarem de caminhonadas de
entulhos que vinham obstruindo a passagem do progresso brasileiro. Os militares
estão voltando, pela legitimidade dos votos que vêm conquistando!
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela, de Joaçaba - SC - em 12-10-2018
Hitler também subiu pelo voto popular (...). Acreditar em Bolsonaro e nos militares é uma tremenda quimera.
ResponderExcluirPara mim ele representa a banalidade do mal. As maiores barbaridades pregadas por este cidadão hoje, parecem normais á sociedade.
Como disse Jessé Souza: "o líder fascista sem discurso e sem argumentos é o profeta perfeito das massas destituídas em todas as dimensões da vida"
Das duas uma: eu ou a sociedade estamos doentes. Não é possível!