Soltam-se a flutuar as folhas de plátanos exuberantes
Que, em tons multicores outonais cingem a paisagem
Se os verdes cedem o lugar aos alaranjados vicejantes
Os avermelhados se sobrepõem e lhe dão passagem...
Se, no verão, nos oxigenam com os refrescantes ares
Depois do rebrotar nos meses da cândida primavera
Elas sombrearão todos os gramados de jardins e lares
Que enfeitam e presenteiam com inefável quimera...
E, sobretudo, atiçam nossas lembranças infindáveis
Remetem-nos a render-nos aos seus encantos mil
Fascinam-nos com os cenários mais inimagináveis.
Oh, singelo redesenhar dos mais bucólicos sonhares
Singelo acalentar do sentimento mais puro e sutil
Plátanos multicores plantados em celestiais altares!
Euclides Riquetti
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