domingo, 15 de novembro de 2020

Eleições 2020 - A importância do voto das mulheres

 




       No Brasil, as próprias mulheres não têm o hábito de votar em candidatas mulheres. Uma pena, pois a mulher, em termos de política, é muito mais confiável do que o homem. E isso não é machismo, não é feminismo, nem é demagogia. A realidade e as estatísticas dos pleitos falam por si. 

       Aqui no Baixo Vale do Rio do Peixe, poderemos ter surpresas. Após as eleições, vou fazer uma breve análise, nos dias que haverão de seguir, sobre as conquistas das mulheres. Poderemos ter surpresas. Em Ouro, onde fui prefeito, eleito em 15 de novembro de 1988, aos 35 anos, o quadro poderá ser  animador para as mulheres. Tenho em conta que de umas quatro candidatas com chances de chegar, se não forem eleitas, ao menos ficarão na primeira ou segunda suplência, o que poderá abrir-lhes as portas para, vez por outra, substituírem algum de eleito de seu respectivo partido. 

       Em Joaçaba, temos atualmente uma vereadora titular na Câmara, e o ideal seria que que o número aumentasse, pelo menos para duas ou três legisladoras. Quatro dos atuais vereadores, três homens e uma mulher, buscam a reeleição em Joaçaba. Como há 5 vagas garantidas para novos vereadores, ou a recondução de algum que tenha sido vereador no passado, as chances são muitas. Seria muito fácil para elas se as mulheres votassem em candidatas mulheres. 

       De qualquer forma, na nossa microrregião, temos uma eleição sem conflitos, a maioria dos candidatos está fazendo uma campanha boa, mas a maioria apenas razoavelmente organizada. Em cidades com menos de 30.000 habitantes, o voto pedido presencialmente conta muito mais do que o solicitado em redes sociais. Coma pandemia, os mais conhecidos acabam favorecidos, pela impossibilidade de organização de reuniões.

       A todos, mulheres ou homens, indistintamente, boa sorte. E não se esqueçam de atender às expectativas de seus eleitores se eleitos forem.


Euclides Riquetti

15-11-2020





Um comentário:

  1. fazendo uma pesquisa superficial, vemos que essa conquista remonta à proclamação da República (1889). Porém, a instituição do voto feminino se deu a partir de uma reforma no Código Eleitoral, com a assinatura do Decreto 21076, de 24 de fevereiro de 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas.
    Apesar de tudo, o Brasil pode ser considerado pioneiro nesta questão. Os problemas das mulheres, não só no Brasil, veio gradativamente melhorando. Ainda temos muito o que evoluir, por exemplo, a questão do aborto, de gênero... O problema do Brasil são os quase 400 anos de escravismo, da mulher também. Apesar dos pesares, a Igreja que sempre foi um freio nesta evolução, tem na figura de Francisco uma luz que nos guia. Quem poderia imaginar tudo o que está acontecendo hoje nos tempos de João Paulo II e Bento XVI?
    A propósito, no último trecho do teu comentário: "na nossa microrregião temos uma eleição sem conflitos,,." Então me lembrei que há alguns dias atrás andei pesquisando sobre candidatos a este pleito de vários município inclusive dessa microrregião. Quando analisei Joaçaba levei um susto porque cem por cento dos candidatos eram de centro direita, esquerda nem pensar. Que sociedade é essa que exclui alegremente os diferentes? Imediatamente me lembrei da mídia que diariamente nos retira a condição de questionar. É o tal do pensamento único.
    Por fim me lembrei da conversa entre o gaúcho e o mineiro, mais ou menos assim:
    - O gaúcho: bah tchê, no Rio Grande do Sul, só tem macho.
    - O mineiro: uai sô, em Minas tem metade macho e metade fêmea, e óia que ninguém reclama uai.
    Ás vezes tudo o que parece perfeito para mim, sob o ângulo de outras pessoas é muito diferente.
    Para pensar.






































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