A sem-vergonhice
está presente no universo público e no privado também. Em todo o mundo, há os
aproveitadores e os desonestos. Mas há também os justos e honestos. Em alguns
países, inclusive no Brasil, a prática de atos ilícitos é recorrente. A última
delas, vem por conta de Milton Ribeiro, Ministro da Educação, que foi indicado
pelas forças políticas evangélicas. Tenho em meu pensamento que a grande
maioria dos evangélicos são pessoas de bem. Assim como os católicos. Porém, num saco sempre poderão haver algumas
cebolas podres...
Os noticiários
têm-se dividido, nos últimos dias, em três enfoques: guerra da Rússia contra a
Ucrânia, alta dos preços dos combustíveis e a liberação de recursos do Ministério
da Educação para alguns municípios, através da interveniência de dois pastores,
mediante a cobrança de propinas. O Ministro da Educação, num evento, em seu
pronunciamento, falou que daria prioridade aos pedidos do “Pastor Gilmar”, a
pedido do Presidente Bolsonaro. Vazada a informação, passou a assumir a autoria
da fala, colocando Bolsonaro de lado. Gilmar Santos e Arilton Moura são dois
pastores que têm livre acesso ao Ministro da Educação e organizam a agenda dos
pastores e políticos evangélicos junto ao Ministro. O Ministro deve pedir
demissão ou será demitido. Não há como isso não acontecer. A prática é a mesma
que a realizada em governos anteriores, sempre com o privilégio aos
“simpatizantes” do presidente-em-chefe. Conheço muito bem a prática, inclusiva
aquela frase famosa, mas ridícula: “Aos amigos, o bônus; aos inimigos, o
“ônus”. Convivi com centenas de políticos e conheço bem as suas práticas. E,
muitas vezes, fui deixado de lado por não concordar e ainda condenar todas
elas.
Um desses, costumava
realizar reuniões na microrregião e dizia: “Eu sou pragmático, um político de
resultados”. Era de meu partido, entrei em conflito com meus companheiros, não
aceitei fazer projetos dentro da filosofia recomendada, bati de frente e acabei
sendo rejeitado pelo grupo. Mas o tempo mostrou-nos quem estava com a razão...
A repercussão do havido com o Ministro da Educação é grande, o fato precisa ser
investigado pela Justiça. Os políticos são muito suspeitos até de opinarem.
Quanto à Guerra,
em todo os momentos temos fatos novos e novas narrativas, dos três ou quatro
lados, Putin, Biden, Zelensky e Otan. Mas o fato verdadeiro é que pessoas
inocentes estão morrendo. Quanto à Economia, sofre abalos, mas o tempo resolve
tudo isso. Só não repõe as vidas perdidas.
Enganação e
traquinagem: Saí da cidade para o litoral e, na viagem, vou observando as
coisas, onde me embaso para escrever algo mediante o que vejo e sinto. A
enganação e a traquinagem estão presentes em todos os lugares. Fora daqui, a coisa
é bem pior. Na defesa ao consumidor, contamos com o bom trabalho do Julinho do
Procon. Está sempre atento, vai a campo, informa a população de forma bastante
didática. Nunca tive problemas com a qualidade da gasolina que compro aqui em
Joaçaba e cidades próximas. Mas, no litoral, já amarguei experiências
inesquecíveis. Na região próxima à BR 101, na BR 470, enchi o tanque do carro
com gasolina aditivada, num posto de bandeira desconhecida, mas cujo preço era
o mesmo que o das bandeiras famosas. Imaginei que o preço refletisse a
qualidade. Uma centena quilômetros
depois, a verificação, em oficina especializada, de problemas na injeção
eletrônica. Incomodei-me na viagem toda. Numa peixaria bem conceituada, comprei peixes em postas. Quando
do descongelamento, o peso veio para a metade.
Na praia de
Canasvieiras, havia aqueles vendedores ambulantes credenciados pela Prefeitura
de Florianópolis. O mercado é livre e a gente aceita a lei da oferta e da
procura, isso é normal na relação entre quem vende e quem compra. Um carrinho
em determinada localização, vendia peças de roupas a vinte reais. Duzentos
metros adiante, num local mais movimentado, com mais compradores, as peças
custavam vinte e cinco reais. Em questão de minutos, o vendedor sobe numa cadeira,
pega um canetão vermelho, e escreve R$ 35,00 sobre os R$ 25,00, sem sequer ter
o cuidado de apagar o valor que ficou por baixo. Uma espiga de milho, que no
mercado era vendida a um real e quarenta centavos, na praia, sendo vendida a
dez reais. No verão anterior, eram cinco reais. Compra quem quer!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - sc
Em 25-03-2022
É, seu Euclides, não sei por que, mas ao ler teu artigo, como num passe de mágica, volto ao ano de 1964. Estamos no quinto ano e numa aula de historia, ministrada pela saudosa professora Lorena Moraes.
ResponderExcluirO assunto é a Doutrina Monroe que em sua essência diz: " A América para os americanos". A professora aplaudiu essa afirmativa. Eu, na época, confesso que não entendi muito bem. Ficou no subconsciente e só depois fui entendendo aos poucos.
Meu pai era ferroviário e nós, por óbvio, éramos janguistas.
Sua defesa dos trabalhadores, a pretensa reforma agrária e outras ideias mais fizeram com que o Império, com a ajuda de nossas elites, o derrubassem. DOUTRINA MONROE NELES - "A América para os americanos".
Eu, apesar da idade, acompanhava todos os movimentos, pelas rádios de Porto alegre, especialmente pela Guaíba -, a renúncia de Jânio (25/8/1961), a resistência de Brizola apoiado pelo III Exercito e a posse de João Goulart contra a vontade das elites e das Forças Armadas.
Faço esse preâmbulo para dizer que todas as nossas mazelas estão de uma forma ou de outra ligadas a imperialismo americano e às nossa elites colonizadas.
O ladrão maior sempre foi o império com o apoio de nossas elites políticas, econômicas, judiciárias e meios de comunicação. Todos eles entram como sócios menores nesse assalto Os desmandos e os roubos têm nessa causa sua principal agravante, o resto é varejo.
No golpe à Dilma em 2016, em um diálogo, Jucá disse mais ou menos isso: "Ou tiramos Dilma ou nos lascamos todos... precisamos fazer um pacto com temer, com o STF com tudo..." Dali até o asqueroso bolsonaro com o apoio das Forças Armadas, todas sabemos no que deu. Ainda tem a Operação Lava Jato do sergio moro que simplesmente destruiu a nação.
Cito esses fatos para comprovar nossas aflições e medos.
Entregamos aos donos do mercado nossas riquezas agrícolas, petróleo, minérios, águas, terras e florestas e como contrapartida ficamos com o desemprego, a fome, a miséria...
Hoje importamos gasolina, insumos agrícolas... pois as refinarias e as fábricas de adubos já não são nossas.
Em out/22 podemos optar: continuar aceitando esse neoliberalismo espúrio ou tentar recuperar a soberania.
Tudo está em nossas mãos.
Na guerra da Ucrânia não vejo quatro atores, vejo apenas dois:
O Império, desesperado, tentando encurralar a Rússia e esta tendo que se defender.
Fazem 15 anos que a Rússia vem dizendo aos EUA e a OTAM que não admitirá a Ucrânia na OTAN nem que forças estranhas encostem em seu território. Tudo em vão, de acordo com o jogo conveniente do Império. Trata-se da continuação da Guerra Fria.
OTAM e Ucrânia são apenas instrumentos na mão dos "Hegêmosnas".
O Orçamento Secreto deste desgoverno é uma das grandes razões daquilo que não queremos.
A propósito, recomendo a leitura de: Vida, pasión y resurrección
Golpe de estado y resistencia popular - Bolívia 2018-2020
Eduardo Paz Rada
Está livre para baixar no site Rebelión.
Imagino, pelas suas ideias, que não terá interesse...será uma pena porque independentemente de ideologias, aquilo que está ali, é a pura verdade e explica detalhadamente o que digo neste comentário.
O comentário ficou daquele tamanho e olha que me contive... Perdão.