O espinho da roseira feriu o dedo curioso
Da dama mulher deliciosamente delicada
E dele emergiu um elemento encarnado
Enquanto o céu se tingia de azul, dengoso
Na manhã morna, divinamente abençoada.
A dor do ferimento pareceu amenizada
Diante de um olhar protetor que vigiava
De um jovem moço gentil e reservado.
Então a bela moça de feição redesenhada
Era apenas um anjo que por ali passava.
Porém, vieram os brotos rubros vicejantes
Presente a compensar a dor do ferimento
E reina no céu o sol discreto, mas dourado.
Nos quartos, deliram em uivos os amantes
Externam seus instintos e sentimentos!
Euclides Riquetti
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