domingo, 23 de julho de 2023

Quem diz o que quer, ouve o que não quer!




 

Quem diz o que quer, ouve o que não quer!

       O episódio sucedido no aeroporto de Roma, em que uma família de brasileiros teria ofendido,  e houve suposta agressão a familiares do Ministro do Superior Tribunal Federal , STF, Alexandre de Moraes, tem ocupado os maiores espaços no meio televisivo dos últimos dias. Isso era previsível, embora seja ato condenável. Mas vou na tão difundida máxima de que “quem diz o que quer, ouve o que não quer” Outros ministros do STF já levaram chumbo verbal grosso em outras ocasiões. Parte da população brasileira os classifica como os “deuses da toga”!

       Os salários dos trabalhadores públicos brasileiros têm como teto os vencimentos dos Ministros do STF. Vejamos por uma lógica da hierarquia financeira: Não teria que ser o de Presidente da República o salário maior? E, depois, num segundo nível, o dos supremos magistrados, presidentes de Câmara e Senado, para, a partir de um terceiro, todos os demais?

       Os togados supremos têm participado de eventos pelo mundo, nós sabemos disso. Nessas ocasiões, manifestam suas posições profissionais (jurídicas), pessoais e políticas. É uma forma de exposição que não os ajuda em nada, apenas a angariar inimigos. Sou daqueles que o ser humano precisa ser respeitado, não pode ser agredido nem fisicamente, nem verbalmente. Mas, à medida que pessoas têm comportamentos radicais, acabam, angariando desafetos. É o caso!

       O Ministro João Carlos Barroso, num evento da UNE – União Nacional dos Estudantes -  falou: -  “nós derrotamos o bolsonarismo”. Coisa ridícula, mostra que é ativista político, altamente tendencioso. E isso é totalmente condenável. Recebeu uma saraivada de críticas e nem seus pares lhe deram apoio. Um juiz precisa ter muito cuidado com o que diz. Aliás, nós todos temos que ter um mínimo de cautela. As contendas entre políticos são ridículas. Imagine, então,  a gravidade de seres em que a população precisa confiar, andarem se metendo com política, partidária ou ideológica!

As escolas cívico-militares – O Governo Bolsonaro implantou um programa de escolas que foi alcunhado como “Cívico-Militares”. O atual, que é composto por adeptos, em sua grande maioria, por antimilitaristas, tratou de acabar com o programa. Passaram a defender a ideia e arrumaram confusão. Lula, que é bem mais esperto que eles, disse que o programa pode continuar nos estados e municípios, desde que os mesmos arquem com as despesas. Vários governadores vão manter o programa. O Ministro da Educação veio com aqueles floreios todos, falando em conjunto de ações para melhorar a educação, etcetera e tal. Falácias estamos ouvindo há umas quatro décadas. E os resultados, tanto de um lado como do outro, têm sido péssimos. A ideias das escolas cívico-militares tinha o cunho de que fossem oferecidas (agora a moda é dizer ”ofertadas”!) escolas em que a disciplina tivesse grande importância. Todos sabemos que a bagunça está instalada na  grande maioria das escolas, com alunos desrespeitando professores, diretores e colegas. Nenhum ser normal pode concordar com o que vem acontecendo.

       Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Jorginho Melo, de Santa Catarina, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, já se manifestaram que vão bancar o programa em seus estados. Aquele ex-big brother,  que renunciou ao cargo de Deputado Federal e se ausentou do País, criticou Eduardo Leite, falando das opções sexuais de ambos, e de que o Governador do Rio Grande do Sul teria pisado na bola. Ora, há uma grande diferença entre um executivo que foi eleito, num estado conservador, mesmo que tenha suas opções pessoais diferentes do que a maioria tem, e um merda que ficou famoso dizendo bobagens na televisão, aplaudido por gente que não tem muito discernimento da realidade.

       Sessões Legislativas Descentralizadas – Algumas câmaras municipais têm tido o hábito de realizarem algumas de suas sessões legislativas ordinárias em bairros e comunidades rurais. Ouro tem sido um dos pioneiros e isso tem acontecido por lá. Na segunda, 17, fui convidado a participar de uma sessão na comunidade de Pinheiro do Meio. Lá, representei a administração 1977/1992, que era exercida por Ivo Luiz Bazzo e Sérgio Riquetti, ambos in memorian. Em 25 de julho de 1981, inauguramos o primeiro Ginásio de Esportes em comunidade rural daquele município, com a realização da Primeira Festa do Colono, hoje o maior evento de negócios de Ouro. Dos que me secundaram na época, Avelino Masson e Albino Colombo também foram homenageados. Ivo Luiz Bazzo foi representado pela filha Ione Bazzo Dambrós e a Epagri pela extensionista da época, Sônia Mônica Webber Durigon, a criadora do Café Colonial. Festa e Ginásio foram o embrião de um bem sucedido projeto que evoluiu no decorrer dos anos.

       As reuniões da Câmara fora do ambiente convencional permitem que representantes das comunidades se manifestem e reivindiquem, ou sugiram ações para que o município desenvolva aquelas  de que as comunidades precisam. Parabéns, vereador Diego Baretta, Presidente da Câmara Municipal, pelo seu dinamismo e a habilidade com que lidera dos trabalhos legislativos em Ouro!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriqquetti.blogspot.com

 

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