Quem diz o que quer, ouve o que não quer!
O episódio sucedido no aeroporto de
Roma, em que uma família de brasileiros teria ofendido, e houve suposta agressão a familiares do
Ministro do Superior Tribunal Federal , STF, Alexandre de Moraes, tem ocupado
os maiores espaços no meio televisivo dos últimos dias. Isso era previsível,
embora seja ato condenável. Mas vou na tão difundida máxima de que “quem diz o
que quer, ouve o que não quer” Outros ministros do STF já levaram chumbo verbal
grosso em outras ocasiões. Parte da população brasileira os classifica como os
“deuses da toga”!
Os salários dos trabalhadores públicos
brasileiros têm como teto os vencimentos dos Ministros do STF. Vejamos por uma
lógica da hierarquia financeira: Não teria que ser o de Presidente da República
o salário maior? E, depois, num segundo nível, o dos supremos magistrados,
presidentes de Câmara e Senado, para, a partir de um terceiro, todos os demais?
Os togados supremos têm participado de
eventos pelo mundo, nós sabemos disso. Nessas ocasiões, manifestam suas
posições profissionais (jurídicas), pessoais e políticas. É uma forma de
exposição que não os ajuda em nada, apenas a angariar inimigos. Sou daqueles
que o ser humano precisa ser respeitado, não pode ser agredido nem fisicamente,
nem verbalmente. Mas, à medida que pessoas têm comportamentos radicais, acabam,
angariando desafetos. É o caso!
O Ministro João Carlos Barroso, num
evento da UNE – União Nacional dos Estudantes -
falou: - “nós derrotamos o
bolsonarismo”. Coisa ridícula, mostra que é ativista político, altamente
tendencioso. E isso é totalmente condenável. Recebeu uma saraivada de críticas
e nem seus pares lhe deram apoio. Um juiz precisa ter muito cuidado com o que
diz. Aliás, nós todos temos que ter um mínimo de cautela. As contendas entre
políticos são ridículas. Imagine, então, a gravidade de seres em que a população
precisa confiar, andarem se metendo com política, partidária ou ideológica!
As escolas
cívico-militares – O Governo Bolsonaro implantou um programa de escolas que foi
alcunhado como “Cívico-Militares”. O atual, que é composto por adeptos, em sua
grande maioria, por antimilitaristas, tratou de acabar com o programa. Passaram
a defender a ideia e arrumaram confusão. Lula, que é bem mais esperto que eles,
disse que o programa pode continuar nos estados e municípios, desde que os
mesmos arquem com as despesas. Vários governadores vão manter o programa. O
Ministro da Educação veio com aqueles floreios todos, falando em conjunto de
ações para melhorar a educação, etcetera e tal. Falácias estamos ouvindo há umas
quatro décadas. E os resultados, tanto de um lado como do outro, têm sido
péssimos. A ideias das escolas cívico-militares tinha o cunho de que fossem
oferecidas (agora a moda é dizer ”ofertadas”!) escolas em que a disciplina
tivesse grande importância. Todos sabemos que a bagunça está instalada na grande maioria das escolas, com alunos
desrespeitando professores, diretores e colegas. Nenhum ser normal pode
concordar com o que vem acontecendo.
Tarcísio de Freitas, de São Paulo,
Jorginho Melo, de Santa Catarina, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, já se
manifestaram que vão bancar o programa em seus estados. Aquele ex-big
brother, que renunciou ao cargo de
Deputado Federal e se ausentou do País, criticou Eduardo Leite, falando das
opções sexuais de ambos, e de que o Governador do Rio Grande do Sul teria pisado
na bola. Ora, há uma grande diferença entre um executivo que foi eleito, num
estado conservador, mesmo que tenha suas opções pessoais diferentes do que a
maioria tem, e um merda que ficou famoso dizendo bobagens na televisão,
aplaudido por gente que não tem muito discernimento da realidade.
Sessões Legislativas Descentralizadas –
Algumas câmaras municipais têm tido o hábito de realizarem algumas de suas
sessões legislativas ordinárias em bairros e comunidades rurais. Ouro tem sido
um dos pioneiros e isso tem acontecido por lá. Na segunda, 17, fui convidado a
participar de uma sessão na comunidade de Pinheiro do Meio. Lá, representei a
administração 1977/1992, que era exercida por Ivo Luiz Bazzo e Sérgio Riquetti,
ambos in memorian. Em 25 de julho de 1981, inauguramos o primeiro Ginásio de
Esportes em comunidade rural daquele município, com a realização da Primeira
Festa do Colono, hoje o maior evento de negócios de Ouro. Dos que me secundaram
na época, Avelino Masson e Albino Colombo também foram homenageados. Ivo Luiz
Bazzo foi representado pela filha Ione Bazzo Dambrós e a Epagri pela
extensionista da época, Sônia Mônica Webber Durigon, a criadora do Café
Colonial. Festa e Ginásio foram o embrião de um bem sucedido projeto que
evoluiu no decorrer dos anos.
As reuniões da Câmara fora do ambiente
convencional permitem que representantes das comunidades se manifestem e
reivindiquem, ou sugiram ações para que o município desenvolva aquelas de que as comunidades precisam. Parabéns,
vereador Diego Baretta, Presidente da Câmara Municipal, pelo seu dinamismo e a
habilidade com que lidera dos trabalhos legislativos em Ouro!
Euclides Riquetti –
Escritor – www.blogdoriqquetti.blogspot.com
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