Davi Cardoso, consagrado ator brasileiro, Aderbal Gaspar Meyer (cinegrafista, meu amigo), Celso Farina, saudoso Prefeito de Capinzal, PELÉ, Euclides Riquetti (então Prefeito em Ouro), Ronaldo de Oliveira (Inspeção Federal), Ademir Pedro Belotto (radialista da Rádio Capinzal)
Futebol: A bola é redonda igualmente para todos – A eliminação da seleção brasileira de futebol na segunda fase da Copa América, na cobrança de penalidades após o empate sem gols no tempo de jogo, contra o Uruguai, não é mais surpresa para ninguém. Pior é que não teremos nossa seleção olímpica jogando nas Olimpíadas de Paris, em poucas semanas. Estamos ficando piores do que já fomos? – Não! Muitos fatores podem ser considerados na análise da questão: os esportes, de uma maneira geral, evoluíram no mundo, e os praticantes igualmente. No futebol, o Brasil continua na mesma!
A bola continua
igual para todos. Muito mais leve e macia, porém. Já não se utiliza aquele
couro de boi bem curtido que, mesmo pintado, encharcava facilmente o balão de couro. Nos cabeceios, nos doía a
cabeça. Para os goleiros, eram dores nas mãos ou nos braços. Para os
chutadores, que calçavam aquelas chuteiras pesadas e de couro duro, as dores
nos pés. Todas elas pretas, algumas com frisos irrelevantes na cor branca. E,
para os jogos seguintes, o treinador ou algum abnegado passava um pincel de tinha
branca por sobre aquele couro para eu parecesse nova. Fiz isso quando fui
dirigente dos veteranos do Arabutã, em Capinzal e Ouro. Aprendi com o saudoso
Valdomiro “Cascudo” Corrêa, meu treinador por duas décadas.
Quantas vezes os
caminhões dos bodegueiros de cada comunidade levavam os times para jogar em
outras! Cada jogador pagava sua parte e algumas crianças iam de graça. Para
jogos em outras cidades, fretavam ônibus. Os ternos de uniformes duravam até
duas dezenas de anos, não havia
patrocinadores. Mas houve a evolução em todos os sentidos, tanto nas equipes
profissionais quanto nas amadoras.
Hoje as bolas,
as caneleiras, as chuteiras e as luvas dos goleiros são confeccionadas com
materiais sintéticos, os cabelos dos jogadores se colorem conforme as suas
preferências, as tatuagens se distribuem pelos braços, pescoço, pernas e
sabe-se lá por quais outras partes do corpo. Fala-se em velocidade como se isso
fosse tudo de que um jogador precisa. Não temos a genialidade de Pelé e Tostão,
a ginga de Garrincha, a precisão dos chutes de Didi, a esperteza e o sentido de
colocação de Romário, a habilidade de Zico, o ímpeto e a precisão dos chutes de
Roberto Dinamite e Rivelino, a manha de Ronaldinho Gaúcho ou a explosão de
Ronaldo Nazário, o fenômeno. Os salários dos atletas mais antigos são risíveis
se comparados aos absurdos que são pagos para os jogadores da atualidade.
Mas os vídeos
dos jogos se espalharam pelo mundo, os jogadores da África, da Ásia e das
Américas veem as jogadas e aprendem, os preparadores físicos sabem da força e
da resistência que os jogadores precisam ter, os aparelhos para a preparação
atlética e as informações sobre o modo de jogar dos adversários igualam-se aos dos clubes mais tradicionais.
Bem que
gostaríamos de ver nossas seleções nas decisões e ganhando títulos, mas a
realidade é outra. Agora, tudo é narrativa, é mídia, é dinheiro, é luxo e
conforto. Coisa que nossos atletas olímpicos só veem à distância!
A regulamentação
da Reforma Tributária
– Todos têm razão e ninguém tem razão! O
Governo tem as posições do Presidente e as da Equipe Econômica. Os Senadores e
os Deputados Federais as suas. Os empresários do comércio, os industriais e os
agropecuaristas, os montadores de automóveis, os armeiros, as farmacêuticas e os açougueiros têm as suas. Tudo foi deixado
para os últimos dias de trabalho do Congresso Nacional antes do recesso
parlamentar. Aí temos também o protagonismo do Judiciário, as desavenças políticas,
a divisão do Brasil em direita e esquerda, em pretos e brancos, em pobres e
ricos. É assim mesmo, mas não deveria ser. E tudo em nome da democracia...
O aumento da gasolina e do gás de cozinha
– Escrevi na semana passada sobre a ´possibilidade e as evidências dos aumentos
dos combustíveis. Nossa semana começou com a Petrobras anunciando reajustes,
para as distribuidoras, nos preços da gasolina e do gás de cozinha: R$ 0,20 (ou
7,11%) para a gasolina, e 9,6% para o
gás. Então, perguntar não ofende, né? :
- Aumento do dólar causa ou não aumento dos combustíveis?
Euclides Riquetti – Escritor –
www.blogdoriquetti.blogspot.com
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC
Em 11-07-2024
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