quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Como as últimas chuvas de outono

 


 



Chove! São, do outrono, as chuvas derradeiras

Que descem do céu, copiosamente, ligeiras

Vão buscar os vales, vão em direção aos mares.

Que molham as frutas dos pomares

Das jaboticabas, caquizeiros e laranjeiras!


Chove, intensamente...

E talvez eu já não tenha mais pecados

A serem lavados!

Mas chove! Talvez que sejam as lágrimas do choro

Dos abalos, dos sustos, dos incômodos.


Chove, incessantemente...

E minha mente viaja para o passado distante

Paara os tempos da juventude galante

Livre e...livremente

Viaja no tempo, triunfante!


Mas o sol haverá de voltar

Trazendo toda a sua força e energia

Reanimando-me com seu simples brilhar

Porque, espero, efusivamente que venha

Para me reenergizar!

Euclides Riquetti

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