A tarde de segunda-feira prenunciava o advento de desastres climáticos aqui na região de Joaçaba, no Vale do rio do Peixe, Meio-Oeste de Santa Catarina. Na noite anterior, violenta chuva de granizo atingira as cidades de Capinzal, Ouro e imediações. Aqui, ondas de calor e ar fresco se misturavam na atmosfera de ar abafado por aqui. Comentei com pessoas sobre situações assim que, em outras épocas, ocasionaram eventos climáticos adversos com consequência muito graves aqui no Sul do Brasil.
Por precaução, até evitei de deixar o carro fora da garagem na tarde de segunda. Ao ir para minha aula no SESC, deixei em lugar que me parecia seguro, longe de árvores e telhados, apenas com o risco, menos provável, de queda de postes de energia elétrica. A experiência vivida ao longo dos anos junto ao Município de Ouro, onde enfrentamos sucessivas calamidades, me impulsiona a tomar certas medidas em algumas ocasiões...
O fim de tarde alternava momentos de claridade e de céu com muitas nuvens escuras que se deslocavam em círculos no céu que cobre os bairros da cidade alta. E, pouco depois das 23 h. e 30 min. um violento vendaval nos ameaçava. casa fechada, desligamos toda a aparelhagem eletrônica para evitar os danos com as descargas elétricas que clareavam o céu, passamos apenas a ouvir a movimentação, barulhenta, que vinha pelos ares e, na sequência, muita chuva.
A madrugada foi de chuva ininterrupta e o dia demorou a chegar. Passadas as 7 horas e todo permanecia escuro, com muita chuva. Depois das 7,30 h. já era possível contemplar o dia que chegava, timidamente. O vizinho de frente, Adriano, perguntava-me se eu tivera notícias dos estragos que aconteceram aqui nas redondezas. Liguei o rádio, o computadores, procurei as notícias e a constatação: estragos muito acentuados no bairro São Brás e no Jardim das Hortênsias, atingindo também, em menor proporção, o Clara Adélia. Fotos, no portais locais, mostram casas destelhadas, empreendimentos destruídos, móveis espalhados pelas ruas, árvores cortadas ao meio pela violência dos ventos. Assustador! Nas estradas, as notícias de muita água nas pistas de rolamento, deslizamentos. Todo o cuidado é pouco!
Agora, mais uma vez, o levantamento dos prejuízos, a busca de recursos junto à Defesa Civil Estadual, a burocracia, a ansiedade das pessoas em ver seus lares recompostos. Isso já é recorrente por aqui. Ainda bem que não houve mortes, nada de muito grave em relação às pessoas.
Euclides Riquetti
14-07-2015
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