quinta-feira, 17 de março de 2016

Ênio Azevedo - homenagem ao amigo que nos deixou

          Ouro e Capinzal perderam, ontem, uma figura muito carismática e que fez história nas cidades. Conheci-o quando voltei de União da Vitória para Zortéa. Ele era muito ligado ao médico Dr. Celso Carlos Ribeiro dos Santos, um dos proprietários da Zortéa Brancher S!A, empresa em que trabalhei de 1977 ao início de 1980.

           Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 14 de agosto de 1932, morou em Ponta Grossa a partir de seus 20 anos,  onde foi bancário,  e Joaçaba,  antes de fixar-se em Capinzal. Por aqui, atuou como massagista junto a hospitais da região e, mais adiante, em sua própria casa ou atendendo em domicílio. Segundo seu filho Aldo, Ênio teve 432 afilhados, tendo, como exímio nadador, salvado 23 pessoas de afogamento. Sempre estava disposto a acolher e ajudar as pessoas, sendo muito admirado e querido pela comunidade.

          Azevedo também marcou a história de Capinzal e Ouro no início da década de 1970, quando enfrentou, no palco do Cine Glória, em Capinzal, o lutador Príncipe Cigano, que fazia parte do elenco de um circo que estava instalado em Ouro, onde hoje se encontra o Posto Dambrós, sagrando-se vitorioso. Assisti a essa luta e o Ênio Azevedo foi muito superior ao adversário. O Cinema lotou e muita gente nem conseguiu ver a luta por falta de lugar.  Depois, mais adiante,  enfrentou outro desafiante, do mesmo circo, o chamado "Tarzan - Rei das Selvas", vencendo este também., agora em Piratuba.  Tarzan era um lutador muito forte, mas o Ênio o derrotou. Após a luta, Tarzan acabou virando amigo do adversário.

         Verdadeiro desportista, foi atleta em atletismo e no futebol de campo. Em nossas cidades, atuou como zagueiro no Arabutã e no Vasco da Gama.

          Há que se afirmar que foi uma pessoa honestíssima, bondosa, muita querida pelas crianças e respeitada pelas demais pessoas.  Passou o melhor sentido de educação aos filhos e netos, que, certamente sentirão muitas saudades dele. Ele foi amigo de meu pai logo que foi morar em Capinzal e eu fui professor de sua esposa, Dona Ezilda, e dos filhos Berenice, Ênio Olímpio e  Carla, na Escola Sílvio Santos, no Ouro,  e grande amigo do Aldo, conhecido como o Ligeirinho do jornal o Tempo. 

          Deixo as condolências minhas e de minha família a todos os seus familiares e, certamente, farei muitas orações por ele. Que tenha a merecida felicidade eterna!

Euclides Riquetti
17-03-2016







 

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