domingo, 24 de abril de 2016

Juntos de novo

Poema de minha caixinha de papelão, resgatado:



Um ano que passa é uma eternidade
Para quem sente saudades...
São meses e meses de sentida angústia
Quando uma dor profunda amarga, sutilmente, no meu coração.

São centenas de dias de separação
Em que lágrimas constantemente rolam no rosto de quem fica.
Então, imagine milhares de dias, dezenas de anos...

Um descaminho é sempre aparente
Quando a distância não se situa no pensamento
E serve para nos mostrar que temos sensibilidade
E que, mesmo longe, podemos estar ligados em todos os momentos.

Pois, quando se tem vontade de chorar, que se chore...
Quando se tem vontade de sorrir, que se sorria...
E, quando tivermos que nos alegrar, mostremos nossa alegria...
Pois o amor nunca  morre!

Há uma indizível saudade em nós
Há uma vontade de abraçar, de beijar...
E a esperança está sempre presente nos seres imortais.

Um  reencontro pode ser, sempre, adiável
Mas não é inconcebível
Nem inevitável!

Um dia, todos juntos, vamos  poder comemorar
Pois o amor verdadeiro, duradouro
Transcende a vida, é imorredouro,

E nós vamos, como num passe de mágica, ficar juntos de novo.

Euclides Riquetti
26-08-1998

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