Quem sabe bordadas em pano de algodão
Que eu guardarei com zelo extraordinário
Para utilizar na letra de uma nova canção.
Um nome dissílabo, talvez até paroxítono
E quem sabe uma silhueta em frente ao mar
Um nome que eu pronunciarei em uníssono
Uma tela que eu pintei apenas pra te retratar...
E, se as letras não formarem a combinação
As palavras para que eu componha os versos
Procurarei nas areias claras a inspiração:
Com uma varinha mágica eu configurarei
Teu rosto nas areias claras dos desertos
E, se o vento o apagar, de novo eu o farei.
Euclides Riquetti
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