sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O Presidente na ONU e a defesa de nossa Soberania

      
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       A semana começou com o discurso do Presidente Jair Messias Bolsonaro abrindo a Assembleia Geral da ONU nos Estados Unidos da América. A imprensa brasileira, em especial os jornalistas daquela emissora que perdeu a mamadeira generosa, especulava sobre o que o presidente diria. Por falha técnica, nem tinham visto o discurso completo e já estavam falando bobagens. Bolsonaro discursou afinado com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foi enérgico e cirúrgico.

       Nosso representante, lá, foi muito duro.  Com muita facilidade de expressão, mais do que costumeiramente, fez um discurso contundente contra aqueles que querem intervir em nosso País. Defendeu, com galhardia, nossa Soberania. Lembro muito bem dos tempos em que a esquerda ainda era oposição, nas décadas de 1980 e 1990, e praticava o discurso do “Fora FMI”, alegando que eles invadiam a Soberania do Brasil. Mesmo sem citar nomes, mencionou a França e a Alemanha, países cujos líderes, em especial Macron, Presidente da França, falam em preservar a Amazônia, dizendo ser esta Patrimônio da Humanidade. É patrimônio, sim, “politicamente e tecnicamente”, do Brasil e de seus países vizinhos, e não dos europeus, até mesmo porque eles sabem muito bem que cometeram atrocidades contra o Planeta e a Humanidade, desde sempre. Deveriam cuidar bem de seus canteiros e começar a reflorestar seus terrenos. E pedir desculpas a tantos que morreram por causa das guerras que já provocaram e patrocinaram, e outras malvadezas.

       O discurso de Bolsonaro foi aplaudido nos lares brasileiros dos que sabem bem quanto nosso Brasil já foi maltratado pelos corruptos, pelos aproveitadores e pelos maus políticos. E foi criticado pelos que condenam o atual Governo e enaltecem os feitos dos anteriores. Tudo compreensível.

       A parte da Amazônia que faz parte do território brasileiro é de um valor inestimável. Tanto em seu bioma quanto nas riquezas que estão sob o seu solo. A exploração sustentável da Amazônia possibilitaria obtermos recursos para podermos ter um Brasil muito rico e com sua população tendo níveis de vida muito melhores. Por que os europeus não investem no Nordeste, lugar de onde levaram muitas riquezas no passado e quase o transformaram em deserto? Por que não investir na Educação Ambiental de toda a população brasileira que joga lixo nas valetas das ruas de suas cidades?

       Uma vez, em São Luiz, capital do Maranhão, falei a uma pessoa de lá que havia muitos sacos plásticos jogados em todos os cantos e até pendurados em árvores, havia muitas garrafas pet, pneus, madeiras e lixo de toda a sorte nas margens dos rios e nas praias, e ela me disse que isso acontecia por causa do vento, que levava as sacolinhas... Falei-lhe que não era a culpa do vento, mas sim do pouco caso que eles faziam com a natureza. Isso fora as pichações nos prédios de Fortaleza, uma coisa vergonhosa. Então, aqueles que falam em colocar dinheiro, que falem em colocar onde é necessário e deixem que o Brasil resolva as questões da Amazônia, das terras indígenas e de tudo o que for de dever e de direito de nossa população.

      Apenas para lembrar aos mais velhos e a dizer aos mais jovens, não nos esqueçamos de que, há meio século, tínhamos um lema que era “Integrar para não entregar”, em que os governos incentivavam a ocupação da Amazônia para a implantação da atividade agropecuária. E que a cultura de limpeza de áreas para utilização no plantio de grãos e criação de animais se propagou. E ninguém protestou contra isso, ninguém se manifestou.

       A Bioeconomia, com a utilização de nosso território, amazônico ou não, da forma mais sustentável possível, tem que vir em favor dos brasileiros. Prescindirmos de nossas riquezas e deixar as pessoas passando necessidades é burrice. Podemos, de forma racional, utilizar as riquezas de todas as nossas regiões, melhorando, com isso, nossa capacidade de gerar renda e de crescimento, buscando o conforto e o bem-estar dos brasileiros. O resto, como fiz o Presidente, é pura falácia!

       No dia 20 último, recebi o título de Cidadão Honorário em Ouro, honraria que me foi concedida por projeto do Vereador César Prando, com a aprovação unânime dos vereadores. Fiquei contente porque isso veio em razão de meu trabalho comunitário, minha constante defesa da cultura regional, e não pela minha atividade política. Obrigado, ourenses!

Euclides Riquetti – Escritor, autor de Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares.

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 27-09-2019

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