O mundo todo anda ligado e preocupado
com os desastres naturais que provocam catástrofes ambientais. A conta que nos
é cobrada, em razão de nossos descuidos com a natureza, é sempre enorme,
insaldável. Os eventos adversos resultam em prejuízos materiais e humanos em proporções
desmedidas. Em Minas Gerais, neste ano, já foram contabilizados 58 mortos por causa
das chuvas. Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, mais desabamentos e inundações
no início desta semana...
Agora,
além de todos os acontecimentos aqui no Brasil, surge a volta de um vírus
alcunhado de “novo coronavírus”, pois o original já causou impactos por
diversas oportunidades, desde o ano de 2002. A redescoberta e o rebatismo, a
partir da cidade de Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes, epicentro do coronavírus, na China, está
colocando em polvorosa a população chinesa, os moradores de outros países que
têm parentes por lá, e aqueles que tiveram contato com eles. O mundo todo está
preocupado com a situação, que já ocasionou mortes e há, ainda, centenas de
suspeitos de portarem o vírus naquele país, e muitos em outros lugares. No
início da semana, já haviam ocorrido 426 óbitos na China, com 19.500 casos suspeitos
em observação, tratamento, isolamento e análise.
No Brasil, até o início desta semana,
todos os casos de suspeitas não foram confirmados. O Ministério da Saúde tem
esclarecido bem a população, a ANVISA tem protocolos e ações planejadas em todo
o Sistema de Saúde Brasileiro e isso tranquiliza a população. E isso tem
acontecido depois que nos vimos ameaçados por epidemias, a exemplo nos efeitos
causados pelo mosquito da dengue.
Mas, se formos buscar informações sobre
como pode ter acontecido o surgimento de diversos vírus no mundo, veremos que
os hábitos precários de higiene e o contato com animais portadores e retransmissores,
aliados aos costumes das populações, resultam nesses “desastres”. E a China não
pode ser considerada um bom exemplo de cuidados com a origem e a manipulação de
alimentos a partir de animais, comercializados livremente nas ruas de suas
cidades.
Aqui na nossa região, temos bem claro
que os municípios, mesmo os pequenos, que são orientados por uma coordenação
estadual regional, estão preparados para dar, em pouco espaço de tempo, as
respostas aos problemas que costumam a ser detectados. Há estruturas e material
humano bem preparado para isso.
Com relação a ocorrências de
anormalidades climáticas severas, no entanto, não se sabe em que nível está a
preparação dos equipes de defesa civil de todas as cidades. Nem se há estudos
técnicos sobre as áreas de risco. Das possíveis inundações e enchentes, já se
tem um histórico muito conhecido, na hora dos eventos adversos as equipes das
prefeituras, bombeiros, polícia militar e mesmo brigadas de empresas conseguem realizar
um bom trabalho para minimizar os seus efeitos. Com relação às áreas que estão
sujeitas a desabamentos quando da precipitação continuada de chuvas, poucas
cidades têm os necessários estudos e a preparação para dar resposta imediata em
casos que venham a acontecer. Equipamentos os municípios e o estado têm, mas
material humano devidamente treinado ou planos emergenciais de evacuação, nem tanto.
Em Joaçaba, se alguém tiver alguma
dúvida, é só dar uma olhada detalhadamente na composição do solo sobre rochas,
na margem esquerda do Adolfo Ziguelli, sentido Centro a Rodoviária, e verá o
que pode acontecer com toda aquela massa orgânica sobre as pedras se ocorrerem
chuvas fortes e contínuas como já aconteceu no passado. O site do Município de Joaçaba, em 2015,
publicou: “Em sua extensão de aproximadamente 2,5 quilômetros foi implantada
terceira pista em um dos sentidos, realizado amplo trabalho de contenção e de
encostas,...”
Talvez nem tanto...
Euclides Riquetti – Escritor –
autor de “Crônicas dos Antigos Rio Capinzal,
Abelardo Luz/Ouro e Arredores.
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