O serviço da
saúde pública é o melhor campo de atuação para pessoas que desejam crescer na
política. Ao longo dos anos, venho acompanhando as candidaturas aos cargos de
prefeito, vice e vereador na nossa região, com atenção especial às pessoas que
atuam nas secretarias municipais e nos postos de saúde. Inclusive, com a
percepção de que pessoas alcançam bons resultados nos pleitos e, depois de se
afastarem das funções de contato com a população, acabam tendo seu número de
votos muito reduzidos.
Vamos ficar, em 2020, nos exemplos das
campeãs de votos no pleito de 15 de novembro, na busca de uma vaga à Câmara
Municipal de Joaçaba e de algumas cidades lindeiras:
a)
Capinzal: candidato mais votado ao cargo de vereador,
Dalva Dalcortivo, com 974 votos. Fez seu nome atendendo bem as pessoas nos
postos de saúde daquela cidade, é da área de enfermagem. Me disseram que ela resolvia
os problemas de quem buscava os serviços onde trabalhava. Atuou também em
farmácia da área privada;
b)
Joaçaba:
candidata mais votada, Dra. Rita Valéria Weiss, dentista, com atuação na rede
pública municipal. Obteve 848 sufrágios. A profissional atenciosa, eficiente e
simpática colheu pela maneira como plantou;
c)
Catanduvas:
Elizete Cardoso da Silva, da área de enfermagem, foi secretária da saúde
daquela cidade e agora, trabalha no hospital local e obteve 460 votos para
vereadora, sendo a candidata mais votada também;
d)
Erval
Velho: Adriana Galhoto, com 255 votos, obteve mais do que os outros
concorrentes. Atua na área da saúde daquele município.
Agora, passada a
euforia da eleição ou reeleição, os prefeitos precisam se esmerar em tornar
resultado aquilo que prometeram, satisfazer as expectativas geradas aos
eleitores. As obras iniciadas precisam ir sendo concluídas, os novos projetos
precisam ser elaborados para execução, e os recursos, se não disponíveis ainda,
precisam ser buscados em convênios com os governos estadual e federal. E,
certamente, que a barrosa estará com o úbere meio seco em 2021. Bonança, apenas
em 2022, quando teremos eleições nas outras esferas, e o dinheiro começa a dar
em árvores. O chororô dos não eleitos é compreensível, mas quem não está
preparado para ganhar ou perder, nem deve participar das eleições.
Enquanto isso,
em nosso Estado crescem os feminicídios, a violência doméstica, os abusos, os
acidentes com carros e motos, (ceifando vidas), o contrabando e o descaminho, a
apreensão de drogas ilícitas, e assim por diante. E, para assustar a quem tem
um pouco de juízo, é só olhar os dados que mostram o aumento de casos e óbitos
em razão da Covid-19.
De qualquer
forma, desejo que os executivos tenham êxito na nova empreitada e os
legisladores cumpram seu papel de fiscalizadores das ações do Poder que devem
fiscalizar.
Euclides Riquetti – Escritor –
Publicação no Jornal Cidadela em 27-11-2020
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