As campanhas dos
dois candidatos finalistas ao campeonato eleitoral deste ano, em nível federal,
estão buscando apoio em personagens que julgam terem capacidade de angariar
votos para os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro.
Enquanto que Bolsonaro consegue apoio de governadores eleitos, senadores e
deputados e prefeitos em exercício de mandato, Lula buscou ex-ministros de STF
e economistas ligados a FHC. Em termos práticos, é lógico que o batalhão
bolsonarista é muito mais forte do que o outro. Pouca influência têm os
dinossauros diretamente junto ao eleitor, embora deem um perfil mais
sofisticado à campanha de quem se mostra como representante legítimo dos
trabalhadores.
Continuo
afirmando que a campanha se divide entre os que rejeitam Lula e o que rejeitam
Bolsonaro. Algumas pesquisas mostram que a rejeição ao atual Presidente é maior
que ao ex-Presidente. Bolsonaro pecou na maneira como se portou na pandemia e
Lula tem todo aquele histórico de ter se cercado de gente inescrupulosa durante
seu Governo. O antipetismo também é fator muito relevante, principalmente em
São Paulo, estado berço do PT, onde o PSDB sempre foi adversário algoz daquele
partido.
As campanhas
estão apelando a todos os meios que julgam importantes para desgastar os
candidatos adversários. As maiores barbaridades são ditas por ambos os lados.
Não há respeito nem às famílias dos mesmos. Tudo é muito livre, tudo acontece
em nome da “democracia”. As propostas para um novo governo, de ambos, não têm
detalhamentos, os cidadãos que desejam empreender, legitimamente, não sabem o
que acontecerá a partir do ano que vem. Isso tudo afasta o eleitor das urnas,
como já o fez nos últimos pleitos, em que prefere ficar em casa e aguardar para
ver o que acontece. A guerra pelos meios de comunicação, as narrativas criadas
e propagadas, a agressividade de denúncias e outros fatores fazem com que,
aqueles que não dependem da política, fiquem em casa. E o “fique em casa” será,
certamente, o fator de decisão, fazendo com que os institutos pesquisa errem
feio em suas previsões. A pergunta “Você pretende votar no segundo turno das
eleições deste ano?” deveria ser incluída nos formulários das pesquisas.
Você, leitor,
acha que a opinião de artistas, jogadores de futebol e dinossauros da política
e da justiça influencia tantas pessoas a ponto de definirem o voto?
A tropa do FHC
está com Lula, que tem também Tebet, o PDT de Ciro, Marina e artistas. O apoio
dos eleitos a Bolsonaro tem Zema e Tarcísio, tem Rodrigo Garcia e o antipetismo,
e alguns jogadores de futebol. Em ambos os lados, tudo isso é simbolismo.
Presidenciáveis sem
plano econômico – Lula tem se recusado a apresentar um Plano Econômico prévio,
apenas fala em generalidades. Quanto ao perfil de seus ministros, disse que
usará o critério “política mais conhecimento”. A resposta dele é boa.
Bolsonaro, sabemos, vai ser um plano de continuidade do modelo econômico em
vigência, onde o agronegócio é o carro-chefe.
Os delitos no
período eleitoral - Pancadarias, agressões e mortes estão acontecendo no
período eleitoral e vão continuar acontecendo. A mais recente, foi o caso de um
lulista que matou um bolsonarista com 8 facadas, no Rio de Janeiro. Eram amigos
e dividiam o mesmo teto. Não houve uma repercussão tão grande quanto aquela
ocorrida em Foz do Iguaçu, em que um bolsonarista executou um lulista. Ninguém
é santo, as brigas sempre aconteceram. Lembro que uma vez, no início da década
de 1970, numa comunidade aqui do Ouro, um irmão agrediu o outro com uma
garrafada. Eu morava (e votava) em União da Vitória, Paraná, e a notícia teve
grande repercussão em todo o Brasil.
OPEP+ - Os
países árabes são responsáveis por 30% da produção de petróleo no mundo.
Organizaram-se de forma a ganharem muito, e isso é um direito deles. A
Organização dos Países Exportadores de Petróleo, agora, está reduzindo em dois
milhões e quinhentos mil barris de petróleo por dia. Houve uma época que chegou
a reduzir em 8,5 milhões. Na semana anterior, o petróleo saiu da casa dos US $
80.00 para US$ 90.00, em razão da redução de produção. A lição que nos fica é a
de que devemos ir-nos libertando da dependência na energia fóssil e,
paralelamente, modernizando as refinarias e adequando-as a se tornarem capazes
de refinar nosso próprio petróleo bruto. Porém, fazermos uma “poupança” de seu
consumo é o mesmo que formarmos reservas financeiras. Com relação ao trigo,
está programado o aumento da sua produção, no Brasil, de 25% por ano, fazendo
com que, em quatro anos, nos tornemos independentes. Então, todos os governos
pecaram em seu planejamento, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Todo mundo
fala bonito, mas a realidade é esta! Não defendo ninguém! Governos precisam ter
planejamento de longo prazo, projetos para um País e não para seu Governo.
Redução da
Maioridade Penal – O assunto volta à pauta por ocasião das eleições.
Recentemente, o Congresso a aprovou e Dilma Roussef vetou. Um conjunto de
medidas, associado à alteração da Lei, pode ser fator positivo.
Apenas mais duas
semanas e saberemos que será nosso novo Presidente da República. Então, a
cobrança encima dele virá de todos os lados. Importa-nos que tenhamos rumos
claros!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Euclides Riquetti
16-10-2022
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