domingo, 9 de junho de 2024

Brasil, País de Contrastes- Ilhas de Propsperidade – Ilhas de Miséria - Serviços Públicos deixando a desejar...

 



       O Brasil é um país com enorme extensão territorial. Climas diferentes no Norte e Nordeste em relação ao Sul. Territórios verdes e territórios cinzentos. Mas, a grande diferença, a separação que não obedece regras,  se dá no campo demográfico e social. Temos ilhas de prosperidade e ilhas de miséria. E não vejo perspectivas de que isso acabe algum dia, não com a política social praticada por sucessivos governos, desde os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, que começou a criar mecanismos de redução das diferenças sociais entre os brasileiros. Mas o que fez, e foi continuado por todos os presidentes seguintes, de direita ou esquerda, não resultou em melhor padrão econômico para o País ou para a população brasileira. Sejamos realistas e não nos iludamos com o proselitismo político, aquele que cria termos bonitos, mas que não nos são interessantes. Tudo o que é dado sem contrapartida não tem valor. Tudo o que é buscado sem esforço não é conquista. O cidadão que se preza que ser valorizado pelo que faz e pelo que pensa, não por benesses eleitoreiras.

       E aí é que nos aparecem as diferentes ilhas, onde as de miséria se situam dentro ou ao lado das cidades, proporcionalmente ao seu tamanho. Observe imagens fotográficas ou cinematográficas, ou fotografias, que se encontram nos arquivos da internet. Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Curitiba, Florianópolis e todas as outras capitais. E nas cidades pequenas industrializadas. As favelas ocupam espaços urbanos, mas a questão não é o seu visual que de bonito não tem nada. A questão é que a miséria está presente nessas ilhas, não apenas nas periferias, mas mesmo entre bairros considerados “nobres” de muitas cidades. E mesmo nas capitais Buenos Aires, Montevidéo, Santiago e Assunción já presenciei isso. O Brasil e os outros países da América do Sul se confundem nesse aspecto. E suas autoridades não conseguem dar fim a isso.

      Solução? – Resposta: Educação! Só com esta se chegará a mudanças, quem sabe em duas ou três gerações. E, para isso, precisamos de menos política de confronto, menos ativismo ideológico e mais entendimento. Mas, para isso, precisamos que surjam líderes fortes, inteligentes  e conciliadores, o que não posso dizer que vislumbro no momento.

Figueirense fazendo fiasco em Caxias do Sul – Recebi vídeos do inconformismo de parentes que tenho naquela cidade. Depois vi na TV.  O fiasco perfeito! A rivalidade entre Figueirense e Caxias vem de quase duas décadas, quando, na luta para ir para a série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, antes do término de um jogo no Orlando Scarpelli, em 22 de dezembro de 2001, os torcedores invadiram o gramado pulando sobre alambrado  e demoliram as redes das traves para levarem pedacinhos para sua casa como lembrança. Adiantou? Acabaram se classificando no tapetão, depois de grande briga nos tribunais. Ocasionaram uma grande batalha judicial e hoje estão disputando a Série C...Agora, um torcedor do Figueira foi imitar uma pessoa de afogando na enchente, num deboche, acinte, atitude terrivelmente condenável! Vai ser banido dos quadros de sócio do Clube. Teria que ser proibido de frequentar os estádio. Não é humano, seu cérebro é polpa de abóbora.

        Dona Maria Olmira Duarte – Honradez e orgulho para uma família – Dona Maria ficou viúva há quatro décadas, quando o marido foi atropelado na Rodovia SC 135, em Ouro. Não dispersou seus filhos, deu-lhes a educação familiar, fez o que tinha condições de fazer para ter todos, filhos e netos,  ao seu redor. Os caminhos tomados pelos seus descendentes foram os mais diversos. Seu neném, de nome Claudir, buscamos em casa e incentivamos a estudar. Constituiu sua família e a esposa e duas filhas já têm curso superior. Falo de Claudir Duarte, o Dire, prefeito municipal em Ouro, eleito pelo PSDB e hoje filiado ao PL. Inteligente, educado e esforçado, foi  tranalhador na BRF, onde começou a progredir, depois transportador de estudantes, vereador e elegeu-se prefeito com estrondosa votação. Dona Maria faleceu no sábado, aos 90 anos. É o exemplo que deve ser levado em conta !

              Reclamações contra a CELESC – Tinha ouvido sobre as reclamações e não tinha entendido direito. Senti isso na própria pele. Fui pagar a fatura numa lotérica e não receberam porque aquele modelo não está mais no “sistema”, uma vez que foi mudado. Subi para os lados da Unoesc e de lá iria para o escritório regional da mesma na Vila Pedrini. Lá perto, tive que voltar para os lados do centro porque a via estava interrompida por uma obra pública nas proximidades da Câmara de Vereadores. Cheguei no estacionamento da Celesc exatamente às 16,30. Uma atendente me disse que a porta estava fechada. Isso aconteceu menos de 5 segundos antes de eu tentar adentrar. Falei para a atendente que eu estava indignado, reclamei e ela, educadamente, me pediu desculpas e disse que minha ligação não seria cortada. Não é essa a questão! Pago minhas contas no centro sempre no segundo dia útil do mês. Para encontrar lugar para estacionar, andei uns 15 minutos até encontrar vaga. Não é aceitável que as coisas tomem os rumos que estão tomando.

       Há uma semana, ficamos sem luz em casa das 16 horas até quase 21 horas. Dois vizinhos haviam ligado para reclamar ou informar e nada de atendimento. Liguei quando vi que a luz não retornava, para o 0800 de Florianópolis. Perguntei se os sistemas de informação mostram ou não para uma central quando há falta de energia, e ela me disse que não. Perguntei se havia chamadas registradas e ela me disse que esse registro não tem mais. Menos mal que, poucos minutos depois de minha reclamação, pessoal passou e resolveu a situação. Tudo se explica, mas nada se justifica. Estamos indo pra trás?

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

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