A morte do papa foi anunciada na manhã de segunda-feira pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano:
“Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco”, disse um comunicado do camerlengo.
"Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja.
Francisco, o papa argentino, estava com dificuldades respiratórias no começo do ano. Hoje ele descansou.
A pergunta passa a ser: Quem será nosso novo Papa?"
Há 12 anos, escrevi sobre ele:
Num primeiro momento, você pode achar que isso seja uma exigência descabida, um querer demais, uma proposta inconcebível, mas concordo plenamente com o modo de pensar dele. Primeiro, porque o dinheiro é dele e, para dispensá-lo, pode fazer as exigências que quiser. Segundo, porque é preciso compreender a sua intenção, qual seu verdadeiro proposito.
E o dele era bem simples: todo o cidadão que se submete às regras de uma religião, seja qual for, tenderá a se submeter às regras da sociedade em que participa, das normas da empresa em que trabalha, do grupo de convivência social em que está inserido. E o time de futebol, dentro de um conceito moderno de visão, representa um cenário no qual multidões se espelham para a formatação da conduta diária.
Dizia mais: "Todo o domingo ligo para meu filho que mora em outro estado, muito longe, para ver como ele está, como está sua família, se foi à missa. Meus filhos não podem ser pessoas sem religião. Todas as pessoas precisam ter uma. E eles sabem o que eu penso sobre isso".
Comecei a observar mais a vida desse cidadão e constatei que suas atitudes e as de sua família eram todas louváveis, Defendiam causas populares muito nobres, tinham um grande compromisso com a ética social, moral e cristã.
Agora, com a presença do Papa Francisco no Brasil, vi algo muito inovador e que deveria ser regra: Ele recebeu líderes de outras igrejas que não a católica para conversar e mostrar para o mundo que as religiões, a religação com as verdades e o bem, precisa acontecer efetivamente. E, ainda, as atitudes de simplicidade, peculiares de um franciscano, são um verdadeiro exemplo a ser seguido por todas as lideranças. E os liderados se espelharão nas atitudes de seus líderes, certamente.
Encantaram-me algumas ações do Papa Francisco, que por várias vezes quebrou a rotina protocolar para dar atenção a pessoas que o queriam tocar. Mostrou humildade no agir e no falar. Ganhou o coração de muitos quando disse que é possível "por mais água no feijão", uma forma bem simples de dizer-nos que podemos repartir com os irmãos o alimento que nós temos. É muito fácil sermos solidários! Sem ostentação... Uma lição fácil de aprender e de por em prática!
Euclides Riquetti
27-07-2013 - reeditado em 21 de abril de 2025
Desde 2013, quando escolheu o nome Francisco em referência ao pobre de Assis, impôs um novo estilo e tom à Igreja Católica. Gestos simples, como por exemplo, a recusa de ocupar os aposentos papais, e a defesa intransigente dos mais necessitados sempre incomodaram demais aos poderosos.
ResponderExcluirSua forma de proceder sempre esteve mais próximo da mensagem dos evangelhos.
Que esteja em um grande lugar, para interceder por nós, que vivemos em um mundo tão atribulado pela ganância e pelo desamor.
Descanse em paz.