Nadam os cisnes brancos no lago negro
Sombreado pelas imbuias e eucaliptos
Enquanto acalmo meus anseios e medos
Nos momentos mais cruéis e sinistros...
Miro na água meus olhos em lágrimas
Busco a silhueta do corpo que me tenta
Mas nada vejo além de imagens trágicas
De corações despedaçados pela tormenta!
No arroio que vem da selva e deságua
No mar da intranquilidade obscura
Afogo minhas dores e minhas mágoas
Nas profundezas de minha forte dúvida...
Terei sido eu o algoz que fere e mata
Ou o anjo que te protege e te guia?
Teria sido eu o assassino mais primata
Ou o anjo que te abençoava e protegia?
Euclides Riquetti
10-01-2015
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