Alguns fatos, pelas suas características, apresentaram-se como marcantes na História do município de Ouro. Enquanto os empreendedores e desbravadores empenhavam-se na construção de uma base econômica sólida, assentada na atividade agropecuária, eventos adversos muitas vezes acabaram por destruir aquilo que com muito esforço se construíra:
Enchente de 29 de setembro de 1911: Destruiu parcialmente algumas casas que já se localizavam na parte baixa da cidade, próximo ao Rio do Peixe, da qual se tem poucas informações.
Enchente de 29 de setembro de 1911: Destruiu parcialmente algumas casas que já se localizavam na parte baixa da cidade, próximo ao Rio do Peixe, da qual se tem poucas informações.
Construção da Ponte Pênsil padre Mathias Michelizza: Ligando Ouro a Capinzal, sua construção deu-se de 1933 a 1934, tendo como responsável pela construção o cidadão José Zortéa, um verdadeiro empreendedor. Foi inaugurada em 1934, mas acabou destruída em 1939, devido a uma grande enchente ocorrida.
Enchente de 1939: Causou graves prejuízos à vila onde hoje é a sede municipal. Ocorrida no dia 21 de junho, alagou as casas comerciais e depósitos ou armazéns. Destruiu a ponte pênsil, há poucos anos inaugurada.
Construção da Ponte Irineu Bornhausen – inauguração em 1956, : Conhecida como a “ponte nova”, erigida em estrutura de concreto armado, constitui-se em monumento de engenharia, tendo resistido à grande enchente de 07 de julho de 1983, a ponte Irineu Bornhausen ligou o Distrito de Ouro a Capinzal, sendo inaugurada em 06 de janeiro de 1956.
Neve de 1965: Em 20 de agosto de 1965 a neve cobriu a paisagem em Ouro. Os telhados das casas receberam camadas de até 10 centímetros. Nas que possuíam telhados com platibandas e utilizavam calhas a neve acumulou-se e demorou para derreter, comprometendo, pelo seu peso, alguns telhados, principalmente os que possuíam calhas para chuva, e até mesmo a estrutura de algumas casas de madeira. O gado procurou abrigar-se embaixo das árvores e ao amanhecer do dia, instintivamente, postou-se dentro da água nos córregos, que era o único lugar em que não havia neve.
Houve grande prejuízo ecológico, pois ocorreu grande mortandade de pássaros. As abelhas praticamente sumiram e, por muitos anos, o mel se tornou produto escasso na região.
Por outro lado, os descendentes de italianos, já velhinhos, vibraram por vislumbrarem o espetáculo da neve, ao qual foram acostumados em ponto de origem na Itália, como foi o caso de Luiggi Santórum, de Leãozinho.
Chuva de Granizo de 1981 – Violenta chuva de granizo ocorreu em 1981, principalmente na parte territorial compreendida por Linha Sagrado e redondezas, chegando a Linha Vitória e Linha São Paulo. Pedras de gelo de até 600 gramas destruíram plantações de milho, parreirais e telhados. Animais domésticos, inclusive boizinhos, foram mortos durante a tempestade. Na época o Prefeito Ivo Luiz Bazzo decretou “Estado de Calamidade Pública” e, após os levantamentos, houve ressarcimento financeiro aos proprietários pelos prejuízos havidos com telhados, através de recursos liberados pelo Governo do Estado, mediante relatórios da Comissão Municipal de Defesa Civil.
Enchente de 1983: Ocorrida na noite do dia 07 de julho, poderia ter-se tornado uma grande catástrofe, porém Deus poupou as vidas dos atingidos. No bairro Parque e Jardim Ouro foram destruídas todas as casas localizadas na Rua Voluntários da Pátria, cerca de doze. Na área central as águas, ainda antes do meio-dia, 16 horas, já invadiam o Ginásio de Esportes André Colombo, destruindo o revestimento do piso, formado por tacões de madeira-de-lei aplicados por base de concreto. Atingiam também casas localizadas em áreas mais baixas e muitos porões de moradias. Mas foi a partir das 18 horas que as águas cobriram a Praça Pio XII e atingiram as Ruas Governador Jorge Lacerda e Felip Schmidt e, conseqüentemente, residências e casas comerciais, com incalculáveis prejuízos.
Vendaval de 1984: Violento vendaval ocorreu em Ouro e região no dia 03 de julho de 1984, atingindo principalmente a área central da cidade. Formou-se uma espécie de ciclone, vindo pelo Vale do rio do peixe desde a Vila São José, arrebentando no Parque e Jardim Ouro, após a curva do Rio do Peixe, em direção à Linha Galdina. Além de descobrir mais de uma centena de casas das mais próximas ao Rio do Peixe, arrancou parte da cobertura do Ginásio Municipal de Esportes André Colombo, levando chapas de alumínio até as proximidades da ponte Irineu Bornhausen. A ponte pênsil Padre Mathias Michelizza, que houvera recentemente sido recuperada das avarias causadas pela enchente de 1983, foi totalmente destruída, quando os ventos desprenderam os cabos de aço de segurança laterais e esta balançou para o Norte, ficando com a face de seu piso em vertical, recebendo toda a fúria e a força do vento. Seus pilares de concreto com quase que um metro de diâmetro foram partidos ao meio, em fato que só quem presenciou pode testemunhar sobre a sua dimensão e sua gravidade. Duas pessoas que transitavam sobre ela foram jogadas ao solo, fora das águas, felizmente, com ferimentos que não as comprometeram com gravidade.
Euclides Riquetti
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