domingo, 28 de junho de 2020

Quando doerem nossos braços



Quando doerem em nossos  braços
As dores dos anos que passaram
Tomados de fadiga e de cansaço
Por tudo aquilo que já suportaram...

Quando doer nossa alma nevoenta
Que perdeu o branco por pecados
A beleza da manhã estiver cinzenta
E sonhos forem marcas do passado...

Quando o horizonte se encurtar
E se alongar a história já vivida
E não tivermos por quem esperar
Porque já foi passado a nossa vida...

Quando os olhos não verem beleza
Nas paisagens antes coloridas
E o frio só nos trazer a tristeza
Nas madrugadas antes divertidas...

Precisaremos relembrar dos anos
Em que vivemos tudo intensamente
Dos momentos sacros e profanos
Que fizeram nossa alma tão contente.

Precisamos ver que valeu a pena
E que a vida nos fez muito bem
Que vivemos glórias e dilemas
E que me fez feliz  como ninguém!

Euclides Riquetti

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