Preciso do vento que vem do mar
Eu preciso do vento que vem do mar
Preciso da lembrança para me embalar
Preciso do sol nas tardes e manhãs
Preciso de ti (nas tardes e manhãs)
E no sonho tenro que a noite me traz.
Preciso afirmar minhas convicções
Rever conceitos que me vêm e apago
Conter meus impulsos e frear emoções
Preciso do alento de teus afagos...
Sou como a mão que alinha tijolos
Dispondo-os simetricamente
Como o profeta que prediz os sonhos
Sonhadamente
Como o poeta que empilha versos
Livremente, harmoniosamente!
Mas preciso de ti para formatá-los
E só para tu lê-los, decerto
E só tu os ouças por certo.
Preciso...como preciso do vento
Que vem do mar!
Euclides Riquetti
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