quinta-feira, 7 de março de 2024

Menos narrativas, menos politicagem e mais ação.





       Precisamos de menos narrativas, menos politicagem e mais ação concreta na área da saúde. O Governo anterior gastou fortunas para salvar a economia durante o período nefasto da pandemia da Covid 19. A ação para a compra e produção de vacinas foi efetiva e providencial. Os estados e municípios que se encontravam quebrados receberam, na saúde, investimentos jamais vistos antes. As aulas aconteceram em home-office, ou seja, os professores monitoravam de suas casas ou mesmo de salas nas escolas e os alunos faziam os trabalhos em casa, acompanhando as aulas virtuais pelo computador ou pelo telefone celular. Quem não os tinha, ou os recebeu das prefeituras ou então ganhou os que já não vinham sendo utilizados por vizinhos. E, assim, a lavoura das aulas foi sendo salva... Em ternos!

       Na condição de acadêmico das Letras, conheci e mergulhei profundamente nas reformas havidas a partir de 1971, quando o Ministério da Educação foi comandado pelo ilustre paranaense Nei Amintas de Barros Braga, que assinou a Lei número 5692. Por umas três décadas minhas posturas foram norteando-se naquela importante reforma da Educação. Em 2003, o Brasil experimentou uma nova administração, assentada numa ideologia de esquerda. Mas, já nos anos anteriores, pensamentos progressistas para a época foram sendo introduzidos através das aulas, onde o concreto passou a ser rejeitado e o filosófico implantado. E não me venham com balelas contrárias, pois isso era a nossa realidade.

      Com a alternância no Poder Federal, com o galgar de outro tipo de personas nos cargos técnicos e administrativos, outras filosofias e outras posturas, muita opinião nova e, consequentemente, novas ações foram acontecendo. E, o resultado aí está: Mais de metade dos jovens que deveriam estar cursando o Ensino Médio estão fora das escolas. E isso é simplesmente catastrófico.

       Tivemos, praticamente, 29 anos de turbulência na fala, nas narrativas, nas ações e, como resultado, o fracasso! Não tenho a fórmula da educação, mas precisamos da educação de resultado. Que é aquela em que as crianças e adolescentes vão sendo conduzidas pela família e educadores até o término do Ensino Fundamental. E que, ao ingressar no Ensino Médio, antigo colegial ou segundo grau, o aluno precisa apreender a se virar para o estudo e o trabalho. Primeiro a cobrança da família e a vontade do aluno. Depois, toda a ação governamental possível. E a exigência da própria sociedade.

       Na esteira de tudo isso, temos o aumento de desocupados, de viciados, de revoltados e de preguiçosos, produzidos por leis generosas e posturas totalmente demagógicas.

       Com relação às pessoas que vivem nas ruas, que os “chiques” passaram a tratar como “em situação de rua”, algumas cidades catarinenses, como Chapecó, Florianópolis, Criciúma e poucas outras, estão sendo propostas e aprovadas leis que permitem a internação involuntária das pessoas que não estão mais morando com suas famílias e que perambulam pelas cidades, que buscam dormir sob as pontes, viadutos e marquises de lojas. E que buscam as praças públicas, de dia, para atuarem como pedintes. Uma ação efetiva que já acontece em Florianópolis é que estão devolvendo-os para as suas cidades de origem, dando-lhes passagens e mesmo mandando carros levá-los. 

       Mas, agora, temos outra questão que precisa ser levada extremamente a sério> O aumento dos casos de contaminação pela dengue, que está fazendo vítimas em todo o território nacional. Já antes e durante a pandemia técnicos da área da saúde vinham alertando para o seu perigo. Os agentes sanitários das cidades vinham fazendo campanhas intensas e visitando os lugares onde o mosquito poderia se desenvolver, como cemitérios e depósitos de pneus e ferro velho. Todas as formas possíveis vieram sendo trabalhadas nas nossas cidades, num trabalho meritório. Mas a população e os governos, principalmente o Federal, precisam fazer sua parte, o que lhes é de obrigação. Não se preocuparam em produzir as vacinas, em contratar a sua aquisição nos países onde possam ser produzidas. Ficaram três anos enchendo o saco por causa da Covid, CPI que não deu nenhum resultado prático, apenas deu vantagens para os que a protagonizaram. Agora estamos recebendo algumas doses do exterior que serão aplicadas em crianças de algumas cidades.

       Então, que os parlamentares e o Governo, que ganham, ou compram com nosso dinheiro, grandes espaços na mídia televisiva, que façam sua parte. Que falem do perigo da dente que mata e que se promovam menos com o dinheiro do povo brasileiro!

Euclides Riquetti – Escritor – ww.blogdoriquetti.blogspot.com

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