Mais um 5 de maio, mais um aniversário de nossas amadas filhas, Michele e Caroline. Parece que foi ontem que vocês nasceram, lá no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Capinzal. A gente morava no Zortéa, tinha um fusquinha novo, branco, com o qual levei a Miriam, no fim da noite de 04 de maio daquele ano, para que as tivesse. Dei minhas aulas na Escola Major, cheguei em casa e a Miriam estava inquieta, tinha a sacola das roupas arrumadinha, o enxoval para vocês carinhosamente preparado por ela pronto.
Por volta de meia-noite chegamos ao hospital. Tinha uma ala para as parturientes, a mãe foi internada num apartamento. Vieram as dores, as enfermeiras ajudavam a acalmar, tinha uma freira que era enfermeira e dava apoio. Depois das 02 horas, foi encaminhada para a sala de parto. O Doutor Acioly Viecelli, que a acompanhara no pré-natal, viajara, mas deixara o Doutor Adão Tatin para dar atenção. Às três horas uma enfermeira veio para o corredor e disse-me: "Nasceu! Onde está a faixinha?" Não tínhamos comprado nenhuma, pegamos emprestado de uma outra jovem senhora que estava esperando por uma bebê. Logo depois, a enfermeira volta correndo e diz: "Precisamos de mais uma faixinha, tem mais um neném chegando"! E lá fomos nós pegar mais uma faixinha... Uma que era para a Gisele Bérgamo e outra para a Sionara Formentão! Até hoje, quando as encontro, relato sobre aquela situação. Nasceram 4 meninas naquela noite, naquele hospital!
Naquela correria toda, fui até a casa de minha mãe para que viesse ajudar! Ela ficou inicialmente assustada, mas depois vibrou muito com a chegada de nossas gêmeas. E, como eram duas, ficou fácil decidir pelos nomes: Michele, que era um nome cogitado, e Caroline, o outro. Naquele tempo, não havia exames de ultrassom naquele hospital, as mães tinham que esperar para ver se era menino ou menina somente depois do parto realizado. Duas meninas, provindas de placentas diferentes, ambas com 2,900 Kg, quase 3 quilos cada uma! Foi uma alegria! Pelo amanhecer, minha mãe acompanhava a Miriam e as meninas, e eu tive que ir para as Casas Pernambucanas comprar mais roupas, reforçar o enxoval. O Marcos Ceigol me atendeu, meu irmão Vilmar fez os pacotes.
Próximo afazer: Ligar para União da Vitória, para minha irmã Iradi. Liguei para um sindicato, eles deram o recado para ela, ela foi avisar minha sogra, Dona Anna, que viria no primeiro ônibus. Deixei o enxoval no hospital e fui para o Zortéa, onde morávamos. Havia reunião pedagógica na Escola, cheguei lá era metade da manhã, estavam em reunião, comandados pela diretora Vitória Leda Brancher Formighieri. Ela tinha uma minivam marrom e a professora Terezinha Andrade um fusca. Encerraram a reunião e foram todas para a cidade, foram ao hospital visitar a mãe e as recém-nascidas. A Vitória acabou se tornando a madrinha da Caroline, junto com o esposo Aníbal. Meu irmão Hiroito e minha irmã Iradi, padrinhos da Michele.
Paralelamente, a notícia andou, meus irmãos vibraram, meus amigos também. Foi alegria, foi comemoração, foi um dos bons acontecimentos que tivemos em nossas vidas. Oito anos depois, veio o Fabrício, nosso filho.
Parabéns, Michele e Caroline, pelo carinho que nos dispensam, a sua atenção, os bons momentos que passamos juntos e outros que ainda virão. Parabéns, Miriam, por ter sido sempre uma mãe carinhosa para com os filhos, sempre dando a eles conselhos, força, e fazendo orações. !
Euclides Riquetti
05-05-2024
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