1971 - Rua XV de Novembro - Capinzal - SC
Eu tocava bumbo - acho que a parte da foto em que estou não foi focada...
Fui dar uma olhadinha no desfile cívico do Dia da Independência em Joaçaba. E acompanhei os acontecimentos na região e o País pela internet e TV. Em Joaçaba, um belíssimo desfile pela XV de Novembro, com as pessoas que fazem parte das entidades locais se apresentando, com garbo, perante o palanque oficial, onde estavam as autoridades: Prefeito, Vice, Vereadores, representantes das instituições militares.
Na oportunidade, reencontrei o amigo Elói Corrêa, nosso conterrâneo. Estava lá, som a marquise de uma loja, olhando a beleza das alas que passavam. Abordei-o: "Então, Elói, matando saudades?" - senti que esse sentimento estava presente e bem forte no coração do amigo. Havia uma jovem ao lado dele, também contemplativa. Falei: "O Elói sabe tudo de desfiles. Foi maestro de fanfarras em Capinzal e Ouro durante toda a vida". E começamos a relembrar. A gentil senhora, professora de música, também falou, saudosamente, do tempo em que os desfiles por aqui eram bem maiores, com muitas fanfarras e bandas. Hoje, apenas duas restando...
O Elói, (a exemplo do Edgar), foram muito importantes para minha cidade natal. Tinham no sangue o amor pela causa: as fanfarras executando os ritmos apuradamente, com belíssimas coreografias. Lembramos dos filhos: O Ed Wilson e o Elanderson, que herdaram dele o dom de organizar grandes e exitosas fanfarras. A Michele, uma verdadeira "borrachinha", entortava o corpo com habilidade e colocava as pernas atrás do pescoço. A Carol tocava pratos e bumbo....
Na adolescência, aos 11 anos, eu tocava na banda do Mater Dolorum. Nos ensaios, ia com o Pedro Perotto dar ritmo aos ensaios durante as aulas. No Sete de Setembro e nos dias que o antecediam, memoráveis jornadas com ensaios. Bons tempos!
O irmão do Elói, o Mídio, de nome Sérgio, também se constituiu num maestro de fanfarras, atuando em Capinzal, Ouro (e, recentemente, no Distrito de Barro Preto). Quem tem isso no sangue, não esquece nunca. Por isso mesmo, quero aqui homenagear a família Corrêa pelos bons serviços prestados ao civismo e à cultura. Também ressaltar a importância do Elói para com nossa Paróquia de São Paulo Apóstolo, onde ele e os familiares participaram, por muitos anos, de nossos grandes eventos, principalmente da organização da sua festa. E no Vasco da Gama e no Arabutã, tendo sido vitorioso presidente deste, além de exímio lateral direito.
Mas, voltando ao desfile cívico, tive informações ( e vi as fotos na internet), sobre o acontecido em Capinzal: uma verdadeira maravilha. Uma estupenda diversificação cultural, o enaltecimento aos diversos estados brasileiros, às entidades representativas da sociedade e empresarial, um verdadeiro espetáculo cívico. Que não morra o civismo...
Nossa Pátria merece nosso respeito, mesmo que haja quem a maltrate. As pessoas passam, mas a história registra o bem feito e o mal feito. Tenho orgulho de ser brasileiro. Faço minha parte, procuro registrar, para a história, os feitos das pessoas simples, que deram algo, de graça, pelas cidades.
Parabéns, brasileiros!
Euclides Riquetti
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