Dona Aurora Vidi, Iradi e Euclides
Passei uma semanada com minha irmã Iradi Lourdes Riquetti Ghidini, que mora desde março de 1977 em União da Vitória. Lá, ela e o Luiz Fernando, tocam o restaurante da família, junto com a filha Roberta. A outra filha, Rafaela, farmacêutica como sua irmã, mora em Piçarras, perto do mar! A Roberta tem uma filhinha, Maria Luíza, e é casada como Thiago.
Ela chegou em minha casa há uma semana, em fim de tarde. Busquei-a na estação rodoviária, aqui perto de casa, onde posou. No outro dia, cedo, começamos nossa programação de reencontrar pessoas de nossa relação de parentesco. Perdemos todos os tios e tias, já. Restam-nos os agregados!
Já ao chegarmos em Ouro, visitamos a tia Anita (Boaretto) Baretta, esposa do tio Alcides, saudoso simpaticíssimo irmão de nossa mãe, Dorvalina Adélia. Foi muita alegria rever a "Tia Nita", que além de cunhada, posso listar como uma das melhores amigas de minha saudosa mãe. Falou-nos dos filhos, dos netos, e lá se encontrava um menino, seu bisneto, neto da Elenita. A tia, professora aposentada na Linha Bonita, é uma doceira habilidosa e caprichosa. Além do seu talento natural para cozinhar, ainda ajudou sua sobrinha Amélia (Mosquen) Masson, uma das doceiras mais requisitadas do Meio-Oeste Catarinense, agora radicada em Florianópolis, a maravilhar as festas de aniversários e casamentos de tantos e tantas.
Depois de nossa "visita de médico", passamos à casa da Lourdes, esposa do nosso saudoso irmão Ironi Vítor, que nos deixou em 1998. Mãe de Grasiela e Gabriela, sogra do Fabiano Lago e avó do Pedro Miguel. "Tia Lurdes", professora aposentada, é uma verdadeira artista, faz arranjos belíssimos a partir de qualquer tipo de material. Era useiro vê-la dentro de um ônibus, deslocando-se para as cidades vizinhas, para fazer entrega de arranjos florais em embalagens de papelão. Cuidadosa e detalhista, imagine quantas noivas a foram ao altar realizar seu sonho de matrimônio empunhando arranjos que ela confeccionou.
Dali fomos para a casa da Tia Elza (Dambrós Baretta) esposa do Tio Arlindo, irmão da mãe, o último tio "de sangue" a falecer. Dona Elza está com 95 anos, é perfeitamente lúcida, tem memória computacional, é mãe de Salete (Cascavel-PR), Celita (casada com Vilmar Savaris), Roselei, e Sirlei. A tia é muito amada e bem cuidada pelas filhas e pelo neto Milton Silva Júnior. No passado, além de cunhada, foi amicíssima de minha mãe. Habilidosa na confecção de massas e embutidos, fazia agnolinis muito saborosos, grande, e bem recheados. Lembro bem de quando ela estava esperando a Roselei, que ela passava lá por casa depois de ter ido às compras, principalmente na loja da Dona Maria Girardi e Dona Serafina Andrioni. Mostrava o que tinha comprado, minha mãe fazia o chimarrão, conversavam animadamente. Quando meu pai esteve doente, e depois minha mãe, ela e o Tio Arlindo sempre estavam presentes para ajudar e apoiar. Saudades daqueles bons e memoráveis tempos.
Conversa boa e animada, saímos dali e fomos à vasa da Tia Élis (Dambrós) Baretta, esposa do saudoso Tio Juventino, irmão da mãe, mãe dos gêmeos Marcelo e Marcos Antônio, o Marquinho da Prefeitura, como é conhecido. O Marcelo nos recebeu, foi-nos mostrando as obras de arte da tia, muitas pinturas, móveis antigos que guarde, e arranjos florais. Atualmente, qualquer folha de planta que estiver disponível em algum terreno perto de sua casa, vira um belo arranjo. Foi uma alegria rever a tia, que foi colega de trabalho de minha esposa Miriam, com quem sempre tivemos estreita relação de amizade. Posso asseverar que, em tudo o que ela tocava, havia como resultado uma bela obra de arte, o que cultiva até hoje.
Quase ao meio-dia, fomos ao cemitério municipal rever nossos parentes já finados. Fizemos nossas orações diante dos túmulos de nossos pais, Guerino e Dorvalina, e do irmão Ironi. Relembramos de passagens de nossos tempos de criança e de jovens, de quanto eles foram bons para conosco, dando-nos educação e apoiando-nos em todas as circunstâncias. Ao lado, os jazigos de Tio Vitório Richetti, em que vários familiares dele estão sepultados, inclusive nossos nonos Frederico e Genoveva (Píccolli) Richetti, e os filhos Amarildo e Cleverson, que se foram na infância e na juventude, respectivamente. Dali fomos aos em que estão sepultados nossos nonos, Victório e Severina (Coltro) Baretta, os simpáticos e queridos avôs maternos, e os tios Juventino, Aristides, Ivo e Névio. Nutrimos muito carinho por todos os que nos deixaram.
Ao meio-dia nos deslocamos a Capinzal, onde fomos almoçar na Churrascaria Riquetti, encontrando os primos Maicon, Serginho e Denize (Costenaro) Riquetti. E almoçamos com nosso irmão Hiroito Vital, a esposa dele, Marise (Fruhauf), a a filha deles, Naiana Laís (Riquetti) Gratt. Boa conversa, nos despedimos pouco depois e fomos dar um rolê na Rua XV, palco de muitas passagens em nossa vida. Tudo está muito mudado, mas alguns prédios antigos ainda ali permanecem. Numa floricultura, a mana adquiriu um vaso com um belo de um antúrio, para levarmos para a madrinha dela, Aurora (Zaleski) Vidi.
Fomos recebidos pelo meu caro e antigo aluno, e até hoje meu amigão, o Polônio Tonini. Conversei também com sua esposa Andréa (Andrioni), filha do saudoso Nelci. Imaginem a cena de, depois de 50 anos, minha irmã rever a madrinha dela! Noventa anos, muita energia, vitalidade e lucidez. Dona Aurora, que era da Linha Bonita, e tinham moinho com seu marido Clemente, dos filhos Vilson, Valmir e Valmir. Lembro bem de quando o moinho deles pegou fogo e eu era criança, e meus pais moravam perto da casa deles. (Eu havia ido passear lá, morava com meu padrinho desde pequeno). Muita alegria, memórias, falar dos filhos e netos, reviver o passado, a vizinhança com ela ali na Rua Dona Linda Santos. Na ocasião, lá chegou a Cláudia Valduga, irmã de meu amigo e aluno César, ex-deputado, que é Vereador em Chapecó. Foram pelo menos duas horas de boa conversa, muita alegria e troca de gentilezas. A memória de Dona Aurora é fantástica. Tinha como grande amiga, colega de trabalho e vizinha a mãe do Polônio. Ele até fez um portão entre os dois terrenos para que ela pudessem se visitar e ir para o trabalho juntas.
Na metade da tarde, visitamos nosso irmão Edimar, marido da professora Isolete, o Nenê da Dorvalina, nosso familiar que herdou todos os traços dos Baretta. Foi uma conversa animada, boas recordações do passado remoto e recente, vindo à tona os filhos e netos. Edimar e Isolete têm os filhos Guilherme, advogado e morador em Porto Alegre, e Ana Caroline, Engenheira, casada com Matheus Ortiz e que têm como filha a Helena, uma paixão de menina, graciosa, inteligente, bonita e ágil. Ainda deu um tempo para visitarmos a Gena Casara, nossa prima, filha da tia Clorinda e de Adelino, meus padrinhos. Gena, mãe de meu afilhado André Luiz e Marina, que moram nos Estados Unidos, estudou na antiga FAFI, em União da Vitória. Além de primas, ela e a Iradi têm muita ligação, estão sempre em contato uma com a outra.
Depois deixei-a na casa do Hiroito e da Marise, onde ficou hospedada, e passou dividindo seu tempo na visitação a outras pessoas, sem a minha presença. Ela participou do evento em que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a ALESC, homenageou os políticos ourenses, em sessão solene, no Clube Floresta, na noite de sexta-feira. Estivemos lá com minha esposa Miriam e o irmão Hiroito. No domingo, fomos a ParaíRS, no VI Encontro da Família Richetti/Riquetti, na terça visitamos a Tia Marli (Lasta) Baretta, esposa do saudoso Tio Marcelino. Lá conversamos com a filha dele e o neto Felipe, fomos almoçar no Restaurante do Paraná, em Santa Lúcia, retornamos à minha casa, sendo que à noite fomos jantar na Sushi Campany, em Herval d ´Oeste, com a filha Caroline e a neta Júlia e a Miriam.
Na madrugada de ontem, 03, tomamos café em minha casa e, às 5,30, estávamos na Rodoviária de Joaçaba, onde tomou ônibus para a volta a sua casa, em União da Vitória.
Estivemos e estamos aproveitando para passar o maior tempo juntos, viver bons momentos, rever amigos e familiares.
Euclides Riquetti
04-05-2023
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