Balança numa árvore suspenso
Um balanço de cordas, solitário
Enfeitando um magnifico cenário
Embalado pelo vento intenso.
Dependurado na árvore altaneira
Resiste às águas oceânicas
Que agridem as pedras vulcânicas
Ali onde se balançou
Ali por onde andou
Aquela mulher inquieta e faceira
Que pisou as brancas areias
Da praia de Canasvieiras!
E o vento agita a maré
Que traz as águas para baterem
E o barrancos ofenderem
Sob o olhar do homem e da mulher.
Viva o mar que busca o que foi seu!
Que enquadra a ganância humana
Que pega de volta o que não é teu.
Viva a paisagem soberana
Da ilha da magia
Onde eu, um dia
Vi uma santa musa profana
Conduzindo seu corpo de sereia
A sombrear a areia!
Euclides Riquetti
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